PESCADORES DISCUTEM ESTRATÉGIAS PARA DIMINUIR IMPACTOS DA CRIAÇÃO DE CAMARÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2006

22 de Agosto de 2006 - Brasília - Pescadores do Nordeste estão reunidos para discutir propostas e apontar diretrizes que possam diminuir os impactos negativos da criação de camarão em cativeiro, a chamada carcinicultura. Desde ontem (20), eles participam do Seminário: Manguezal e Vida Comunitária: Os impactos sócio ambientais as carnicicultura, que termina quinta feira (24), em Fortaleza. O tema do evento é o avanço desse tipo de cultura, as conseqüências sociais e os prejuízos ao meio ambiente que a atividade proporciona.

Impactos gerados pela carcinicultura incluem danos a ecossistemas e prejuízos sociais. “Geralmente a carcinicultura é desenvolvida por grandes empreendedores que se estabelecem em áreas de manguezal, de onde tradicionalmente as comunidades de pesca artesanal tiram seu sustento” explica o diretor-presidente da Associação de Estudos Costeiros e Marinhos, Ecomar, o biologo Paulo Beckenkanp. Segundo ele, o estabelecimento de fazendas de criação de camarão causa o desaparecimento de várias espécies, a proibição de acesso a áreas de coleta de mariscos, além da expulsão de pescadores, o que gera conflitos de terra o empobrecimento das populações tradicionais.

“Os manguezais têm uma importância fundamental para a preservação e conservação de diversas espécies. A espécie-foco da criação de camarão é uma espécie exótica, o camarão vanamei, que coloca em risco as espécies nativas da região” afirma Becenkanp. O camarão vanamei (Litopenaeus vannamei), também conhecido como camarão branco do Pacífico, é originalmente da costa latino-americana, entre o Peru e o México.O fato de a espécie crescer rapidamente e ser de fácil adaptação a novos meios levaram criadores de todo o Brasil a optar pelo venamei.

Entre os impactos ambientais, estão também a modificação do fluxo das marés, a disseminação de doenças entre crustáceos, a perda da cobertura vegetal e a contaminação da água.

O seminário foi organizado pelo Conselho Pastoral dos Pescadores, pelo Movimento Nacional dos Pescadores (Monap), pelo Instituto Terramar e pelo Fórum em Defesa da Zona Costeira dos Cearenses. “O anseio dos pescadores é que seja dado um basta no avanço da carcinicultura no Brasil, principalmente no Nordeste. Além disso, que as atividades já existentes sejam monitoradas” afirma secretária executiva do Conselho Pastoral dos Pescadores, Laurineide Maria Santana.

Durante os quatro dias de evento serão debatidos temas como políticas públicas de carcinicultura, conservação dos manguezais, e estratégias de enfrentamento a essa atividade.

A previsão, segundo Santana, é que, ao final do seminário, os participantes elaborem um documento que será chamado Carta de Fortaleza. O documento repudia a carcinicultura e a política governamental para a pesca artesanal. "O governo fortalece a aqüicultura e, em especial, a carcinicultura", diz Santa. "O governo investe na pesca com investimento em infra-estrutura e com benefícicio como isenção de enrgia, por exemplo, em estados como o Rio Grande do Norte. A pesca artesanal tem apenas projetos compensatórios que não melhoram a qualidade de vida da comunidade pesqueira".
Gabriella Noronha

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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