ÉTICA DO CUIDADO É TEMA DE ABERTURA DE ENCONTRO SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2006

29 de Agosto de 2006 - Lúcia Nórcio - Repórter da Agência Brasil - Foz do Iguaçu (PR) - O primeiro Encontro de Especialistas em Educação Ambiental foi aberto hoje (29), com o tema Ética do Cuidado: Base da Ação e da Educação Ambiental, apresentado pelo escritor Leonardo Boff; pelo coordenador da rede de educação ambiental do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Enrique Leff; e pelo diretor da Itaipu Binacional, Nelton Friedrich.

Participam do encontro representantes dos países que formam a Bacia do Prata – Brasil, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina – e delegações do Chile e do México. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, gravou mensagem em que destacou a responsabilidade de cada morador na preservação da região, segundo ela uma das mais ricas na diversidade de biomas. E mandou um recado para a Itaipu, responsável por projetos ambientais na Bacia do Prata, de que pode contar com todo o apoio de seu ministério.

Ela destacou o projeto Coletivo Educador, que a binacional promove com representantes de 76 instituições, com trabalhos sócio-ambientais em 34 municípios integrantes do Programa de Formação de Educadores Ambientais da Bacia do Paraná III e Municípios do Entorno do Parque Nacional do Iguaçu. O programa beneficia 1 milhão de pessoas.

Os discursos de abertura do encontro destacaram a ameaça representada pelo modo desenfreado de produção e consumo, e pela forma irracional de exploração dos recursos da natureza. Segundo Leonardo Boff, dados divulgados diariamente por cientistas e instituições mundiais que acompanham o estado da Terra dão um "alarme ecológico: se o homem não mudar seus padrões ele pode ter o mesmo destino dos dinossauros”.

O caminho para evitar isso pode ser longo, mas é o único viável – o da educação ambiental, disse o diretor de Itaipu Binacional. Assim como Boff, ele defendeu o consumo responsável, racional e solidário. Eles concordaram que é preciso uma nova consciência, não apenas de ambientalistas, mas de toda a sociedade.

Para Enrique Leff, a crise do meio ambiente é reflexo de uma crise do pensamento e do conhecimento, que existe na sociedade de forma fragmentada: “O economista pensa sobre os problemas econômicos, o cientista sobre sua área de pesquisa e assim por diante. Por isso, a Educação Ambiental deve cumprir o papel de unificar todos os saberes, de modo a estabelecer um novo paradigma no que diz respeito à atividade humana”. E para combater a racionalidade econômica, ele defendeu a racionalidade ambiental, ou a conservação como resposta à exploração desenfreada.

Especialistas discutem educação ambiental em municípios paranaenses

28 de Agosto de 2006 - Lúcia Nórcio - Repórter da Agência Brasil - Foz do Iguaçu (PR) - Representantes de 76 instituições que desenvolvem trabalhos sócio-ambientais nos 34 municípios que fazem parte do Programa de Formação de Educadores Ambientais da Bacia do Paraná III e Municípios do Entorno do Parque Nacional do Iguaçu, participaram hoje (28) do seminário Encontros e Caminhos. O seminário abriu a programação do primeiro Encontro de Especialistas em Educação Ambiental da Bacia do Prata, que a partir de amanhã (29) reunirá representantes do Brasil, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina para discutir os impactos ambientais nessa região.

A coordenadora geral de Educação Ambiental do Ministério da Educação, Raquel Trajber, informou que participaram do encontro os Coletivos Educadores - responsáveis pela formação de 300 educadores ambientais populares que atuarão em suas comunidades, elaborando programas que protejam o meio ambiente na Bacia do Prata. "Essa é a proposta do Ministério do Meio Ambiente, com o projeto Coletivo Educador: multiplicar em todo o país pessoas capacitadas para trabalhar com educação ambiental local", disse.

As instituições recebem apoio de técnicos do ministério, que respondem às dúvidas sobre os projetos, ajudam o grupo na articulação regional, além de auxiliarem financeiramente com os projetos de formação de educadores. Segundo a coordenadora geral do projeto na região, Silvana Vitorassi, o efeito multiplicador fará com que nos próximos meses sejam atingidas cerca de 1 milhão de pessoas que vivem nesses 34 municípios.

As ações governamentais, de acordo com Raquel Trajber, devem ser menos centralizadas: "Essas pessoas estão mais próximas e envolvidas no cotidiano das comunidades, e podem resolver conflitos locais".

Amanhã (29), os alunos do curso – que segundo Silvana Vitorassi é composto de um público de diversas formações, do catador de papel ao professor universitário – terão um dia de treinamento no local onde se realiza o Encontro de Especialistas em Educação Ambiental da Bacia do Prata.

Especialistas em educação ambiental reúnem-se no Paraná

29 de Agosto de 2006 - Lúcia Nórcio - Repórter da Agência Brasil - Foz do Iguaçu (PR) - A conclusão de um documento que servirá de base para um programa de educação ambiental para toda a região banhada pelos rios Paraná, Paraguai, Uruguai e microbacias adjacentes, o debate de estratégias para a educação ambiental na região da Bacia do Prata e a criação do Centro do Saber Ambiental da Bacia do Prata são os princiapais temas do primeiro Encontro de Especialistas em Educação Ambiental, que começa em Foz do Iguaçu. Até quinta-feira (31), representantes dos países que formam a Bacia do Prata - Brasil, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina - e uma delegação do Chile e México, vão dialogar sobre impactos ambientais nessa região.

Segundo o diretor de Coordenação da Itaipu, Nelton Friedrich, é preciso desmistificar a idéia de que o crescimento seria ilimitado. “O planeta está gritando, não suporta mais tanta agressão, é urgente que o homem considere novos modos de ser, viver e produzir”. Para o diretor da Itaipu, a missão atual das instituições e indivíduos é ajudar o mundo a enfrentar os desafios ambientais do século XXI: mudanças climáticas, poluição do ar, deterioração das águas, devastação da terra, miséria da maioria da população mundial decorrente do consumo excessivo de uma minoria inconseqüente”.

Nessa perspectiva , de acordo com o diretor, é que ocorrerá um diálogo entre 60 pensadores e planejadores de educação socioambiental, para aprofundamento do novo paradigma do saber ambiental e a possibilidade de partilhar essa experiência local com os demais países da Bacia do Prata, no contexto mais amplo da América Latina.

Segundo Nelton Friedrich, os dados são assustadores. Ele lembra que a ONU contratou recentemente 1.360 cientistas de 95 países para avaliar os ecossistemas do planeta e 65% dos que foram pesquisados até agora estão em processo de degradação ou estão sendo usados de modo inconveniente.

“Quem ousaria há tempo atrás pensar em ciclones ou furacões no Brasil?” – questionou o diretor da Binacional, referindo-se a três fenômenos ocorridos na divisa de Santa Catarina com Rio Grande do Sul. Doenças como a Aids, Ebola, Gripe Aviária, “ são evidências ligadas ao desequilíbrio que o próprio homem, e não algum marciano, vem produzindo, com um comportamento imediatista e egocênctrico”.

O encontro é promovido pela Itaipu Binacional, Coordenação Geral de Educação Ambiental dos Ministérios da Educação e do Meio Ambiente e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, e dá continuidade ao Fórum Internacional “Diálogos da Bacia do Prata”, realizado em novembro de 2005.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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