PAYAKÃ APÓIA AJUDA DO GOVERNO CONTRA INVASORES

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2006

29 de Agosto de 2006 - Julio Cruz Neto - Enviado especial* - Terra Indígena Kayapó (Pará) - O presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes, encontrou-se com o índio Paulinho Payakã na aldeia Kikretum, pouco depois de dizer que está decepcionado porque está prestes a sair da fundação e não conseguiu livrar o cacique de uma condenação por estupro.

Aldeia Kikretum (Pará) - Os Kayapó são um povo guerreiro. Desta vez, no entanto, os guerreiros da aldeia Kikretum, ao sul do Pará, decidiram guardar a borduna (arma de madeira) e esperar o resultado da ajuda do governo. Uma operação conjunta da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Polícia Federal no início do mês tirou das terras indígenas invasores que praticavam grilagem, corte ilegal de madeira e garimpo.

O cacique kayapó Paulinho Payakã, que esteve na aldeia Kikretum durante visita da equipe da Funai, diz que a situação já não obedece completamente a tradição kayapó. “Eu participei de várias caminhadas quando não tinha demarcação. Acompanhei grupo que expulsou pessoas garimpando. Depois, com a terra demarcada, tomamos conhecimento de que o governo também é responsável pelo território brasileiro e pelo território indígena. A obrigação do governo é agir para retirar invasores, conforme pede a comunidade”.

Payakã, no entanto, não põe em dúvida a valentia dos Kayapó. “Assim como as tradições de rituais seguem, essa luta segue”. O cacique acha correto os Kayapó aceitarem ajuda das autoridades para retirar os invasores dentro da lei. Para ele, outro tipo de ação seria mal interpretado pelo homem branco. “Se morrer um branco, [a sociedade branca] vai querer culpar o índio”.

Mesmo que o governo não agisse, os índios estavam dispostos a expulsar invasores de suas terras, disse o coordenador da operação que combate a invasão da terra deste povo indígena no sul do Pará, Eimar Araújo.

Araújo, que trabalha com os Kayapó há cinco anos, vê uma conscientização. “Se fosse para eles agirem da forma tradicional deles, certamente agiriam sozinhos, aí as conseqüências não dá nem pra gente pensar, [os invasores] não estariam aí para contar a história. Não acredito que eles se sintam inferiorizados como guerreiros, porque existe uma conscientização das leis, de que o Estado tem o dever de proteger a terra”.

*A reportagem viajou a convite da Fundação Nacional do Índio (Funai).

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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