ESTUDO APONTA QUE MAIORIA DOS PESCADORES BRASILEIROS ESTÁ NO LIMITE DA CAPACIDADE DE RECUPERAÇÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2006

4 de Setembro de 2006 - 22h08 - Aline Beckstein - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Cerca de 80% das espécies pescadas na costa brasileira estão no limite de sua capacidade de recuperação. E a baixa concentração de nutrientes na água dificulta a existência de grandes cardumes. Essas são algumas das constatações do Relatório Executivo do Revizee (Programa de Avaliação do Potencial Sustentável dos Recursos Vivos na Zona Econômica Exclusiva), elaborado entre 1994 e 2004 e apresentado na noite de hoje (4).

O relatório pesquisou toda a chamada zona econômica exclusiva, que se estende desde o limite exterior do mar territorial (12 milhas marítimas de largura) até 200 milhas náuticas da costa – o equivalente a 3,5 milhões de quilômetros quadrados, onde o setor pesqueiro gera 800 mil empregos.

“Apesar da grande diversidade de espécies na nossa costa, nós somos fracos em biomassa, que é gerada por toda a cadeia produtiva e tem a ver com as correntes marinhas que trazem os nutrientes”, explicou o secretário de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Victor Zweibil.

A ministra Marina Silva disse que o relatório servirá de base para a estruturação de um plano de recuperação de espécies marinhas. “Assim como nós temos o Plano Nacional de Combate ao Desmatamento, nós estamos estruturando um plano integrado para recursos marinhos. E os estoques pesqueiros ainda têm uma vantagem – diferentemente das áreas de florestas, recuperam-se bem mais rápido”, afirmou.

O estudo também identificou as espécies que seriam mais apropriadas para a pesca comercial em várias áreas do país. “O Revizee permitirá o incentivo à pesca de algumas espécies que tradicionalmente não são exploradas. E ainda vai direcionar atividades de pesca, permitindo a regeneração de outras espécies”, disse o secretário.

De acordo com o relatório, algumas espécies tiveram quedas bruscas de produção, como a sardinha. No Sudeste, entre o final da década de 70 e o ano 2000, a redução foi em torno de 90%, passando de 200 mil toneladas para apenas 20 mil. A produção ficou praticamente restrita à região de Itajaí (SC) e ao Rio de Janeiro.

As áreas de pesca mais produtivas, acrescenta o estudo, estão nas costas Sul e Sudeste do país, onde são encontrados recursos considerados mais nobres como o caranguejo de profundidade, lulas, cherne e congrio-rosa. O Revizee ainda identificou 14 novas espécies de peixes e 55 organismos bentônicos – que ficam grudados no fundo do mar.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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