NOVO GUIA DE SUSTENTABILIDADE PARA EMPRESÁRIOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2006

Com a economia baseada na vitalidade das matérias-primas, empresários brasileiros não têm outra saída senão desenvolver-se com uma ótica sustentável

Brasília, 08 de setembro de 2006 — Pesquisadores da ONG ambientalista Conservação Internacional (CI) em co-autoria com o ex-ministro Eliezer Batista e o diretor da PricewaterhouseCoopers, Marco Antonio Fujihara, lançam nesta segunda-feira, dia 11, às 18h, na Livraria Universitária de Brasília, o livro Caminhos da Sustentabilidade no Brasil, que traz uma análise sobre as opções de desenvolvimento e uso dos recursos naturais no país. A publicação também apresenta reflexões sobre o futuro da biodiversidade e 16 projetos ambientais empreendidos por grandes atores privados – como Itaú, Aracruz, Bunge – e por ONGs, a exemplo do Instituto BioAtlântica ou Mulheres das Águas.

Roberto Cavalcanti, vice-presidente da CI e um dos organizadores do livro, explica que as empresas têm de reconhecer os custos e benefícios de operar em regiões de altíssima importância natural. “O setor privado brasileiro pode fazer muito mais e encarar a conservação como um pré-requisito de seu sucesso. Com este livro, queremos inspirar novos líderes e alertar para a necessidade de ampliar a escala dos negócios sustentáveis implementados por empresas. O leitor vai sem dúvida se deparar com diversas visões e pontos de vista sobre desenvolvimento,” diz Cavalcanti.

Para os autores, o Brasil tem um enorme potencial de sustentabilidade. Por um lado, a população é compatível com sua extensão territorial. Por outro, o setor empresarial optou por alavancar na direção da exploração de recursos naturais e, por isso, garantir um modelo sustentável tornou-se questão de sobrevivência no longo prazo. “Os colapsos sucessivos dos recursos de alto valor comercial na natureza, nos últimos dez anos – como o mogno da Amazônia – mostram que é hora de mudar da ótica de fronteira, pela qual as atividades produtivas esgotam os recursos de uma região e imediatamente avançam sobre áreas intocadas, para a visão de recursos finitos, em que a produção agrega valor sobre a base existente,” defende Eliezer Batista.

Para ilustrar projetos da iniciativa privada com visão de sustentabilidade, o livro cita o exemplo da Bunge, que está apoiando a recuperação de áreas ao redor do Parque Nacional das Emas, no Cerrado. Isso acontece em propriedades de sojicultores que são clientes da empresa. Eles recebem apoio técnico para identificar áreas que correm risco de erosão ou reservas legais e matas ciliares que precisam ser restauradas e regularizadas, aumentando, no longo prazo, o potencial de produção de suas próprias terras. Ao mesmo tempo, as ONGs ambientalistas envolvidas no projeto gerenciam a integração das áreas naturais remanescentes, sugerindo aos proprietários onde reflorestar ou proteger sob reservas privadas para criar corredores ecológicos.

A biodiversidade pode se beneficiar com o futuro da ciência e pesquisa. Mas, a conservação também depende do passado, de saberes ancestrais. À medida que as sociedades rurais e indígenas passam por um processo de urbanização e aculturação, e os jovens perdem o interesse pelas atividades de caça e coleta, perdem-se também as informações sobre o uso dos recursos naturais, empobrecendo o potencial de uma sociedade de conhecimento. As recentes discussões na COP8 confirmam ser complexo o tema de acesso e repartição de benefícios advindos da biodiversidade com comunidades locais e tradicionais.

Algumas empresas, como o Grupo Pão de Açucar em seu projeto ‘Caras do Brasil’, estão experimentando estimular a preservação de atividades típicas e tradicionais dos brasileiros. Há mais de um ano, as gôndolas de várias lojas da rede vêm oferecendo 250 produtos regionais, originários de 16 estados, baseados em uma produção ambientalmente sustentável. Dentre os produtos estão as cestarias confeccionadas por comunidades indígenas no norte do Amazonas e os doces caseiros de buriti, cujos frutos geram demanda para as comunidades de Pirapora, cidade de 50 mil habitantes no norte de Minas Gerais. “A iniciativa tem baixo impacto financeiro para a empresa mas, faz grande diferença na renda e qualidade de vida dos produtores. Essa experiência mostra como uma empresa pode incorporar atividades sustentáveis de conservação a baixo custo,” conclui Cavalcanti.

 
 

Fonte: Conservação Internacional Brasil (www.conservation.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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