MANEJO ECOLÓGICO FOI ASSUNTO NA FERTBIO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2006

(22/09/2006) - Os sistemas integrados de produção agroecológica foram abordados em um dos três seminários que ocorreram nesta quinta-feira ( 21), na Fertbio, em Bonito-MS. Devido ao crescente aumento da agroecologia no país e na busca de sistemas sustentáveis, o encontro tentou discutir os avanços nesta área e apontar alternativas para o futuro.

Para Irene Cardoso, professora da Universidade Federal de Viçosa, “o manejo ecológico do solo funciona para a produção de alimentos, fibras e energia, atuando na manutenção da qualidade ambiental, em escala local, regional e global”. A professora explicou que a “agroecologia incorpora uma visão ecológica com uma perspectiva social e o redesenho dos atuais sistemas de produção tem como resultados sistemas diversos, baixa utilização de insumos externos, cobertura do solo e menos dependência de energia não renovável e para isso é necessário construir uma nova consciência em conjunto com os agricultores”.

Já o pesquisador Renato Linhares de Assis da Embrapa Agrobiologia, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, afirmou que “a conversão dos sistemas convencionais para orgânicos requer racionalização do uso de insumos e práticas; diversificação e integração de explorações e redesenho da paisagem da unidade produtiva e regional e isso envolve questões técnicas, educativas e normativas, que precisam ser trabalhadas”.

Diante dessa perspectiva surge o monitoramento da fertilidade do solo nestes sistemas, que segundo Antônio Carlos de Souza Abboud, professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), é “uma ferramenta que se aplica muito bem ao estudo da agroecologia, composta por uma base geográfica e de banco de dados georreferenciados, evitando um enfoque reducionista, que possa servir para a interpretação de dados multidisciplinares”.

Ecologia microbiana e estratégias de manejo sustentáveis

O professor da Univeridade da Califórnia-Riversidade (EUA), David Crowley explicou a aplicação da diversidade microbiana do solo no ecossistema, no qual utilizar técnicas remotas para monitoramento regional da qualidade do solo e mensurar a variabilidade espacial e temporal das características do solo são algumas direções para onde aponta a pesquisa.

“O Brasil é um centro de biodiversidade de fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) e necessita de políticas de conservação definidas”, essa é a opinião de Sidney Sturmer, professor da Universidade Regional de Blumenau. Sturmer frisou que “os esforços da pesquisa em FMAs devem ser feitos para amostrar regiões geográficas brasileiras que representem importantes biomas ou ecossistemas como a Floresta Amazônica e o
Pantanal”.

Marcio Lambais, professor da Universidade de São Paulo (USP), concluiu o seminário destacando a importância de se aumentar os estudos do genoma para o setor agropecuário, que pode, por exemplo, beneficiar o cultivo de cana-de-açúcar.

Conquistas recentes

A genômica e a Ciência do Solo foi o tema abordado pela pesquisadora do Laboratório Nacional de Computação Científica/MCT, Ana Tereza Ribeiro Vasconcelos, que ressaltou que o Ministério da Ciência e Tecnologia, po meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), criou o Programa Genoma Brasileiro com o objetivo de “aumentar em nível nacional as atividades na área genômica, dar suporte financeiro à criação de laboratórios e formação de recursos humanos especializados e estimular a interação multiinstitucional”.

Neste âmbito está a bioética, uma “ciência com consciência, que busca levar humanização ao processo científico”, esclareceu a pesquisadora do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), Luciana Grange. “A bioética deve proteger, ajudar, respeitar e esclarecer”, afirmou.

E para que os resultados esperados sejam, realmente, alcançados com eficiência, a pesquisadora da Embrapa, Mônica Amâncio, lembrou que de acordo com nova Lei de Biossegurança (Lei n 11.105/2005) “as normas de segurança e mecanismos de fiscalização envolvem desde a construção, o cultivo, a produção, a manipulação, o transporte, a transferência, a importação, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente até chegar ao descarte de organismos geneticamente modificados – OGMs e seus derivados".
Dalízia Aguiar

 
 

Fonte: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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