BRASIL DISCUTE MEIO AMBIENTE NO QUÊNIA E NA COSTA RICA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2006

Brasil levará a conferência no Quênia proposta para redução do efeito estufa

3 de Novembro de 2006 - Stênio Ribeiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Técnicos de 189 países estarão reunidos na próxima semana em Nairóbi, no Quênia, para discutir a adoção de medidas efetivas que garantam a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa.

A proposta brasileira de "reduções compensadas para o desmatamento" será levada pelo secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, à Conferência das Partes sobre Clima (COP 12), patrocinada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Essa proposta ainda não está fechada, mas o objetivo é criar mecanismo de compensação financeira que sirva de estímulo contra os desmatamentos e queimadas, principalmente na região da Amazônia. A delegação brasileira vai debater com os demais países como viabilizar recursos para essa finalidade, uma vez que o dinheiro internacional destinado a conter as mudanças climáticas não pode ser desviado, como explica a consultora técnica da organização não-governamental WWF-Brasil, Karen Suassuna.


Segundo ela, a saída é os países desenvolvidos injetarem mais dinheiro na criação de um fundo específico, para o cumprimento do Protocolo de Quioto Pós-2012. "E o Brasil tem forte interesse em encontrar soluções para isso, uma vez que somos o quarto país no ranking mundial das nações que mais liberam gases para o superaquecimento do planeta, por causa da queima de madeira nos desmatamentos", afirma.

A secretária-geral da WWF, Denise Hamú, acrescenta que o superaquecimento vai gerar problemas sérios para todos os países, com mais secas, furacões e outros desastres naturais provocados pelas mudanças climáticas. O problema tem que ser contido agora, segundo ela, e “o Brasil pode dar o exemplo ao diminuir as emissões oriundas do desmatamento”, que responde por cerca de 75% das emissões de gases do país.

Denise Hamú diz que os prejuízos econômicos serão grandes, porque haverá necessidade de investimentos pesados para adaptação às mudanças climáticas. E Karen Suassuna alerta: "Os países em desenvolvimento, como o Brasil, serão os mais prejudicados, uma vez que não terão recursos financeiros suficientes para essa adaptação”.

Brasil discutirá sustentabilidade ambiental em encontro na Costa Rica

01 de novembro de 2006 - Juliane Sacerdote - Da Agência Brasil - Brasília - O Brasil enviará representantes dos ministérios do Meio Ambiente e da Educação para o encontro que se realiza a partir de amanhã (31) em San José, na Costa Rica. Mais de 160 pessoas são esperadas para discutir a questão ambiental e o desenvolvimento sustentável, entre pesquisadores e representantes de empresas, universidades e organizações não-governamentais.

A delegação brasileira, segundo o Ministério do Meio Ambiente, vai propor no encontro, que termina quinta-feira (2), o reconhecimento do Tratado de Educação Ambiental para sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, elaborado durante a Eco-92, realizada no Rio de Janeiro.

Desde essa época, avalia a coordenadora geral do Instituto Ecoar para a Cidadania, Mirian Duailibi, "muitos pontos melhoraram, mas a questão do aquecimento global, por exemplo, piorou nos últimos anos: os país industrializados aumentaram em 25% a emissão de gases poluentes, o desmatamento ainda ocorre de forma irresponsável".

Ela lembrou que os brasileiros também levarão à reunião na Costa Rica a Carta da Terra, que traça uma série de diretrizes envolvendo a questão ambiental. Sobre o Tratado, disse que "fazemos revisões periódicas, a última foi em abril desse ano, mas percebemos que o texto está muito atual, trazendo questões muito presentes hoje na nossa vida, questões centrais de sustentabilidade no desenvolvimento econômico". O documento, acrescentou, "foi o primeiro a trazer a noção de sociedade sustentável”.

Marcos Sorrentino, diretor de Educação Ambiental do ministério, considera o Tratado uma "referência para os ambientalistas do Terceiro Mundo” e uma espécie de divisor de águas e início das preocupações com as questões do meio ambiente.

Para Mirian Duailibi, a piora em alguns pontos da questão ambiental é resultado direto do desinteresse de governos e empresas, principalmente dos países desenvolvidos. “Pouca coisa saiu do papel em 14 anos, mas na questão ambiental tudo está interligado, é uma grande cadeia”, diz.

Entre os pontos que avançaram, ela destacou o nível de conscientização da população: "As pessoas buscam, além das informações, formas de contribuir com o meio ambiente". E a queda, por dois anos consecutivos, nos índices de desmatamento no país.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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