VALE DO RIO DOCE SUSPENDE REPASSE DE VERBA A ÍNDIOS XIKRIN

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2006

01 de novembro de 2006 - Raquel Mariano - Da Agência Brasil - Brasília - A Companhia Vale do Rio Doce cancelou o repasse financeiro mensal que fazia para as comunidades indígenas Xikrin, na aldeia próxima à empresa, na Serra dos Carajás, sul do Pará. O repasse é feito pela empresa como uma compensação pela utilização de área originalmente indígena. A verba de R$ 430 mil é distribuída para mais de mil indígenas, segundo o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Mércio Pereira Gomes.

O anúncio de cancelamento do repasse foi feito pela empresa em reunião realizada hoje (31) com representantes da Vale do Rio Doce, 10 lideranças indígenas Xikrin e o presidente da Funai. Em nota, a empresa justificou a ação devido à ocupação que os índios fizeram em um pátio da Vale em Marabá (PA), no dia 18 de outubro.

Os Xikrin acusam a Vale de descumprir parte de um termo de compromisso firmado em maio, que previa o aumento de repasses financeiros às comunidades indígenas, este ano.

Uma das representantes da comunidade, Iredyan Xikrin, falou que os indígenas procuraram a Vale do Rio Doce para negociar por diversas vezes, mas não conseguiram. "Foi o único jeito que conseguimos de marcar a reunião. Mesmo assim, negociamos com eles (representantes da CRVD) que só fariam a reunião depois que saíssemos da Vale. Cumprimos nossa parte, mesmo assim, só fomos recebidos hoje", afirmou.

A nota ainda informou que "é importante destacar que é responsabilidade do Estado a garantia de recursos financeiros para atender às necessidades destas comunidades, atuando através da Funai e de outras entidades governamentais".

Já Mércio Pereira não concorda. Segundo ele, no decreto presidencial de 6 de março de 1997, há obrigações que a CVRD deve cumprir como o "amparo das populações indígenas existentes nas proximidades da área concedida, na forma do convênio formalizado com a Funai ou quem suas vezes fizer", explicita o decreto.

Após a reunião, Pereira conversou com os índios e decidiu buscar meios jurídicos para resolver a questão. "Vamos entrar com uma ação civil pública contra a Vale, exigindo que a ela reconheça formalmente o decreto", disse.

Os indígenas vão dar um prazo de 30 dias para que a Funai entre na justiça. Caso isso não ocorra, eles irão definir que ações irão tomar em relação ao caso.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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