SEMINÁRIOS DISCUTEM DESMATAMENTO E QUESTÕES INDÍGENAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2006

Seminário debate aprimoramento de acesso a recursos públicos para indígenas

07/11/2006 - Gerusa Barbosa - O Ministério do Meio Ambiente está buscando alternativas, por meio de instrumentos legais, para facilitar e agilizar o acesso das comunidades indígenas e dos povos tradicionais a recursos públicos. O tema faz parte dos debates do seminário nacional de avaliação da Carteira Indígena, que ocorre no Centro de Treinamento da Conab, em Brasília, até esta quarta-feira (8). O encontro, aberto nesta terça-feira, discute o aprimoramento do atendimento do programa aos povos indígenas de todo o Brasil depois de dois anos e três meses de efetiva atuação. Participam do evento lideranças comunitárias e de organizações indígenas regionais, técnicos de órgãos públicos federais e de ONGs que apóiam as ações da Carteira nos estados.

De acordo com a coordenadora da Carteira Indígena do MMA, Lylia Galetti, o seminário poderá apontar algumas ações em termos de proposta maior de governo para os projetos que trabalham com comunidades indígenas e povos tradicionais. "É um dos desafios do governo propor uma legislação que atenda a essas populações de forma que os recursos cheguem de acordo com o tempo da sazonalidade agrícola", disse a coordenadora.

Segundo ela, apesar da questão burocrática, a Carteira Indígena "tem nota dez se for comparada a outros programas de governo que atendem populações tradicionais e indígenas na modalidade fomento a projetos". Criado neste governo, em pouco mais de dois anos já tem 141 projetos em execução no Brasil inteiro, com quase R$ 7 milhões investidos. "É um programa novo com foco na segurança alimentar aliada ao desenvolvimento sustentável, à questão ambiental e à qualidade de vida. O impacto imediato é sentido pelas populações apoiadas. Levamos água para comunidades no Nordeste onde as mulheres tinham que andar cinco quilômetros para pegar um balde d'água na cabeça e hoje tem área irrigada", explicou a coordenadora.

Mais de 80% dos projetos aprovados pela Carteira foram apresentados diretamente por associações comunitárias indígenas e se destinam à produção sustentável de alimentos e do artesanato, beneficiamento e comercialização de produtos agroextrativistas e revitalização de práticas e saberes tradicionais associados à produção de alimentos. Ao longo desse período, a Carteira já tem 200 projetos aprovados, beneficiando cerca de 11 mil famílias indígenas de 55 etnias diferentes, em 17 estados do País. Desse número, 22 projetos já foram executados.

Fruto de parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e o Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, a partir de 2007, a Carteira passará a integrar o Pluri Anual de Governo - PPA 2007 - 2010, como uma ação no Programa Acesso à Alimentação, do MDS. O diretor de Apoio a Projetos Especiais do MDS, Marco Aurélio Loureiro, considera uma conquista do programa, uma vez que os recursos alocados no orçamento da União serão voltados especificamente para a Carteira. "Vamos ter recursos carimbados a partir de 2007", salientou.

A Carteira atua em três regiões, classificadas por Centro Sul, composto pela região sul e estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás; região Nordeste-Leste, que inclui os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, e região Amazônia Legal.

Seminário analisa estimativas recentes sobre desmatamento

07/11/2006 - Marluza Mattos - A Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente promove, nesta quinta-feira (9), no auditório da Agência Nacional Águas (ANA), em Brasília, um seminário técnico-científico para analisar as estimativas mais recentes do Prodes sobre os índices de desmatamento da Amazônia. Especialistas dos estados da região, de outros órgãos do governo e de organizações não-governamentais que atuam na região foram convidados a participar do evento. O objetivo é fazer uma avaliação da relação entre as ações do governo federal na Amazônia e a queda no desmatamento. Os especialistas ainda discutem as tendências do desmatamento na região para o próximo período.

Na última quinta-feira (26), o governo federal anunciou a última estimativa do Projeto Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo o levantamento, feito com base em 34 imagens de satélite, o desmatamento na região reduziu 30%, entre 01 de agosto de 2005 e 31 de julho de 2006. A taxa foi estimada em 13.100 Km2. Se os dados consolidados confirmarem a previsão, essa será a segunda queda consecutiva. Em 2004-2005, a taxa reduziu 31%. Considerando os períodos 2004-2005 e 2005 e 2006, a taxa acumulada chegará a 52% de queda.

O Prodes é parte do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia, lançado em 2004 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reúne 13 ministérios sob a coordenação da Casa Civil. O seminário também é uma ação do plano.

Seminário discute dados do Prodes sobre desmatamento

09/11/2006 - Daniela Mendes - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou, nesta quinta-feira (9), a importância do Plano Nacional de Prevenção e Combate ao Desmatamento para a queda das taxas de desmatamento na Amazônia. Segundo Marina Silva, independentemente da correlação que se possa fazer com a retração da atividade agrícola na região, é visível que a ação do estado foi fundamental para reverter a curva de crescimento das áreas desmatadas na Amazônia. A ministra participou do quinto seminário técnico-científico de análise de dados referentes ao desmatamento na Amazônia Legal, realizado no auditório da Agência Nacional de Águas com representantes da comissão executiva do grupo interministerial de combate ao desmatamento.

Promovido pelo Ministério do Meio Ambiente, o encontro reuniu membros dos setores governamentais, não-governamentais e instituições que vêm realizando estudos para identificar as causas do desmatamento na região. O seminário teve como objetivo avaliar os dados do Projeto de Estimativa de Desflorestamento da Amazônia (Prodes), sistema responsável pelas taxas anuais oficiais. Segundo a análise parcial dos dados do Prodes, divulgada em outubro, a previsão é de uma redução de 30% no desmatamento, na Amazônia Legal, em 2005. Os dados devem estar consolidados em março de 2007 com análise de 220 imagens de satélite.

Marina Silva afirmou ainda que o problema do desmatamento na Amazônia não será resolvido apenas com ações de comando e controle do governo. "Tenho consciência de que a nossa agenda nos próximos anos vai estar muito atrelada à dinâmica do desenvolvimento, mas precisamos compreender a dimensão do que significam os resultados das operações do Ibama, por exemplo, que tiraram de circulação 100 servidores que atuavam cometendo fraudes dentro do sistema". Para a ministra é preciso fazer com que essa dinâmica de reduções seja virtuosa. "Não podemos baixar a guarda", afirmou.

Durante o encontro, representantes de instituições como o Instituto Socioambiental, o Museu Emílio Goeldi, Ibama, Ministério da Aeronáutica, entre outras, apontaram contribuições para combater o desmate na região. Segundo o secretário de Biodiversidade e Florestas, João Paulo Capobianco, as sugestões serão sistematizadas pelo Ministério do Meio Ambiente e devem contribuir para a proposta de um termo de referência de avaliação do Plano Nacional de Prevenção e Combate ao Desmatamento que deve ser iniciado pelo ministério no início de 2007.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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