MARINA SILVA DESTACA CONHECIMENTOS SIMBÓLICOS DOS POVOS DA FLORESTA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2006

13/11/2006 - Gerusa Barbosa - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que as comunidades da Amazônia vivem atualmente um momento diferente, onde em vez de lutarem só pelos bens materiais e territoriais buscam também a apropriação e valorização do espaço simbólico. "A visão simbólica assegura o território e o território assegura a visão simbólica", enfatizou Marina Silva neste sábado (11), em São Paulo, ao fazer palestra no Seminário Acre, como parte da programação da 27ª Bienal de São Paulo. A ministra abordou no evento sobre a luta pelo direito à terra dos povos da floresta do Acre, enfocando a variável da diversidade social e fundiária do País.

"Conviver é aprender a transitar no ambiente diferente", observou Marina Silva, ressaltando os ensinamentos dos povos da floresta, que, para ela, têm menos informação, mas muita simbolização. "Quando a gente não tem tempo para processar nem para simbolizar, a gente fica subtraído", avaliou.

Ela lembrou a potencialidade dos conhecimentos tradicionais associados com relação à pesquisa. De acordo com a ministra, para que uma espécie procurada alhures tenha resultado positivo para virar medicamentos ou cosméticos será preciso dez mil amostras pesquisadas, enquanto que partindo dos conhecimentos tradicionais associados será necessário mil. "O trabalho de verificar diminui nove mil vezes. É algo extremamente potente", salientou.

Marina Silva considera que cada vez mais se aprende com essa troca. "E é por isso que é bom às vezes os pesquisadores conviverem com os artistas, os artistas com os pesquisadores e, principalmente, com os políticos, para que a gente possa apreender os saberes. É disso que forma a civilização, é com isso que a gente pode ter força e energia para renunciar, às vezes, e presenciar".

Para ela, a civilização não é só mal-estar. "Depende da nossa capacidade de trânsito com o diferente, com o outro. É ser um pouco transversal", concluiu.

Ministra abre seminário internacional sobre melhoramento da mandioca

13/11/2006 - Daniela Mendes - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou neste domingo (12), em Brasília, da abertura do 1º Encontro Internacional de Melhoramento, Biotecnologia e Ecologia da Mandioca. O encontro, que estende-se até quarta-feira, reúne representantes de 30 países da Ásia, África e América Latina para discutir pesquisas de aperfeiçoamento nutricional e aumento da produtividade dessa raiz.

Na abertura do seminário a ministra destacou a importância do tubérculo na alimentação de comunidades de baixa renda dos países tropicais onde, muitas vezes, a mandioca é a principal fonte de alimento. "O Ministério do Meio Ambiente valoriza inteiramente as espécies da nossa agrobiodiversidade e trabalhamos em parceria com a Embrapa, com a UnB e outros centros de pesquisa, para garantir o melhoramento da mandioca e permitir a utilização cada vez maior desse produto tão importante para as comunidades de menor renda, já que ela contribui diretamente na melhoria da qualidade de vida dessas pessoas", afirmou Marina.

De acordo com o diretor de Conservação da Biodiversidade, Paulo Kageyama, a mandioca possui múltiplos usos como na indústria alimentícia, farmacêutica, têxtil, calçadista. "A idéia do encontro é, apartir das contribuições científicas apresentadas, usar os conhecimentos para aprimorar as políticas públicas", destacou.

Segundo ele, "o evento conta com palestrantes e autoridades internacionais, profundos conhecedores das temáticas relacionadas com espécies silvestres e clones indígenas com alto valor nutricional, manejo e controle de sistemas reprodutivos, conservação e avaliação dos recursos genéticos".

Este congresso é considerado o maior evento da cultura da mandioca, em nível internacional, dos últimos 9 anos. É uma realização conjunta da Universidade de Brasília e Ministério do Meio Ambiente, e conta com apoio de instituições como Embrapa, Incra, SAF/MDA, Conab, Capes, CNPq, dentre outras. Em suas sessões de plenário estão previstas palestras de autoridades internacionais de melhoramento dos Estados Unidos, China, Brasil, Finlândia, República de Camarões e Nigéria.

Comunidades tradicionais e governo discutem elaboração de política nacional

16/11/2006 - Regina Rabelo - A terceira reunião da Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais acontece quinta-feira (16) e sexta (17), em Brasília, com a participação de quinze representantes do governo federal e quinze da sociedade civil. A comissão tem como objetivo coordenar a elaboração e acompanhar a implementação da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais.

A comissão discute a proposta de política nacional de desenvolvimento sustentável para as comunidades tradicionais, já debatida em todas as regiões do país. A regularização fundiária, a inclusão social, a saúde e a educação estão entre as principais demandas das comunidades. O documento final do encontro será encaminhado à Casa Civil para publicação em forma de decreto, até o final do ano, e implementação nos próximos meses.

Criada em 2005, a Comissão é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para o reconhecimento de grupos como extratistas, ribeirinhos, quebradeiras-de-coco-babaçu, pescadores artesanais, índios e quilombolas.

Instalada em agosto, pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, a comissão é um grande passo para a formulação de uma política para as comunidades tradicionais, que representam cerca de 4,5 milhões de pessoas e ocupam ¼ do território nacional o que equivale a, aproximadamente, 176 milhões de hectares. O governo federal investiu, de 2003 a 2005, R$ 1,2 bilhão nas comunidades tradicionais, sendo que o MMA, somente em 2006, já destinou R$ 100 milhões.

Para o diretor de agroextrativismo do Ministério do Meio ambiente, Jorge Zimmermann, é fundamental a participação das comunidades na elaboração do decreto, já que as políticas serão elaboradas para diferentes grupos, que vivem em locais como o Acre, fundos de pasto e caatinga. Ele acredita que as políticas devem respeitar as especifidades regionais e que os órgãos envolvidos devem se adaptar às necessidades das comunidades.
Foto: MMA

     

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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