MCT: ENERGIA NUCLEAR NO BRASIL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2006

Rede pesquisará fusão nuclear para gerar energia limpa

Política Energética - 13/11/2006 - O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT) integra a Rede Nacional de Fusão (RNF), instituída oficialmente por portaria assinada pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende. A RNF irá promover o avanço da pesquisa em fusão nuclear no Brasil, desenvolvendo a capacitação científica e técnica necessária para viabilizar esta tecnologia como fonte de energia limpa, segura e sustentável. Inicialmente, reúne 70 pesquisadores de 14 instituições nacionais para desenvolver pesquisas na área.

O ministro assinou a portaria durante cerimônia organizada pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), na última terça-feira (7), no Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP). Do Inpe estiveram presentes os pesquisadores Eduardo Abramoff, coordenador substituto do CTE e representando o diretor do Inpe, Maria Virginia Alves, chefe do Laboratório Associado de Plasmas do Inpe, Gerson Otto Ludwig, Edson Del Bosco, Maria Célia Ramos de Andrade, Júlio Guimarães Ferreira e o aluno de pós-graduação Fernando J. R. Simões Jr.

A Rede Nacional de Fusão é um dos elementos do Programa de Energia Nuclear, no âmbito da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior do governo federal para promover o avanço científico-tecnológico da fusão nuclear controlada no país, coordenando as atividades dos grupos atuantes nesta área.

Tokamak

A fusão nuclear controlada acontece por meio de um tokamak, máquina para confinamento magnético de plasma. O Brasil possui 3 tokamaks – no Inpe, na USP e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), porém de pequeno porte. Para gerar energia suficiente para abastecimento será preciso desenvolver um reator de capacidade muito maior. E já está em andamento o projeto de um protótipo de reator capaz de produzir energia por fusão com um fator pelo menos 10 vezes maior do que a energia necessária para produzir e confinar o plasma. O protótipo é uma iniciativa internacional da qual o Brasil poderá participar.

O projeto do International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER), que será construído na França, está sendo conduzido desde a década de 90 pelos países da União Européia, Estados Unidos, Japão e Rússia. Recentemente, ganhou a participação da Coréia do Sul, China e Índia.

Há um ano, cientistas europeus estiveram no Inpe para conhecer o seu Laboratório Associado de Plasma, pioneiro no desenvolvimento de um tokamak com geometria toroidal esférica. A fusão nuclear gera energia abundante sem poluir o meio ambiente, usando como combustível uma fonte quase inesgotável – isótopos de hidrogênio. Daí a importância da RNF e de uma possível participação do Brasil no projeto experimental do reator termonuclear.

Estrutura

A Rede Nacional de Fusão será coordenada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCT), e será formada por órgãos e entidades associados, entre outros, instituições e universidades brasileiras que desenvolvem pesquisas e projetos na área da fusão nuclear controlada. Já participam as seguintes instituições e universidades: Laboratório Associado de Plasma do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais; Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF/MCT); Instituto Tecnológico da Aeronáutica do Centro Técnico Aeroespacial; Institutos de Física das Universidades de São Paulo, Federal Fluminense, Federal do Rio Grande do Sul, Estadual de Campinas, Federal do Paraná, Federal do Mato Grosso do Sul, Federal de Pelotas e de Brasília; Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá da Universidade Estadual Paulista; Faculdade de Tecnologia de São Paulo; e Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Além dessas, outras instituições já manifestaram interesse em também participar da Rede.

A Rede Nacional de Fusão lançará anualmente editais de chamada de projetos, sob a supervisão de um Comitê Técnico-Científico (CTC), coordenado pelo presidente da Cnen e formado por dois representantes do Inpe, dois da USP, e dois outros escolhidos pela comunidade entre os membros integrantes da rede.
Marjorie Xavier - Assessoria de Imprensa do INPE

Produção nacional de energia nuclear é tema de evento internacional no Rio

Energia Nuclear - 13/11/2006 - Questões envolvendo políticas e programas de segurança da produção nacional de energia nuclear serão debatidas hoje (13), no Rio de Janeiro, por especialistas brasileiros e internacionais durante o International Workshop on the Safety of the Nuclear Fuel Cycler.

Representantes da Agencia Internacional de Energia Atômica (AEIA/ONU), da Agencia Brasil-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (ABACC) e 15 executivos das principais empresas produtoras do combustível nuclear em todo o mundo, participam do encontro, promovido pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB).

Com a reunião, a INB, empresa vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, quer disseminar conhecimentos e favorecer um relacionamento mais amplo entre empresas, instituições e organismos governamentais brasileiros, que favoreçam a adoção das melhores práticas na produção do ciclo do combustível nuclear.

Um dos destaques do workshop será a palestra do especialista da AEIA, Pierre Nocture, sobre a avaliação de segurança durante a operação das unidades produtoras de energia nuclear – a Sedo Mission – que será adotada pela INB a partir do próximo ano.

Chister Viktorson, também da AEIA, falará sobre as políticas e programas da agência, e Antonio Abel de Oliveira, da ABACC, tratará da questão do acordo de cooperação entre o Brasil e a Argentina.

O encontro será aberto pelo chefe da Divisão de Desarmamento e Tecnologias Sensíveis do Ministério das Relações Exteriores, Santiago Mourão, que vai falar sobre os acordos internacionais brasileiros nessa área.

Também constam da programação palestras do presidente da Combustibles Nucleares Argentinos, Alberto Andino, de Odair Gonçalves, presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCT), do presidente do Instituto Brasileiro de Qualidade Nuclear, Wilson Rodrigues, e do especialista da Eletronuclear, Leonan Guimarães.

O workshop será realizado no auditório do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa/MCT), com início marcado para às 9h.
Helena Beltrão - Assessoria de Imprensa do MCT

AIEA elogia padrão de segurança na produção de energia nuclear no País

Workshop - 13/11/2006 - A atuação do Brasil na adoção de padrões de segurança que garantem a plena confiabilidade em todas as etapas da produção de energia nuclear, foi elogiada hoje (13) pela Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA). "O que o Brasil tem feito mostra a vontade e o compromisso deste país em desenvolver as atividades nesse campo, de acordo com os mais altos padrões de segurança e qualidade", afirmou Chister Viktorsson, especialista em apoio a políticas e programas da AEIA, entidade que é ligada à Organizações das Nacões Unidas (ONU).

Em palestra no International Workshop on the Safety of the Nuclear Fuel Cycle, promovido pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Viktorsson informou que a energia nuclear está em expansão em todo o mundo, e que muitos países têm demandado o apoio da Agência na implantação de seus programas. "O desenvolvimento deste tipo de energia significa para os países um compromisso de 100 anos, então é preciso que as nações tenham estabilidade política".

Durante o encontro, a AEIA revelou as etapas da Missão Sedo a ser implantada a partir de março na INB, empresa vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Será a primeira unidade industrial em todo o mundo a adotar as novas normas e procedimentos de segurança decorrentes de avaliações que serão feitas por especialistas das Nações Unidas.

O especialista Pierre Nocture, responsável pela Missão Sedo, ressaltou os benefícios do novo programa, que contará com técnicos independentes, e avaliações abrangentes, visando melhorar a segurança das instalações nucleares por meio da adoção das melhores práticas internacionais em matéria de segurança para as populações e o meio ambiente.

Para Samuel Fayad, diretor de produção da INB, a Missão Sedo representa um avanço significativo na atuação da empresa que, assim, revela o compromisso político do Brasil com a segurança do seu programa nuclear e o alinhamento do País com o conhecimento mais atualizado e com acordos internacionais firmados pelo nessa área.

Participaram do workshop 14 empresários internacionais da área de produção de energia nuclear, além de autoridades governamentais brasileiras e argentinas. Para Samuel Fayad, diretor de produção da INB, a Missão Sedo representa um avanço significativo na atuação da empresa que, assim, revela o compromisso político do Brasil com a segurança do seu programa nuclear e o alinhamento do País com o conhecimento mais atualizado e com acordos internacionais firmados pelo nessa área.

Participaram do workshop 14 empresários internacionais da área de produção de energia nuclear, além de autoridades governamentais brasileiras e argentinas.
Helena Beltrão - Assessoria de Imprensa do MCT

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

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