MARCUS BARROS FALA SOBRE LICENCIAMENTO NO TCU

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Novembro de 2006

Brasília (29/11/2006) - O Presidente do Ibama Marcus Barros, esteve hoje, no Seminário Desenvolvimento de Infra-estrutura de Transportes no Brasil – Perspectivas e Desafios, organizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em palestra sobre a Questão Ambiental do desenvolvimento de infra-estrutura.

Marcus Barros fez um pequeno histórico desde sua chegada ao instituto há quatro anos, citando os avanços obtidos, como, por exemplo, a ampliação do número de licenciamentos com qualidade. “Se antes havia projetos que eram entregues em apenas uma folha de papel, hoje temos projetos de grande porte licenciados, mas que não foram feitas as obras”, informa. Para ele, outro grande avanço foi a separação do licenciamento por áreas de especificidade técnica: petróleo e gás, metais pesados e agrotóxicos, e obras de grande porte.

Para que a qualidade do licenciamento fosse melhorada, o presidente lembrou a ampliação do quadro funcional qualificado da entidade. “Havia no licenciamento somente 72 técnicos e, destes, apenas sete de carreira”, diz. Segundo ele, uma parte do licenciamento era realizada por técnicos da Agência Nacional de Petróleo (ANP). “Tem que haver distanciamento entre quem demanda e quem licencia”, enfatiza, lembrando que os concursos havidos tanto melhoraram quanto ampliaram o quadro técnico.

O momento mais marcante em sua gestão, porém, foi quando, a partir da racionalização ética que ocorreu no Ibama, na prisão de servidores, um deu um tiro no peito. “A falta de ética não nos deixava trabalhar e conversar com a sociedade”, evidencia. Para Marcus Barros, os sistemas informatizados, além de desburocratizarem os processos e de darem maior transparência, “fizeram com que os atravessadores que roubavam as riquezas do país por meio de guias acabassem”.

Por outro lado, um dos motivos que mais emperra o processo de licenciamento, segundo o presidente, é a “esperteza” de alguns para adiantá-lo. “Se não fizer bem feito, se os estudos não estão dentro da legislação, tem que refazer”, informa. Além disso, para Marcus, o mais importante é trabalhar “em defesa da nação, dos empreendimentos e da própria pele”, lembrando-se do processo que o Ministério Público da União opôs por improbidade quando do licenciamento do São Francisco. “Ainda bem que havia juízo na cabeça do juiz que, ao ler o processo, arquivou-o imediatamente”, diz.

Se o licenciamento demora, é porque é multifatorial, onde a análise tem que ser macro. “Há pareceres dentro do Ibama e fora da instituição”, informa. Segundo ele, um dos que mais demora é o da Funai, até por causa do baixo orçamento e do número reduzido de pessoal. “Um dia, o presidente da Funai me disse que tínhamos um orçamento bem maior que o dele para cuidar de tatu”, brinca. “Cuidamos de tatu, sim, mas também do Brasil”, fala.

Para Barros, mesmo sem ter sido citado pela imprensa, o Ibama foi peça fundamental para que o Brasil se tornasse auto-suficiente em petróleo. “Trouxemos a Petrobras para cumprir a legislação, sem condicionantes. Mesmo assim, se não tem condições, não tem licenciamento”, afirma.

Marcus lembrou também o apoio a novas idéias e modelos de gestão dentro do Ibama. “Escolhemos a BR 163 Cuiabá-Santarém para fazer um licenciamento paradigmático, que significa analisar, inclusive, qual o melhor caminho do ponto de vista racional, econômico/empresarial e ambiental”, enfatiza. Para ele, a Amazônia deve ser ocupada dentro de um conceito integral de ordenamento. Além disso, a regulamentação do art. 23 da Constituição Federal, que dispõe sobre a atuação de cada ente federado, é um mecanismo regulamentador importante. “Sem tirar o mérito, não podemos licenciar a padaria do João, pois há outros entes que melhor entendem e estão melhor aparelhados para perceber o que está no local ou no regional; cabe ao Ibama o papel de analisar as obras de grande impacto”, lembra.

Segundo Marcus Barros, seminários assim são muito importantes para o fomento do diálogo do Ibama com o empreendedor, com o MPU, com o TCU e com a própria sociedade, tendo como resultante um licenciamento mais ágil. “O Ibama não dialoga por meio da imprensa, pois não acha esse o melhor meio para conversar com seus interlocutores, preferindo um contato mais direto”, esclarece.
Luis Lopes

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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