LICENCIAMENTO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2006

Ministério do Meio Ambiente avançou na questão do licenciamento ambiental, diz ministra

8 de Dezembro de 2006 - Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - Os avanços na resolução de problemas ligados ao licenciamento ambiental foram positivos nos últimos três anos, avaliou hoje (8) a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ela se reuniu com representantes da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de Base (Abdib) para uma análise dos resultados de um protocolo assinado há três anos prevendo ações por parte do governo federal para avançar nas questões de licenciamento ambiental consideradas entraves para o desenvolvimento do país.


Segundo a ministra, o governo saiu de uma média de 145 licenças por ano para 237 licenças na gestão atual. Ela observou que o número de ações na Justiça ligadas ao meio ambiente e licenciamento também diminuiu.

Marina Silva destacou que durante os últimos três anos houve empenho para tornar o processo de licenciamento mais transparente. Uma das iniciativas foi a criação do Portal do Licenciamento. “O nosso objetivo é que cada vez mais esse portal seja integrado aos estados”.

A ministra ressaltou ainda que o ministério está trabalhando para aprovar uma lei que determina quem são os responsáveis pelo licenciamento ambiental de acordo com a extensão do impacto ou pelo domínio da área. “Esse foi um trabalho de dois anos do ministério, que fez uma engenharia complexa envolvendo o estados e municípios, empresários, diferentes segmentos da sociedade, Ministério Público, e com isso conseguimos um consenso fantástico. Encaminhamos para a Casa Civil em fevereiro de 2006 e estamos aguardando o fechamento final dessa proposta para que seja encaminhada ao Congresso Nacional”.

A ministra disse ainda que não se pode tratar todos os empreendimentos da mesma maneira, já que existem complexidades diferentes. “Não existe essa história de decisão política ideológica para dar ou não uma licença, em pedir ou não complementos em relação a um estudo de impacto ambiental. O que existe são processos objetivos que podem ser questionados pelo empreendedor”.

Marina Silva enfatizou que o licenciamento ambiental não é um empecilho para o crescimento do país, e sim uma conquista do desenvolvimento econômico do Brasil. E lembrou que as dificuldades encontradas no início da gestão não podem ser comparadas às atuais.

A ministra afirmou que o se o país não crescer os 5% almejados a culpa não será do meio ambiente. “Eu estou dizendo que não. Não pode ser visto dessa forma. Ninguém desse país vai querer desenvolvimento sem respeito à legislação ambiental. E o bom de tudo isso é que o Brasil é modelo no setor de licenciamento para vários países da América Latina e Caribe. O Brasil é um país que avançou efetivamente no licenciamento ambiental”, afirmou.

Ministério cria grupo de trabalho para garantir agropecuária sustentável

7 de Dezembro de 2006 - Raquel Mariano - da Agência Brasil - Brasília - Selos que garantam a qualidade de frutas, a rotatividade de lavouras e atividade pecuária que evite o desgaste do solo, além de facilidades para conseguir crédito, são algumas medidas do governo para incentivar a agropecuária sustentável.

Hoje (7), o Ministério da Agricultura reuniu, em Brasília, representantes de entidades rurais, da sociedade civil e do governo para discutir formas de desenvolver o agronegócio sem prejudicar a biodiversidade. O encontro se deu no Seminário Agropecuária Sustentável: Um olhar para o futuro.

Durante o evento, o ministro da Agricultura, Luiz Carlos Guedes, assinou uma portaria instituindo o Grupo de Trabalho Multiinstitucional de Assessoramento para a Política de Alimentos Seguros (Copas). Essa comissão vai estudar maneiras de garantir a qualidade agrícola brasileira.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, o grupo surgiu a partir da preocupação com a presença dos produtos nacionais no exterior e com imposição, cada vez maior, de barreiras técnicas (que envolvem, por exemplo, questões sanitárias e ambientais).

Essas barreiras, acrescenta, tornam o produto brasileiro vulnerável, uma vez que ora é aceito no mercado ora perde espaço no exterior, gerando dúvidas nos consumidores estrageiros.

"Depois de discutirmos internamente, entendemos que é uma mudança da matriz produtiva que tem que ser processada pelo governo e a sociedade civil, em diversos âmbitos: saúde, educação, ambiente, ciência e tecnologia”, explicou Dias.

Ele ressalta que a atividade sustentável representa a garantia de que o país continuará gerando distribuição de renda e, "ao mesmo tempo, assegurandor a preservação do meio ambiente para que a gerações futuras possam se beneficiar disso”.

De acordo o secretário, mais de um terço do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no país) brasileiro vem da agropecuária. O agronegócio é responsável por manter a balança de pagamento brasileiro equilibrada, sem contar que a maior parte do território brasileiro ainda é área rural, e a renda que sai desses locais é das atividades agropecuárias”.

Países americanos debatem políticas de desenvolvimento sustentável na Bolívia

4 de Dezembro de 2006 - Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Autoridades de meio ambiente de 34 países da continente americano estão reunidas hoje (4) e amanhã (5) na Bolívia para discutir a formação de políticas conjuntas que permitam o progresso econômico sem prejudicar o meio ambiente. Eles participam da 1ª Reunião Interamericana de Ministros e Altas Autoridades de Desenvolvimento Sustentável, em Santa Cruz de la Sierra.

A abertura da reunião contou com a participação do presidente boliviano, Evo Morales, e do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Inzulza. O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Langone, representa o governo brasileiro no evento.

O encontro tem por objetivo analisar vários temas e identificar passos concretos a serem tomados para promover, em nível regional, a inclusão das preocupações com o meio ambiente nas políticas econômicas e sociais dos países. Os participantes também debatem a importância do desenvolvimento sustentável para o cumprimento das Metas do Milênio, série de compromissos adotada pelos 189 membros das Nações Unidas em 2000 que prevê a redução da pobreza em todo o mundo até 2015.

Há dez anos, a mesma cidade boliviana foi sede do Encontro das Américas para o Desenvolvimento Sustentável, que reuniu chefes de Estado e de governo do continente. A reunião destes dois dias servirá para avaliar o progresso obtido desde a primeira conferência.

O encontro em Santa Cruz de la Sierra representa a etapa final de um ano de trabalho. Desde 2005, três encontros ajudaram a definir os temas a serem debatidos na Bolívia. A primeira reunião ocorreu na Costa Rica, em agosto de 2005, e tratou da agricultura, do extrativismo e do turismo como atividades que incentivam o desenvolvimento sustentável.

Em abril, especialistas dos Estados membros da OEA voltaram a se encontrar na Jamaica para discutir programas para reduzirem, de forma integrada, o impacto dos desastres naturais. Em agosto, outra reunião, no Equador, debateu a gestão integrada dos recursos hídricos entre os países do continente.

Brasil participará de reunião sobre desenvolvimento sustentável na Bolívia

3 de Dezembro de 2006 - Da Agência Brasil - Brasília - O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Claudio Langone, representará o Brasil na 1ª Reunião Interamericana de Ministros e Altas Autoridades de Desenvolvimento Sustentável, que se realizará em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, a partir de amanhã (4).

No encontro, segundo informação do ministério, deverá ser aprovado o Programa Internacional de Desenvolvimento Sustentável para o período 2006-2009, cujo conteúdo orientará as ações que a Organização dos Estados Americanos (OEA) apoiará na região. Também será assinada a Declaração de Santa Cruz + 10, sobre o tema.

A reunião é organizada pelo Conselho de Desenvolvimento Internacional de Desenvolvimento Integral da OEA e terá três painéis temáticos: Gestão Integrada dos Recursos Hídricos, Gestão dos Riscos dos Desastres Naturais e Agricultura, Silvicultura e Turismo Sustentáveis.

Depois de várias reuniões técnicas preparatórias, o encontro possibilitará o debate sobre a interação entre o comércio internacional e as mudanças nos ecossistemas globais, a partir dos diferentes acordos comerciais.

Além de Langone, integram a delegação brasileira a assessora de Assuntos Internacionais do ministério, Raquel Breda dos Santos, e representantes do Ministério das Relações Exteriores.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, e o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, participarão da abertura da reunião.

Marina Silva diz que desenvolvimento sem sustentabilidade não é desenvolvimento

7 de Dezembro de 2006 - Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, respondeu às críticas de que sua pasta e a preocupação ambiental estariam impedindo o desenvolvimento de importantes segmentos econômicos. Ao discursar durante a entrega do 1º Prêmio da Agência Nacional de Águas (ANA), na noite de ontem (6), e em entrevista à Radiobrás, a ministra disse que a implementação e o cumprimento rigoroso da legislação ambiental provocam conflitos, e que desenvolvimento sem a preocupação com a sustentabilidade não é desenvolvimento.

Ela apontou que esses conflitos não se dão só com empresas e parcelas da sociedade, mas também dentro do próprio governo. Marina afirmou que a aplicação de critérios ambientais durante o processo de planejamento das ações de infra-estrutura é uma conquista da qual a sociedade não deve abrir mão.

“Ainda bem que não temos mais a velha consciência de que os recursos naturais são infinitos. É fundamental que nosso país se desenvolva, mas temos de considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas”, comentou. “Temos de entender que vivemos na era dos limites. O desenvolvimento que não é capaz de incorporar critérios de sustentabilidade, de conciliar as respostas às necessidades do presente com o direito das gerações futuras, não é desenvolvimento. Da mesma forma como a preservação ambiental que não considera as reais necessidades materiais para alcançarmos o desenvolvimento social não é viável”.

Para a ministra, é falsa a polêmica que contrapõe os que querem o desenvolvimento econômico dos que querem preservar o meio ambiente. Em relação às recentes críticas à suposta morosidade das concessões de licenças ambientais, a ministra sugeriu que elas podem ter outras razões: “No início do governo, havia 45 hidrelétricas paralisadas em função de questões judiciais, e hoje são apenas quatro. E elas só estão paralisadas porque o empreendedor não atendeu às exigências do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis]. Logo, as pessoas podem estar criticando não a lentidão, mas sim o fato de que, agora, as coisas têm de ser bem feitas, com critérios”.

Marina Silva enumerou algumas medidas que tomou à frente do ministério para aumentar a eficiência do setor. “Quando assumimos o governo, o quadro de pessoal efetivo para conceder os licenciamentos ambientais tinha sete pessoas. Hoje, são 150 funcionários contratados por meio de concursos. Havia uma única coordenação de licenciamento. Hoje, são três [a de Transporte, Mineração e Obras Civis, a de Infra-Estrutura e Energia e a de Petróleo e Gás]”. De acordo com a ministra, a média anual de licenças concedidas durante o governo anterior era de 145 e subiu para 225.

“Eu tenho absoluta certeza de que o caminho que tomamos de desenvolvimento sustentável é irreversível”, afirmou a ministra. Defendendo que a política ambiental, apesar de recente, avançou muito no Brasil, ela atribuiu à mudança de paradigmas a polêmica. “Não é errado ter interesses”, disse. “O Estado tem de lidar com esses diferentes interesses. O errado é quando um interesse acha que pode se sobrepor aos demais. É impossível imaginar que podemos continuar com o padrão de fazer primeiro para depois mitigar os impactos. Podemos fazer diferente, incluir critérios de sustentabilidade no planejamento de nossas ações.”

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 
 
 

 

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