FINEP ANUNCIA INVESTIMENTO DE R$ 80 MILHÕES EM PROJETOS PARA REDUZIR O AQUECIMENTO GLOBAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Dezembro de 2006

11/12/2006 - Até 2009, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT) vai aplicar cerca de R$ 80 milhões em projetos que proporcionem a redução do efeito estufa e, conseqüentemente, do aquecimento global. Os recursos serão liberados por meio do Programa de Apoio a Projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, que será lançado amanhã (12), às 11h, no gabinete do ministro da Ciência e Tecnologia, em Brasília (DF). O anúncio será feito pelo presidente da Finep, Odilon Marcuzzo do Canto.

Inserido no contexto das metas aprovadas pelo Protocolo de Kyoto, acordo internacional implementado em fevereiro de 2005 para combater a emissão de gases poluentes na atmosfera, o Pró-MDL possui duas modalidades de financiamento, a dos reembolsáveis e a dos não-reembolsáveis.

Os reembolsáveis compreendem a linha de apoio a projetos de pré-investimento e a de desenvolvimento tecnológico de soluções. Já os não-reembolsáveis, que pressupõem a cooperação entre empresas e Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs), têm uma linha voltada para a criação de novas tecnologias e outra focada na pesquisa de metodologias de linha de base, cálculo de emissões e monitoramento. “O apoio não-reembolsável é em regime de fluxo contínuo e visa complementar as atividades de financiamento reembolsável”, explica Fabrício Brollo, chefe do Departamento de Agronegócios da Finep.

O principal objetivo do Protocolo de Kyoto, ratificado por 144 nações, é reduzir a emissão de poluentes em 5,2% nos países listados no Anexo I do acordo*, tendo como base os níveis verificados em 11000, ano em que as negociações se iniciaram. Fazem parte do anexo I os países industrializados participantes da iniciativa. Os Estados Unidos, maior poluidor do planeta, não assinou o tratado.

Para que as nações em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia, pudessem contribuir para o cumprimento do plano, criaram-se três mecanismos adicionais de implementação, que possibilitam a execução de projetos além das fronteiras nacionais: o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), a Implementação Conjunta e o Comércio de Emissões. Assim, é possível que o Brasil preste assistência a um empreendimento MDL da Alemanha, por exemplo. “O alto potencial que temos, aliado à demanda por recursos naturais, garantem ao País um papel de liderança no setor”, afirma Fabrício Brollo. Os números comprovam: atualmente, dos 575 projetos em fase de validação ou superior, o Brasil responde por 135, posicionando-se em segundo lugar no total geral.
Embora tenham aderido ao protocolo, países em desenvolvimento não tiveram que se comprometer com metas específicas.

Projetos do MDL recebem apoio da Finep

Departamento de Comunicação da Finep - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - 12/12/2006 - O presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT), Odilon Marcuzzo do Canto, lançou hoje, em Brasília, o Programa de Apoio a Projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, por meio do qual serão investidos, até 2009, cerca de R$ 80 milhões em projetos que proporcionem a redução do efeito estufa na atmosfera.

O Pró-MDL, como é chamado o novo programa, terá duas linhas de financiamento. A primeira financiará a realização de estudos de inventário, viabilidade técnica, econômica e financeira do investimento, projetos básicos, executivos e ambientais e estudos relacionados ao ciclo do carbono. Para ela serão destinados R$ 32 milhões em recursos.

A outra linha de financiamento, que conta com R$ 21 milhões, destina-se a apoiar projetos de desenvolvimento ou aprimoramento de tecnologias para a redução de emissões e/ou aumento da remoção de gases de efeito estufa.

Quando o projeto envolver a participação de instituições científicas e tecnológicas, está previsto um aporte de recursos não reembolsável. Nesse caso, estão destinados R$ 12 milhões para cada linha do programa.

Cada projeto poderá contar com um financiamento de até 90% do seu valor. O prazo para pagar é atrativo. O proponente tem até três anos para começar a pagar e até sete anos para amortizar seu empréstimo.

Projetos que atendam a determinados requisitos podem usufruir, ainda, da possibilidade de uma redução de até 10 pontos percentuais na taxa de juros que irá incidir sobre o financiamento. É o caso, por exemplo, de projetos que atendam aos segmentos industriais tidos como estratégicos na Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE), tais como bens de capital, softwares e biomassa. No site da Finep estão listados todos os requisitos necessários para que os projetos obtenham essa redução.

“A grande vantagem deste novo programa de financiamento é que o proponente ficará livre para comercializar as Reduções Certificadas de Emissões (RCE’s), medidas em tonelada métrica de dióxido de carbono, no mercado”, explica Odilon Marcuzzo. Antes havia um deságio no valor desses papéis, em função dos riscos embutidos colocados pelos países ricos na transação comercial. “O resultado é que os empresários brasileiros poderão lucrar até 60% a mais com projetos de MDL”, conclui.

MDL

O MDL funciona como um mecanismo de mercado internacional, estabelecido pelo Protocolo de Quioto, cuja mercadoria é constituída pelas reduções certificadas de emissões de gases de efeito estufa e/ou remoções de CO2 (RCEs).

Para países em desenvolvimento, como o Brasil, o MDL é um mercado muito promissor, pois permite que esses países financiem seu desenvolvimento de forma sustentável, oferecendo as RCEs a países industrializados (do Anexo 1 do Protocolo de Quioto). Já os países desenvolvidos participam da transação como demandantes dessa “moeda”, cujo objetivo maior é a promoção do equilíbrio do sistema climático mundial.
Hoje, o Brasil é o segundo país com maior número de projetos apresentados no sistema Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Além disso, conquistou a segunda posição em projetos registrados, ou seja, aceitos formalmente pelo Conselho Executivo do MDL. O País ocupa, ainda, em termos de reduções projetadas de emissões de CO2, a terceira posição, sendo responsável pela redução de 190 milhões de toneladas desse gás, o que corresponde a 11% do total mundial previsto pelo Protocolo de Quioto até 2012.
Andrea Vilhena - Assessoria de Imprensa do MCT

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
VEJA
NOTÍCIAS AMBIENTAIS
DIVERSAS
Acesse notícias variadas e matérias exclusivas sobre diversos assuntos socioambientais.

 
 
 
 
Conheça
Conteúdo
Participe
     
Veja as perguntas frequentes sobre a Agência Ecologia e como você pode navegar pelo nosso conteúdo.
Veja o que você encontrará no acervo da Agência Ecologia. Acesse matérias, artigos e muito mais.
Veja como você pode participar da manutenção da Agência Ecologia e da produção de conteúdo socioambiental gratuito.
             
 
 

 

 

 

 
 
 
 
 
     
ACESSE O UNIVERSO AMBIENTAL
DE NOTÍCIAS
Veja o acervo de notícias e matérias especiais sobre diversos temas ambientais.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça nosso compromisso com o jornalismo socioambiental independente. Veja as regras de utilização das informações.
Entre em contato com a Agência Ecologia. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
A Agência Ecologia disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 45 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
 

 

 

 

 

 

 
 
 
 
 
 
Agência Ecologia
     
DESTAQUES EXPLORE +
SIGA-NOS
 

 

 
Agência Ecologia
Biodiversidade Notícias Socioambientais
Florestas Universo Ambiental
Avifauna Sobre Nós
Oceano Busca na Plataforma
Heimdall Contato
Odin Thor
  Loki
   
 
Direitos reservados. Agência Ecologia 2024-2025. Agência Ambiental Pick-upau 1999-2025.