REGULARIZAÇÃO DE GARIMPO NO SUL DO AMAZONAS DEVE RESPEITAR O MEIO AMBIENTE, DIZ COORDENADORA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2007

18 de Janeiro de 2007 - Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A diretora de Desenvolvimento Sustentável na Mineração do Ministério de Minas e Energia (MME), Maria José Salum, informou que embora a ocupação e os trabalhos de extração de ouro no Garimpo do Juma estejam sob controle, os governos federal e estadual pretendem organizar a atividade a fim de impedir qualquer ação que possa degradar o meio ambiente. Salum é a coordenadora da comissão criada pelo governo federal para organizar a exploração do ouro e evitar futuros conflitos no garimpo recém aberto no sul do Amazonas, a cerca de 450 quilômetros de Manaus.

Segundo ela, o MME e outros órgãos governamentais já iniciaram uma série de ações no local. A principal delas, segundo Salum, é a legalização da atividade. “Estamos fazendo a legalização com grande preocupação ambiental. Para que a cooperativa que está sendo constituída pelos garimpeiros receba do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM) o título de exploração, ela terá de ter uma licença ambiental, obtida junto ao governo estadual, ou seja, os garimpeiros terão de trabalhar com a visão de preservação ambiental”.

De acordo com Salum, da mesma forma que os prefeitos das cidades próximas, a comissão está preocupada com o grande número de pessoas que têm procurado o garimpo. “Já não há mais lugar. Os poucos postos de trabalho já estão ocupados por garimpeiros da própria região. Então, temos tentado esclarecer que não há lugar para novos trabalhadores e nem há ouro em grande quantidade”.

Salum disse que o ouro encontrado na Gruta do Juma é pouco e está concentrado em uma área muito pequena. Para ela, o garimpo não comporta muita gente e sua duração provavelmente será curta. “Temos alertado para tentar impedir o fluxo muito grande de pessoas. Elas ouvem a notícia de que é um garimpo com muito ouro, mas não é esta a condição”.

A preocupação das cidades próximas é de não comportar a quantidade de pessoas que possam se dirigir à região atraídas pela possibilidade de enriquecer trabalhando no garimpo. Para Salum, a realidade é bem diferente. “Uma vez lá, elas não encontrariam trabalho e nem sequer encontrariam ouro”.

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Oficina discute plano de utilização de áreas de várzea no Amazonas

18 de Janeiro de 2007 - Irene Lôbo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Uma oficina que começou ontem (17) e segue até amanhã (19), em Santarém, no Pará, está discutindo a melhor forma de utilizar as áreas de várzea do oeste paraense. A várzea do Rio Amazonas é uma região onde vivem comunidades ribeirinhas que praticam pesca comercial, extração de madeira e pecuária, muitas vezes sem um plano de manejo ambiental adequado.

O professor David MacGrath, do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da Universidade Federal do Pará (UFPA), é um dos participantes da oficina, que reúne ainda representantes da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Colônia de Pescadores Z-20 e do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

Segundo McGrath, a oficina pretende elaborar um plano de utilização para projetos agroextrativistas (PAE) para as áreas de várzea. Ele explicou que a elaboração do projeto faz parte de um processo longo para resolver a questão fundiária das áreas de várzea, que, apesar de serem propriedade da União, estão ocupadas por populações há vários anos.

“A gente vê a proposta de projeto de assentamento agroextrativista como um modelo que une tanto a questão fundiária como a questão de gestão dos recursos naturais da várzea. O grande objetivo desse encontro é justamente definir uma política para elaboração de planos de uso para esses assentamentos na várzea”, afirmou.

O professor coordena atualmente o Programa Manejo da Várzea do Ipam. O sucesso do programa está fundamentado numa pesquisa realizada entre 1991 e 1994, que concluiu que, nos lagos com sistemas bem sucedidos de manejo, a produtividade da pesca é maior do que em lagos sem manejo.

“Em resposta aos conflitos de pesca, as comunidades de várzea e as organizações que apóiam as comunidades de várzea e trabalham nas comunidades de várzea, como colônias de pescadores, desenvolveram acordos de pesca comunitária para ordenar a pesca e tentar frear a exploração desordenada”.

De acordo com o professor, a oficina irá definir os planos de uso para a região de várzea aproveitando a estrutura que foi criada para os acordos de pesca, que são os conselhos comunitários para cada sistema de lagos na várzea. “Esse é um momento muito importante na evolução de uma política de gestão e desenvolvimento sustentável, muito importante para o ambiente de várzea”.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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