MMA INICIA ESTUDO INÉDITO DE BACIAS E ZONA COSTEIRA NO ES

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2007

09/02/2007 - Rafael Imolene - A Secretaria de Qualidade Ambiental do MMA, apoiada pelo governo do Espírito Santo, está iniciando um estudo pioneiro de bacias hidrográficas cujos rios desaguam no mar. A pesquisa, em duas pequenas bacias do estado, nunca foi realizada no Brasil e tem registro, recente, em menos de dez países do mundo todo. Servirá para conferir uma metodologia prática às diretrizes do Programa 9 do Plano Nacional de Recursos Hídricos, que trata da Gestão de Recursos Hídricos Integrados ao Gerenciamento Costeiro.

"É uma iniciativa inovadora em termos mundiais", afirmou o diretor de Gestão Territorial do MMA, Rudolf de Noronha. Com uma das maiores costas do mundo, de 8.500 km de extensão, e dotado de 12% de toda água doce do planeta, o Brasil conta com leis que contemplam as gestões tanto dos leitos de água doce quanto das águas marítimas. No entanto, não há legislação específica sobre os pontos de encontro entre a água doce e salgada.

A necessidade de integrar a gestão costeira com a gestão de recursos hídricos mobiliza desde 2001 as Secretarias de Qualidade Ambiental (SQA) e de Recursos Hídricos (SRH), ambas do Ministério do Meio Ambiente, bem como a Agência Nacional de Águas (ANA), resultando na criação da Câmara Técnica de Integração da Gestão das Bacias Hidrográficas e dos Sistemas Estuarianos e Zona Costeira (CTCost).

Nos dois primeiros dias de fevereiro, uma equipe da SQA esteve no Espírito Santo acertando detalhes do estudo que servirá para integrar as gestões. No primeiro dia, se reuniram com a secretária do Meio Ambiente do estado, Gloria Abaurre, e representantes do Instituto Estadual do Meio Ambiente e da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

No segundo dia, sobrevoaram as duas bacias escolhidas para o estudo, as dos rios Jacaraípe e Piraquê-Açu. A primeira delas fica na região metropolitana de Vitória, com intensa ocupação populacional urbana. A segunda, do Piraquê-Açu, abriga uma grande fábrica de celulose, bem como plantações de eucalipto e o maior manguezal do estado. "Elas são completas, porque apresentam amostras do que existe no Brasil inteiro", disse o coordenador do estudo, João Luiz Nicolidi, da SQA.

Na terça-feira, 13, a CTCost realiza em Brasília a primeira reunião de 2007, quando serão apresentadas as informações coletadas nos dois dias de trabalho. Está previsto para setembro a finalização de um relatório com todos detalhes do estudo feito nas bacias capixabas, que contribuirá para fundamentar a resolução sobre a integração das gestões. A CTCost prevê para dezembro de 2007 concluir a resolução.

Encontro define bases para sistema brasileiro de alerta precoce de seca

06/02/2007 - As bases para a elaboração da proposta do Sistema Brasileiro de Alerta Precoce de Seca e Desertificação (SAP) serão definidas nesta quinta e sexta-feira (8 e 9) em encontro no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP). Previsto para ser implantado ainda este ano, o sistema levará em conta as exigências da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (CCD) e as prioridades estabelecidas pelo Programa Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos de Seca (PAN-Brasil).

Organizado pelo Ministério do Meio Ambiente, o encontro terá participação do secretário de Recursos Hídricos do MMA, João Bosco Senra, e de especialistas de outros órgãos do governo federal e de instituições como Embaixada dos Estados Unidos, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA), Banco Mundial, Banco do Nordeste do Brasil, entre outros. Nos dois dias de trabalho, os especialistas convidados responderão sobre questões relacionadas aos riscos dos eventos críticos de precipitação, como secas e enchentes, em áreas susceptíveis à desertificação no Brasil. Falarão também sobre a atuação de cada setor (como defesa civil, climatologia, hidrologia, agricultura, recursos hídricos e demografia) a ser levada em consideração para o desenvolvimento de um Sistema de Alerta Precoce de Secas e Desertificação. Além disso, deverão indicar a forma de disseminar as informações do sistema e integrar a sociedade de forma que entenda e responda às informações.

A discussão sobre mudanças climáticas e a necessidade de desenvolver sistemas de alerta precoce para eventos climáticos extremos vem se ampliando nos últimos tempos. No Brasil existem quatro sistemas de alerta. O Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Doce, em Minas Gerais, opera desde 1997 com o objetivo de alertar 16 municípios da bacia quanto ao risco de ocorrência de enchentes.

O Programa de Monitoramento Climático em tempo Real da Região Nordeste (Proclima) é uma iniciativa conjunta da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e foi criado para monitorar a estação chuvosa na região Nordeste. É executado pelo Inpe e pelos estados da região Nordeste, de Minas Gerais e do Espírito Santo. As informações meteorológicas são integradas em tempo real.

O Centro de Operação do Sistema de Alerta da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-Açu (Ceops) desenvolve atividades como previsão do tempo, monitoramento dos níveis do rio e previsão hidrológica, laudos técnicos e pesquisas sobre os sistemas meteorológicos. O Sistema de Geadas do Paraná elabora previsões detalhadas, que são transferidas aos agricultores com antecedência mínima de 24 horas, para que adotem medidas de proteção de mudas do café e evitar perdas provocadas pelas baixas temperaturas.

Ministérios discutem ações para solucionar a crise da lagosta

05/02/2007 - Rafael Imolene - O Ministério do Meio Ambiente, a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) e o Ibama se reuniram nesta segunda-feira (5) para discutir as ações e os próximos passos do trabalho conjunto de recuperação da pesca da lagosta no Brasil. A abertura dos trabalhos contou com a presença do ministro interino do Meio Ambiente, Claudio Langone, do ministro da Pesca e Aqüicultura, Altemir

Gregolin, e do presidente substituto do Ibama, Márcio Freitas. Subsecretários, diretores e coordenadores dos três órgãos também participaram da reunião, além de superintendentes do Ibama na região Nordeste e os chefes de escritório e gerentes regionais da Seap.

Com a iniciativa, o governo federal une forças para solucionar a grave crise que pode determinar o fim da pesca da lagosta no país. O crustáceo praticamente desapareceu da costa e os estoques remanescentes estão ameaçados pela pesca predatória. Para o ministro interino do Meio Ambiente, Claudio Langone, a união de esforços indica o comprometimento do governo. "É preciso mostrar que não se trata de fogo de palha e que as ações e regras serão implantadas e fiscalizadas", disse.

Langone citou o exemplo das ações de controle do desmatamento. "Achavam que as medidas seriam adotadas, depois iríamos embora e tudo voltaria a ser como antes. Não foi isso que aconteceu e conseguimos reduzir o desmatamento". O ministro interino garantiu que, no caso da lagosta, o governo agirá da mesma forma e espera contar com apoio e a conscientização de toda a sociedade.

O ministro da Pesca e Aqüicultura, Altemir Gregolin, afirmou estar convicto de que este é o melhor momento para encarar o problema. "Os pescadores também estão convencidos da necessidade das medidas. O governo está construindo uma ação unificada em busca da sustentabilidade e da conscientização da sociedade", afirmou o ministro. A soma de esforços entre os órgãos de governo, de acordo com Gregolin, deve resultar na formação de um grupo de trabalho interministerial, com a participação da Seap, do Meio Ambiente e do Ibama, bem como do Ministério do Trabalho e da Casa Civil da Presidência da República.

A crise da Lagosta afeta toda a cadeia produtiva, que hoje mantém mais de 150 mil postos de trabalho e movimentou, no ano passado, somente com exportações, US$ 82 milhões. A produção nacional caiu de mais de 11 mil toneladas em 1991 para menos de 7 mil toneladas em 2005. As empresas de captura praticamente desapareceram, assim como as processadoras e exportadoras, hoje reduzidas a cinco. Apesar disso, mais de 6 mil barcos ainda atuam na pesca.

Desde o dia primeiro todas as licenças de pesca de lagosta estão canceladas. Os proprietários de embarcações que quiserem permanecer na atividade precisam fazer o recadastramento nos escritórios estaduais da Seap e do Ibama. O prazo termina no dia 28 de fevereiro.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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