AGROENERGIA DESPERTA INTERESSE EM CONTINENTE AFRICANO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

02/03/2007 - O programa nacional de agroenergia e a liderança da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), no tema podem ajudar a mudar um cenário preocupante em Benin, país africano onde 70% da energia consumida tem origem na floresta.

A informação é do coordenador do Escritório da Embrapa África (Acra-Gana), Cláudio Bragantini, que nesta sexta-feira (2) participou da reunião com mais de 20 representantes de países do continente africano, na sede da Embrapa, em Brasília. O exemplo dado por Bragantini ilustra uma das demandas que deverá ser atendida a médio e longo prazos com a instalação do escritório em Acra. O diretor-presidente da Embrapa, Silvio Crestana, lembra a necessidade de transferir tecnologias a curto prazo, como o uso do plantio direto para aumentar a produção e produtividade, o que naturalmente abrirá as portas para o mercado de máquinas e equipamentos.

Bragantini comentou que os Ministérios de Minas e Energia e o de Agricultura de Benin têm interesse em treinar técnicos e pesquisadores e também conhecer as pesquisas direcionadas à agroenergia. “Outras fontes de energia para aquele país é uma demanda identificada ha pouco dias, num trabalho em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC). Oito pessoas vêm ao Brasil conhecer o nosso plano de agroenergia, adaptar e desenvolver um plano estratégico para Benin”, relata o coordenador da Embrapa África. Workshops e seminários deverão ser realizados para os países africanos de língua portuguesa, abordando plantio direto e integração lavoura e pecuária.

A presença da Embrapa no continente africano desperta expectativa de melhorias na produção e produtividade das culturas de milho, arroz, trigo e até mesmo da introdução da soja e da uva, conforme observa o embaixador de Moçambique, Murade Isaac Miguigy Murargy. Na prática isso pode ser traduzido no que o diretor-presidente chama de agenda para a área agrícola. Para ele, nos próximos dois anos será possível levar ao continente africano um pacote de tecnologias que só o Brasil tem, principalmente porque o país detém o melhor banco tecnológico do mundo.
Deva Rodrigues

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Projeto avalia impacto ambiental de oleaginosas

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, desenvolve o projeto “Gestão Ambiental Territorial da Produção de Óleos Vegetais para Obtenção de Biocombustíveis”.

Esse projeto dedica-se à avaliação de impactos ambientais da cadeia produtiva, envolvendo duas abordagens complementares: o entendimento dos impactos sob o alcance dos elos da cadeia, de um lado, e a gestão ambiental de estabelecimentos rurais dedicados à produção de oleaginosas, de outro. Os Estados do Piauí e da Bahia destacam-se no cenário nacional de produção de biodiesel de óleos vegetais, com a mamona, e o Estado do Pará na produção de palma (dendê), com a inserção da produção familiar, que constituem pontos importantes para esse estudo.

De 26 de fevereiro a 9 de março, a equipe do projeto realiza treinamentos e avaliações de estabelecimentos rurais dedicados à produção de mamona e dendê em três regiões produtoras distintas em Anísio de Abreu e São Raimundo Nonato (PI), em Belém (PA) e em Irecê (BA).

Gestão ambiental

O pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e um dos coordenadores da atividade, Cláudio Buschinelli, explica que a metodologia desse estudo envolve dois sistemas complementares de avaliação. “Inicialmente, esclarece, realiza-se a avaliação de impactos ambientais da cadeia produtiva das oleaginosas utilizando o Sistema Eco-Cert.Rural, com consulta dos atores sociais diretamente envolvidos, como administradores e gestores municipais, instituições de pesquisa e apoio, ONGs, agroindústrias, usinas de biodiesel, cooperativas, associações, produtores, sindicatos rurais e cooperativas’. De maneira complementar, avalia-se a gestão ambiental de estabelecimentos rurais produtores de oleaginosas representativos da situação regional, pelo sistema Apoia Novo-Rural.

O Eco-Cert.Rural é um sistema simplificado de planilhas eletrônicas que integram 24 indicadores de sustentabilidade agrupados nas dimensões Desempenho Ecológico e Desempenho Socioambiental. O pesquisador explica que o sistema é de fácil e rápida aplicação e vem sendo usado na avaliação de impactos ambientais de atividades e tecnologias em estabelecimentos rurais de variada natureza com resultados bastante expressivos.

“Quanto ao Sistema APOIA-NovoRural”, diz Buschinelli, “é mais complexo por abranger um conjunto de planilhas eletrônicas que integram 62 indicadores de sustentabilidade das atividades produtivas agrupados nas dimensões Ecologia da Paisagem, Qualidade dos Compartimentos Ambientais (atmosfera, água e solo), Valores Socioculturais, Valores Econômicos e Gestão e Administração. O Sistema destina-se à gestão ambiental de atividades rurais, indicando os pontos críticos para correção do manejo, bem como os aspectos favoráveis para o fortalecimento da atividade”.

Durante os eventos os pesquisadores locais e membros do projeto serão capacitados nestas metodologias, para utilização nas avaliações que se seguirão nos próximos dois anos.

São parceiros do projeto, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a Embrapa Meio Norte (Teresina, PI), a Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA), Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus,
AM) e a Embrapa Algodão (Campina Grande, PB).
Cristina Tordin

 
 

Fonte:Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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