PRESIDENTE DA CETESB PARTICIPOU DA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL CILCA 2007

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

05/03/2007 – "Melhoria da qualidade ambiental" foi o tema da palestra proferida pelo presidente da CETESB, Fernando Rei, no encerramento da Conferência Internacional sobre Avaliação do Ciclo de Vida - CILCA 2007, realizada entre os dias 26 e 28 de fevereiro, no auditório do Centro Universitário SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, no bairro de Santo Amaro, em São Paulo.

O evento foi promovido pela Associação Brasileira do Ciclo de Vida - ABCV, com a participação de renomados especialistas de organizações ambientais de países da Europa e dos Estados Unidos, além do Brasil, e abordou, em três grandes plenárias, temas como "Panorama Internacional da ACV", "O segmento industrial e a gestão do Ciclo de Vida" e "Bases de dados para ACV”, seguidos da apresentação de mais de cem trabalhos de âmbito técnico-científico.

O objetivo foi buscar uma metodologia de avaliação ambiental, denominada ACV - Avaliação do Ciclo de Vida, como ferramenta moderna de gestão, que permite organizar informações sobre aspectos e impactos ambientais de produtos, processos e serviços, para fins de tomadas de decisão, por meio de estudos que consideram, criteriosamente, todas as etapas da vida do produto, desde a extração da matéria-prima, até a gestão de seus resíduos.

Crise do modelo de controle ambiental

O presidente Fernando Rei, que também é professor do Centro Universitário SENAC, iniciou sua exposição fazendo menção à posição de destaque que a agência ambiental paulista alcançou no cenário internacional: "A CETESB, ao longo de três décadas, com a ajuda de seus dois mil funcionários, consolidou-se, tornando-se uma das cinco instituições mundiais da Organização Mundial de Saúde - OMS para questões de abastecimento de água e saneamento; um dos 16 centros de referência da Organização das Nações Unidas - ONU para questões ambientais; e órgão de referência e consultoria do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD para questões ligadas a resíduos perigosos na América Latina, tendo uma existência e um passado que só nos orgulha".

Por outro lado, ao lembrar a crítica que a comunidade científica vem fazendo, ao longo dos últimos tempos, por meio de encaminhamentos e considerações, sobre os “problemas de políticas públicas de gestão ambiental que tanto vêm afligindo nosso planeta”, Rei afirmou que a crise do modelo de comando do controle não deixa de passar também pelo setor público. E lembrou que há alguns anos existe a consciência, dentro do Estado e da comunidade científica, baseada naquele modelo, pensado na década 70 e iniciado pela agência norte-americana, quanto à sua insuficiência, pelo não cumprimento de sua missão institucional de garantir ao cidadão a preservação e a qualidade do meio ambiente.

"A resposta que veio para essa insuficiência do modelo de comando do controle tem sido pensada na comunidade científica e estruturada a partir da iniciativa de mercado", afirmou , lembrando que o evento do SENAC trata especificamente de uma dessas ferramentas, que classifica de “nova para o poder público, mas não ignorada”.

Produção Mais Limpa

Nesse sentido, o dirigente enfatizou a importância do fato de um dos membros do comitê organizador da conferência ser o gerente da CETESB do Setor de Tecnologias de Produção Mais Limpa, Flávio de Miranda Ribeiro, “que cuida também, como especialista, das possibilidades de fazer com que a ação de fiscalização e licenciamento não ignore a análise desse tipo de vida dos produtos".

Segundo o presidente, o Brasil é um país que possui uma moderna e criativa legislação ambiental, que nem sempre é cumprida da forma como foi pensada pelos seus legisladores, mas que traz a cultura de que a conformidade legal estaria diretamente associada à possibilidade da garantia da qualidade do meio ambiente. “Este é um grande equívoco, porque temos visto ao longo dos anos o comportamento das empresas que buscam a conformidade legal porém não vêm garantindo a qualidade do meio ambiente", esclareceu.

"Dentro deste contexto, faz-se necessário comentar os instrumentos de mercado e fazer com que essa legislação não ignore a participação voluntária das empresas, já que o caminho da gestão ambiental é único", disse, lembrando recentes alterações na legislação que vêm permitindo que as iniciativas voluntárias das empresas, no âmbito do licenciamento ambiental, e em particular da renovação do licenciamento, a cada período de tempo, “pudessem ensejar ao empreendedor a seleção de melhores alternativas tecnológicas, associados a compromissos, voluntários, que não ignorem a responsabilidade pós consumo”.

"Nesse sentido”, continuou, “temos sido auxiliados por algumas resoluções do CONAMA com relação às responsabilidades não só do gerador como também do usuário, nessa relação pós consumo”, revelou.

Para Rei, o conceito de responsabilidade solidária acaba interagindo em todos os agentes da cadeia, ressaltando que “o padrão de consumo é, talvez, o nosso maior desafio enquanto gestores ambientais".

O presidente advertiu que a insuficiência dos modelos hoje existentes e fiscalizados na sociedade, “leva-nos a conclusões já experimentadas há décadas atrás, de que, efetivamente, é preciso avançar para um novo patamar de reflexão e de compromissos. Esse problema incide atualmente num conflito o qual classifica como conflito moral. "Não podemos ignorar, como cidadãos, membros da comunidade científica e do poder executivo, que as ações que devemos tomar e assumir não dependerão da solução de compromissos do Estado ou da ratificação internacional da negociação de um regime, como o pós-Kyoto, mas dependem diretamente da nossa relação com o meio e da nossa relação com esse sistema produtivo", afirmou.

Inserção da análise do ciclo de vida

Ao final da apresentação, Fernando Rei informou que o Governo do Estado de São Paulo tem se mostrado sensível junto à comunidade científica, no sentido de elaborar políticas ambientais futuras que possam inserir a análise do ciclo de vida.

E, conforme complementou o engenheiro Flávio de Miranda Ribeiro, "já consta, de algumas políticas públicas, iniciativas baseadas nessa abordagem, como a recente Política Estadual de Resíduos Sólidos".
Texto: Wanda Carrilho
Foto: José Jorge

 
 

Fonte: Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (www.cetesb.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa
Fotos:

 
 
 
 

 

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