PROCURADORIA DENUNCIA EMPRESÁRIOS POR FRAUDE EM CONCESSÃO DE TERRA NO AMAZONAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

16 de Março de 2007 - Thayara Martins - Da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - A Procuradoria da República quer anular títulos de terras concedidos a empresários paulistas pelo governo estadual do Amazonas. Segundo o Ministério Público, os empresários usaram meios fraudulentos para conseguir os títulos na área da bacia dos rios Uatumã e Pitinga, no Amazonas. A investigação foi feita a pedido da Eletronorte.

Entre 1968 e 1970, o Ministério de Minas e Energia fez um estudo para identificar o potencial hidrelétrico na região. Segundo o procurador da República, Franklin Rodrigues, nesta época, agentes do governo do Amazonas demarcaram um loteamento que ia ser alagado. Comprovado o alagamento pela construção da hidrelétrica de Balbina, os lotes foram doados a empresários paulistas. "Esses empresários acompanharam e obtveram do estado a titulação precisamente em cima do lugar onde ia ser inundado"m, afirma o promotor.

Além da doação ser fraudulenta, segundo Rodrigues, a área é terra indígena, ocupada pela etnia Waimiri Atroari. Para o advogado dos empresários, Fernando Vergueiro, as terras foram obtidas de uma forma legal. “Não há nada de errado na titulação de Balbina, tanto que, o governo do Estado do Amazonas abriu uma comissão de investigação que durou quatro anos e depois foi encerrada simplesmente porque nada encontrou de errado”.

O processo deve seguir para a Procuradoria do Amazonas ou para o Ministério Público do Estado para que a indenização de aproximadamente 800 milhões de reais seja anulada.

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Países terão mecanismo de incentivo à redução do desmatamento, prevê especialista

11 de Março de 2007 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Nos próximos dois a três anos o mundo já deverá ter algum mecanismo de incentivo para os países tropicais reduzirem suas taxas de desmatamento. A estimativa foi feita hoje (11) pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Carlos Nobre.

O Brasil tem uma contribuição importante na emissão dos gases do efeito estufa e nas ameaças à biodiversidade do planeta, em função das mudanças de habitats, disse o especialista. “Isso é muito claro. Tanto é que todos os mapas de áreas de risco ou ameaça à biodiversidade colocam a Mata Atlântica como um lugares onde as espécies estão mais ameaçadas”, disse Nobre.

Nobre informou que o Brasil é um dos países que mais têm projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Kyoto. Grande parte desses projetos visa evitar a emissão de gases poluentes na atmosfera.

“Na última reunião da Convenção do Clima, em Nairóbi, no ano passado, o Brasil fez uma proposta, que está sendo debatida internacionalmente, de criar um mecanismo de recompensar os países tropicais que conseguirem reduzir as taxas de desmatamento”, disse.
Segundo Nobre, o Brasil é o país que tem a maior taxa de desmatamento do mundo, seguido pela Indonésia. “E esses países e vários outros tropicais, se esse mecanismo for implementado, terão um grande incentivo”, afirmou.

O pesquisador do Inpe destacou que mesmo sem essa ferramenta, o Brasil já está buscando a redução das taxas. Na questão da biodiversidade, porém, ele avaliou que o problema é mais complexo. “O esforço maior tem de ser feito na Mata Atlântica. Ali há o maior número de espécies ameaçadas de extinção”.

Nobre disse que a Mata Atlântica que nos resta, talvez menos de 10% de florestas, se acha muito fragmentada. “Então o esforço enorme tem de ser feito com relação à Mata Atlântica”, defendeu.

Brasil apresenta candidato à presidência da Convenção da ONU de Combate à Desertificação

15 de Março de 2007 - Érica Santana - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O secretário de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, João Bosco Senra, anunciou hoje (15) que o Brasil apresentará a candidatura do economista Antonio Rocha Magalhães para a presidência da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD, da sigla em inglês).

De acordo com o secretário, a candidatura não se limita a uma disputa por cargo. O objetivo do governo brasileiro é chamar a atenção da Organização das Nações Unidas (ONU) para a importância da Convenção de Combate à Desertificação.

O Ministério das Relações Exteriores já comunicou a candidatura brasileira a diversas embaixadas. Esta é a primeira vez que o Brasil lança um candidato à presidência da UNCCD.

João Bosco Senra informou que apresentará a candidatura amanhã (16) na 5ª Sessão do Comitê de Revisão da Implementação Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, em Buenos Aires, na Argentina, para apresentar a candidatura e propostas brasileiras.

“Nós estamos dizendo aos países das várias regiões que o Brasil quer colaborar para avançar na implementação da convenção porque ela é fundamental não só no Brasil, que tem uma porcentagem enorme de pessoas no maior semi-árido habitado do mundo”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Senra destacou que o Brasil tem muitas experiências para compartilhar com outros países. “Nós podemos fazer com que todo o mundo avance no combate à desertificação e conseqüentemente reduza a mortalidade infantil. Também podemos diminuir o problema do êxodo rural, que acaba sendo gerado por problemas de desertificação”.

O secretário informou ainda que as eleições estão previstas para setembro, quando ocorrerá a Conferência das Partes, em Madrid, na Espanha.

Brasil é responsável por 74% do desmatamento sul-americano, aponta FAO

14 de Março de 2007 - Juliane Sacerdote - Da Agência Brasil - Brasília - Um estudo apresentado hoje (13) pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) revela que o Brasil é um dos países da América do Sul que apresentaram a maior perda real da área de florestas, nos últimos anos.

Segundo o relatório, o Brasil desmatou, no período de 2000 a 2005, cerca de 74% da área desmatada na América do Sul. Isso significa que, dos 42 mil quilômetros quadrados devastados por ano em toda a região sul-americana, pelo menos 31 mil estão localizados em terras brasileiras.

O país registrou aumento no índice de desmatamento de 0,5% (período de 11000 a 2000) para 0,6% (período de 2000 a 2005). Ou seja, no segundo período o Brasil perdeu mais de três milhões de hectares de florestas. Também apresentaram altos índices de desmatamento: a África, que concentrava 16% das florestas mundiais e perdeu 9%; e a América Latina e Caribe, perdeu 22 milhões de hectares, sendo que concentrava 47% de todas as florestas existentes no planeta.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em entrevista à imprensa no início da noite de hoje afirmou desconhecer o relatório. No entanto, a ministra destacou que o Brasil é “talvez um dos únicos países do mundo que apresentem um plano nacional de combate ao desmatamento”.

Marina reiterou que os cuidados com o meio ambiente conseguiram reduzir, nos últimos dois anos, o desmatamento em 52%, evitando a emissão de 430 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2). A ministra afirmou também que a expectativa para 2007 é de continuidade de redução nos índices de desmatamento.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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