INSTITUIÇÕES ASSINAM PROTOCOLO POR JUTAÍ

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2007

O documento atesta o comprometimento de instituições com o desenvolvimento sustentável do município de Jutaí, região considerada de extrema importância para a conservação

Manaus, 29 de março de 2007 — Nesta sexta-feira (30), o Governo do Estado do Amazonas, através da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), a Prefeitura Municipal de Jutaí e a organização não-governamental Conservação Internacional (CI-Brasil) assinam o Protocolo de Intenções por Jutaí. O documento registra o comprometimento destas instituições com o desenvolvimento e a consolidação do Programa de Desenvolvimento Sustentável no município de Jutaí, localizado no extremo oeste do Amazonas.

Entre outras intenções, o Protocolo demonstra a necessidade e os esforços voltados à realização de um trabalho conjunto entre as diferentes esferas de governo e a sociedade civil, para implementar efetivamente a agenda ambiental no interior do Estado. Além das instituições inicialmente comprometidas, o documento está aberto a outras organizações interessadas em contribuir com o plano de ações para a região.

“O Governo do Amazonas, através do Programa Zona Franca Verde, tem o compromisso de apoiar o desenvolvimento sustentável em seus municípios. Este protocolo é mais uma manifestação deste compromisso”, afirma Virgílio Vianna, secretário de meio ambiente e desenvolvimento sustentável do Amazonas.

O Município de Jutaí possui 69.552 km2 e uma população de 28 mil pessoas. Localizado principalmente ao longo da bacia do rio Jutaí, um dos afluentes da margem sul do Amazonas, é considerado um dos municípios mais importantes para a conservação dos recursos naturais no Amazonas, pois uma parte considerável do seu território é protegido por unidades de conservação e terras indígenas. As populações tradicionais (indígenas, ribeirinhos, por exemplo) são muito bem organizadas e ativas. Desta forma, as futuras ações serão norteadas pelos princípios básicos da melhoria da qualidade de vida local, com justiça social; a conservação da qualidade ambiental e a preservação da diversidade biológica.

Entre os objetivos que se destacam no plano institucional conjunto estão a elaboração de projetos para a captação de recursos, a fim de garantir a continuidade das ações em andamento; e a qualificação de lideranças e agentes locais, para a gestão responsável dos recursos naturais.

“As populações tradicionais, governos, organizações não governamentais e o setor empresarial devem se unir para promover o desenvolvimento sustentável de Jutaí, pois o estabelecimento de parcerias é a única forma de garantir a conservação da extraordinária biodiversidade existente no município”, enfatiza José Maria Cardoso da Silva, vice-presidente de ciência da Conservação Internacional.

Experiência na RDS Cujubim – Durante o evento de assinatura do Protocolo, a Prefeitura de Jutaí receberá também a primeira versão do plano de gestão da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Cujubim, que será disponibilizado à consulta pública, durante um mês.

Este plano resulta de três anos de trabalho, por uma rede de parcerias entre várias instituições, que gerou uma série de ações com grandes benefícios para a população local. Atualmente os moradores da reserva estão organizados e possuem uma associação legalmente reconhecida para representá-los. Há hoje escolas para as crianças e adultos e um sistema de rádio que permite a comunicação entre as comunidades que vivem na reserva com mais de 2.4 milhões de hectares. Vários moradores foram capacitados na área de saúde e no manejo sustentável dos recursos florestais e, finalmente, foi adquirida uma embarcação que permite que a população possa escoar a sua produção em direção a Jutaí.

“Não há dúvida nenhuma que houve um grande progresso na qualidade de vida dos moradores da RDS de Cujubim desde a criação da reserva, mas há ainda muito a ser feito. Os passos dados foram importantes para demonstrar que conservação e desenvolvimento humano devem andar sempre juntos”, enfatiza Ademar Cruz, secretário-adjunto de extrativismo da SDS-Amazonas.
Uma expedição biológica também foi realizada na região e resultou na identificação de pelo menos 100 espécies de anfíbios e répteis, 380 espécies de aves e 29 espécies de mamíferos, o que comprova a riqueza biológica da área. As informações coletadas por especialistas de importantes instituições de pesquisa da Amazônia – como o Museu Paraense Emílio Goeldi e a Universidade Federal do Pará, entre outros - auxiliaram o processo de zoneamento da área, integrando o plano de gestão entregue às autoridades locais.

Em meio às principais descobertas estão possíveis espécies novas de mamíferos, aves e anfíbios para a Ciência e o encontro de animais raros ou de distribuição restrita, como as aves macuru-papa-mosca (Micromonacha lanceolata), ariramba-vermelha (Galbalcyrhynchus leucotis) e o formigueiro-cinza (Schistocichla schistacea). Além dos dados biológicos, constam no plano de manejo detalhes socioeconômicos, de uso e pressão por recursos, registrados por agentes envolvidos com a localidade, em outras viagens de campo.

As instituições envolvidas com o processo de implantação da RDS Cujubim são: o Governo do Amazonas, através do Programa Zona Franca Verde, a Conservação Internacional, a Embaixada Britânica, a empresa Beraca e a Prefeitura de Jutaí.

A proposta para o plano de gestão da RDS Cujubim está disponível nos sites www.ipaam.br, www.sds.am.gov.br e www.cujubim.org.br.

 
 

Fonte: Conservação Internacional Brasil (www.conservation.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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