POPULAÇÃO VAI CONTRIBUIR COM A RECICLAGEM DE ÓLEO VEGETAL

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Março de 2007

28/03/2007 - Representantes de Associações de bairros, lideranças indígenas e donas-de-casa que participaram nesta quarta-feira (28) do “Polentaço”, promovido na sede da Secretaria de Meio Ambiente, já garantiram a replicação da reciclagem do óleo vegetal nos locais onde atuam.

O vereador indígena do município de Nova Laranjeiras e líder da comunidade caingangue de Rio das Cobras, Neoly Olibio, disse ter ido ao evento em busca de informações para não deixar que a poluição atinja a sua comunidade.

“Temos uma preocupação do nosso meio ambiente no futuro. Sabendo que existem alternativas como esta o para óleo poderemos nos prevenir já que o consumo do óleo vegetal tornou-se inevitável entre as famílias indígenas”, declarou Neoli.

Para o professor indígena Dionizio Rodrigues, que leciona para 21 alunos da Ilha da Cootinga – litoral do Paraná - a iniciativa é fácil de ser desenvolvida entre os índios. “Ao multiplicarmos a informação estaremos garantindo a destinação correta do óleo na Ilha, que preservamos para nossas futuras gerações”, afirmou Dionízio.

Além da reciclagem de óleo vegetal, o evento da Secretaria do Meio Ambiente abordou a importância da sacola oxi-biodegradável, que não degrada o meio ambiente e se decompõe em 18 meses e o aquecedor solar montado com garrafas Pet e caixas Tetra-park.

O promotor de Meio Ambiente do Ministério Publico Estadual, Saint-Clair Honorato Santos, visitou o evento e ressaltou a importância da educação ambiental com as crianças para que as mudanças sejam efetivas. “Este é um trabalho que deve servir como modelo, principalmente porque as crianças descobrem a gravidade dos problemas que nós temos em relação ao meio ambiente e passam a participar de modo consciente”, declarou Saint Clair.

Já o deputado estadual e presidente da comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, Luiz Eduardo Cheida, considerou o trabalho da Secretaria “revolucionário”. “O governo está propondo um paradigma que é zerar o desperdício, por meio da educação ambiental. Tudo que o planeta precisa são mudanças de conduta e todo o processo educativo deve ser aplaudido”, elogiou Cheida, destacando ainda a originalidade da ação. “Ao acompanhar a trilha do óleo, adultos e crianças perceberão que a falta de ações imediatas podem originar desastres mundiais”, completou o deputado.

Conhecimento - A professora do Colégio Manoel Ribas, Arlete do Rocio Baglioli não conhecia a utilidade do óleo e achou a iniciativa interessante. “Para os alunos está sendo algo novo, eles estão muito interessados. O governo, por meio da Secretaria tem proporcionado aos professores muitas alternativas de trabalhar a questão ambiental. Já tivemos atividades muito boas na Semana da Água, mas agora os alunos estão podendo ver de perto algo que nunca imaginaram: transformar óleo em sabão. Com certeza eles levarão o conhecimento para casa”.

Para a aluna da 5a séria do Colégio Estadual Manoel Ribas, Érika Bernarcki, de 14 anos, a atividade serviu para ela perceber que sua familia não está agindo de maneira correta com o meio ambiente. “Minha mãe jogava o óleo utilizado na pia da cozinha. Hoje foi muito legal, vou falar pra todos e pra minha mãe que não pode mais jogar fora, tem que guardar”, enfatizou Érika.

A estudante de Direito, Shailaine Rafaela Tyski, contou que resolveu participar da atividade da SEMA, após ter ouvido a noticia no rádio. “Fiz questão de vir conhecer e apoiar esta iniciativa. É muito importante que todos tenham consciência dos resíduos poluentes, inclusive do óleo é. A partir de hoje vou pedir a toda minha família para que destinem o óleo corretamente. Os peixes e outros seres vivos não têm culpa se os humanos se alimentam utilizando o óleo. Disseminarei essa idéia com toda certeza”, concluiu Shailaine.

Cerca de mil alunos de Universidades e escolas da rede pública estadual, municipal e particular visitaram o “circuito do óleo”.Eles receberão um material didático produzido pela Secretaria, que explica desde a origem do óleo vegetal, até as possíveis formas de reciclagem. O material traz também informações sobre o biodiesel, composição e utilidades do óleo, legislação de resíduos sólidos no Brasil, efeito estufa e o ciclo do óleo e a troca por sabão.

O coordenador do Programa “Desperdício Zero” e resposnável pela atividade, Laerty Dudas salientou que a iniciativa serve para mostrar que das 20 mil toneladas de resíduos produzidos no Paraná, o óleo vegetal é o que mais causa danos ambientais. “Se bem acondicionado, este óleo pode ser transformado em vários produtos. Precisamos apenas da participação da população para que troquem seu óleo por sabão, cada um fazendo sua parte teríamos um grande avanço”, finalizou Dudas.

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“Polentaço” atrai duas mil pessoas no pátio da Secretaria do Meio Ambiente

28/03/2007 - A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos atraiu cerca de duas mil pessoas nesta quarta-feira (28) durante o “Polentaço” – ação educacional que mostrou a reciclagem e destinação final de óleo vegetal pós-consumo (fritura). Dados do Programa “Desperdício Zero”, responsável pela atividade, mostram que somente os restaurantes industriais de Curitiba e Região Metropolitana geram mensalmente 100 toneladas de óleos de frituras.

“Sabemos que grande parte deste volume de óleo é lançado diretamente no meio ambiente, causando entupimento dos encanamentos públicos e quando descartado no solo e rios desequilibra as condições da vida microbiana”, disse o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, ressaltando que o objetivo do evento é mostrar à população as diversas formas de reciclagem do óleo vegetal e a importância da destinação adequada para o meio ambiente.

“Estamos explicando o processo de reutilização correto do óleo pós-consumo com a participação espontânea de todos os segmentos envolvidos na reciclagem, o que dará ainda mais força e motivação a campanha”, afirmou Rasca.

Circuito do óleo - O chamado “circuito do óleo” foi montado no pátio da Secretaria, onde a população e alunos da rede pública de ensino puderam conhecer, desde o efeito do óleo ao ser descartado na natureza, passando pela fritura de alimentos, recolhimento e tratamento do produto, até o processo de reciclagem que transforma o óleo vegetal em diversos subprodutos como: adubo, sabão em pedra, óleo fertilizante, detergente líquido entre outros.

A campanha de reciclagem iniciada pela Secretaria contou com a participação de empresários que mais se destacam neste segmento: o restaurante Madalosso e a Lanchonete 10 Pastéis forneceram e fritaram os alimentos (pastéis e polenta) dentro do “circuito do óleo”. O Shopping Muller e os Supermercados Festval atuaram como pontos de coleta do óleo vegetal pós-consumo. A empresa Ambiental Santos, única atualmente licenciada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para dar a destinação adequada ao óleo de cozinha – ficou encarregada de mostrar o processo de recebimento, armazenagem, filtragem e transformação do óleo em produtos.

O dono da franquia “10 Pastéis”, Marcos Nagano, disse sentir-se lisonjeado em tornar-se parceiro das ações da Secretaria do Meio Ambiente. “Já estamos redirecionando todo o óleo que utilizamos graças a esta parceria. Agora podemos trabalhar tendo a certeza de que o resíduo que geramos esta indo para o caminho certo. A iniciativa privada tem o dever de colaborar com o meio ambiente”, reforçou Nagano.

Reciclagem - O coordenador do Programa “Desperdício Zero”, Laerty Dudas, explicou que o maior problema enfrentado na coleta do óleo vegetal pós-consumo é a concorrência ilegal de empresas não-licenciadas que se oferecem para coletar o óleo usado. “Eles oferecem o serviço a um preço superior ao praticado no mercado e não destinam corretamente o resíduo, causando impactos ao meio ambiente e à saúde pública. Por isso, a importância do licenciamento do IAP - obtido obrigatoriamente por qualquer empresa que queira executar a coleta, transporte e destinação final do óleo vegetal após o uso”, destacou Dudas.

A empresa Ambiental Santos obteve a licença do IAP e tornou-se especializada na separação de contaminantes dos óleos vegetais pós-consumo, utilizando um sistema de filtragem que garante a revenda do produto livre de impurezas. A recicladora coleta mensalmente 150 toneladas de óleo ao mês em 2,3 mil pontos e se responsabiliza pela limpeza, troca e monitoramento dos tambores periodicamente. Os locais cadastrados recebem a visita da empresa, que recolhe o produto deixando os tambores vazios para que o estabelecimento continue armazenando o óleo vegetal usado.

De acordo com o proprietário da Ambiental, Marcos Antonio Dalcin, a coleta do óleo vegetal pós-consumo pode ser realizada em shoppings, restaurantes, bares, lanchonetes, universidades, hotéis, indústrias alimentícias, entre outros. “Recomendamos o armazenamento do óleo em tambores, devidamente identificados, permitindo o devido controle. Os comerciantes são alertados a cada vez que o óleo for reutilizado em excesso e contiver impurezas indesejáveis, o que prejudica o processo de reciclagem”, explicou Marcos. Segundo ele, um fator limitante para a reciclagem do óleo vegetal pós-consumo é a alta temperatura e o uso excessivo do óleo pelo estabelecimento.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná (www.pr.gov.br/meioambiente)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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