ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL CRITICA POSIÇÃO CONTRA IMPORTAÇÃO DE PNEUS USADOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2007

2 de Abril de 2007 - Aloisio Milani - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR) critica a posição de entidades e do próprio governo brasileiro sobre a importação de pneus usados, em discussão na Organização Mundial do Comércio (OMC) entre União Européia e Brasil. "Para a entidade, a posição brasileira, contrária à importação de pneus usados, está equivocadamente baseada em aspectos ambientais em uma discussão sobre comércio. E mais: utilizou argumentos incorretos, sem estudo prévio ou qualquer comprovação”, registra em nota oficial.

Desde janeiro do ano passado, a União Européia contesta, no Órgão de Solução de Controvérsias da OMC, a proibição de importação pelo Brasil de pneus reformados europeus. O governo brasileiro argumenta que a proibição visa proteger o meio ambiente e a saúde pública. A União Européia, por sua vez, alega que se trata de barreira comercial com a finalidade de proteção da indústria nacional.

Segundo a associação dos reformadores de pneus, o material reciclado pode ser “reaproveitado como combustível para os alto-fornos das usinas siderúrgicas e cimenteiras, com a utilização de filtros retentores das substâncias poluidoras. E, também, na produção de pisos industriais, sola de sapatos, tapetes de automóveis e borracha de vedação”. A associação ainda critica o argumento de que existiriam, no país, cerca de 100 milhões de pneus inservíveis no país. “Se houvesse tal montante, os reformadores aproveitariam essas carcaças. Não organizariam toda uma complexa e cara rede logística de importação.”

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Gerente de associação de reciclagem diz por que é contra a importação de pneus usados da Europa

2 de Abril de 2007 - Marcos Agostinho - Da Agência Brasil - Brasília - A Associação de Coleta de Pneus Inservíveis (Reciclanip), entidade sem fins lucrativos, também é contra com a importação brasileira de pneus usados ou reformados. De acordo com o gerente-geral da instituição, Álvaro Greenhalg, já é difícil dar destinação adequada aos cerca de 40 milhões de pneus descartados por ano no país e a entrada de mais pneus inservíveis só pioraria essa situação.

“Com a entrada desses pneus nós perderíamos o controle desse processo. Aos poucos conseguimos minimizar os impactos desses produtos na natureza, desde que o trabalho começou em 1999, e isso desregraria todo esse esforço. Agora, coincidentemente esse assunto veio à tona justamente quando proibiram na Europa o descarte de pneus em aterros sanitários”, disse Greenhalg em entrevista ao programa Revista Brasil da Rádio Nacional AM.

Para ele, as empresas querem empurrar esse detrito para países onde a legislação é mais branda como o Brasil, pois acreditam que o controle seria menor.

Quanto à pressão da Organização Mundial do Comércio (OMC) para que o Brasil aceite esses produtos, o gerente-geral diz acreditar no trabalho do Itamaraty. “A gente acredita que o trabalho está sendo bem feito e o Itamaraty conseguirá contornar essa situação”.

Ele disse que esses pneus podem ser transformados em em pó e posteriormente misturados à massa asfáltica. Também é utilizado na queima em fornos de empresas fabricantes de cimento. Há ainda a possibilidade de aproveitar os pneus na confecção de tapetes para automóveis e de pneus de carrinho de mão. Geenhalg lembrou que todas essas sugestões são do Ibama, preocupado em preservar o meio-ambiente.

Geenhalg ressaltou que o aproveitamento desse pneus ainda é dificultado por práticas da população que mesmo com todo trabalho de conscientização ainda insiste em jogar pneus em lugares inadequados como terreno baldios e em encostas de rios.

A recomendação que ele fez às pessoas que trocam os pneus é deixar os usados na própria revendedora ou procurar os chamados “ecopontos”. “Nós temos 220 ecopontos espalhados por 21 estados brasileiros, é mais seguro e fazendo isso a pessoa terá a garantia que esse pneu terá uma destinação ambientalmente correto e não gerará lucro para ninguém”, disse.

Para descobrir os endereços dos ecopontos os interessados pode acessar o site www.anip.com.br no qual encontrará os contatos dos 220 ecopontos.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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