BANCO MUNDIAL É DESAFIADO A PARAR COM A DESTRUIÇÃO DAS FLORESTAS AFRICANAS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2007

12-04-2007 – Londres - Relatório do Greenpeace divulgado esta semana revela que a exploração madeireira no Congo está fora de controle e que instituição financeira fracassou em controlar o desastre ambiental no país.

As florestas do Congo são essenciais para a sobrevivência de milhões de pessoas na África. Somente na República Democrática do Congo, 40 milhões de habitantes dependem delas para manter seu modo de vida. A floresta do Congo é a segunda maior floresta tropical do planeta (só perde em tamanho para a Amazônia), e uma das principais defesas do planeta contra as mudanças climáticas.

Sozinhas, as emissões globais de gases do efeito estufa provenientes do desmatamento de florestas tropicais contribuem para mais de 25% do total anual das emissões induzidas pelo homem. As florestas do Congo devem liberar mais de 34,4 bilhões de toneladas de carbono até 2050.

Estas florestas também são essenciais para a conservação e sobrevivência de espécies icônicas da África, como gorilas, chimpanzés, bonobos e elefantes.

O Greenpeace publicou esta semana o relatório Retalhando o Congo (texto em inglês), que revela como as operações de empresas madeireiras internacionais na República Democrática do Congo (RDC) estão provocando destruição ambiental e caos social naquele país.

O documento também expõe o fracasso do Banco Mundial, o maior doador do país, em controlar a indústria madeireira enquanto a floresta está sendo destruída sob a ilusão de que a atividade madeireira contribui para aliviar a pobreza em um dos países mais pobres do mundo. A divulgação do relatório acontece na mesma semana em que o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) se reúnem em Washington, nos Estados Unidos.

O relatório também mostra que, apesar da moratória existente na República Democrática do Congo para novos títulos de exploração madeireira desde 2002, foram emitidos 100 novos contratos, cobrindo 15 milhões de hectares de florestas – uma área cinco vezes maior do que a Bélgica. Grande parte das áreas de florestas alocadas para exploração é essencial para a proteção da biodiversidade.

As taxas pagas pelas empresas pelo direito de explorar a floresta deveriam ser destinada às comunidades locais para serviços essenciais, como educação e saúde. Mas, o próprio Banco Mundial admite que, nos últimos três anos, nenhum centavo destas taxas chegou às comunidades, que além de ficar sem as florestas – que fornecem alimentação, moradia e medicamentos –, ficam também sem os benefícios a elas prometidos.

Em troca da madeira, avaliada em centenas de milhares de dólares, as empresas oferecem presentes como sacos de sal e garrafas de cerveja, que valem menos de US$ 100,00, e prometem construir escolas e hospitais. No entanto, relatos de comunitários dão conta de que as promessas raramente são cumpridas e que táticas de intimidação são usadas para coibir tentativas de protesto contra as empresas. O Greenpeace ouviu relatos de pessoas sendo forçadas a assinar contratos, mesmo sem saber ler os documentos, escritos em francês.

“Estes contratos são uma relíquia vergonhosa de tempos coloniais. Milhões de hectares de florestas do Congo foram trocados pelas comunidades locais por presentes como sal, machetes e engradados de cerveja. Ao mesmo tempo, as taxas pagas pelas empresas madeireiras para a exploração das florestas não trouxeram quase nenhum benefício para o desenvolvimento local”, disse
Stephan van Praet, da campanha de proteção às florestas da África, do Greenpeace Internacional.

Além de tudo isso, a corrupção e impunidade são alarmantes e as autoridades locais não são treinadas e equipadas para cumprir a lei. Muitas vezes, agentes mal-pagos têm apenas uma bicicleta para patrulhar vastas áreas de floresta, impossibilitando um controle efetivo da indústria madeireira.

O Greenpeace demanda o cancelamento de todos os títulos de exploração madeireira emitidos desde maio de 2002 e a extensão da moratória para novos títulos de exploração até que o setor possa ser controlado e que um plano de uso do solo, que inclua a participação das comunidades locais, seja implementado.

 
 

Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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