GOVERNO DE RONDÔNIA ALERTA PARA RISCO DE CONFRONTO ENTRE ÍNDIOS E GARIMPEIROS NA RESERVA ROOSEVELT

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2007

13 de Abril de 2007 - Elaine Borges - Da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - A possibilidade de um novo confronto na Terra Indígena Roosevelt, entre índios cinta larga e garimpeiros, preocupa a Secretaria de Segurança Pública de Rondônia. Segundo a secretaria, os garimpeiros continuam explorando a área irregularmente.
A reserva indígena Roosevelt fica entre o sul de Rondônia e o oeste do Mato Grosso. A extração de pedras preciosas na reserva dos Cinta Larga é proibida. Em 2004, foram assassinados 29 garimpeiros que exploravam clandestinamente uma mina na região.

A secretaria afirma ter encaminhado ofícios a várias autoridades, apontando a possibilidade de um novo confronto na área da reserva. A Ordem dos Advogados do Brasil, o Ministério da Justiça, a Presidência da República e a Polícia Federal receberam o documento, segundo a secretaria.

Segundo o secretário de Segurança Pública de Rondônia, Evilásio Sena Júnior, aproximadamente 1.500 garimpeiros estão trabalhando irregulamente na área. Uma equipe da Polícia Federal, juntamente com a secretaria, conta ele, sobrevoou a área da reserva para fazer o levantamento. Além disso, segundo o secretário, os próprios garimpeiros que retornaram da área forneceram essa informação.

Sena Júnior diz que, por se tratar de área de jurisdição federal, o estado não tem como agir para evitar a eclosão do conflito. "Cabe à Polícia Federal, a Funai [Fundação Nacional do Índio] e aos outros órgãos do governo federal fazer esse acompanhamento e tomar as medidas necessárias", afirma o secretário.

Coordenador da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Jecinaldo Sateré Maué afirma que os Cinta Larga estão prontos para se defender da invasão. "As lideranças do povo Cinta Larga nada mais vão fazer do que defender o seu patrimônio, o seu território, para que não possa acontecer as situações que vêm acontencendo nos últimos tempos", diz ele.

"Há uma forte pressão sobre o território cinta larga e, se o governo não fizer coisas concretas, nós estaremos responsabilizando o governo brasileiro perante os fatos que possam ocorrer na área Roosevelt", alerta. "Nós vamos condenar e denunciar o governo brasileiro aos organismos internacionais, nacionais, além de buscarmos uma grande campanha em prol do povo cinta larga."

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Famílias Xavante de Mato Grosso terão atendimento do Bolsa Família

14 de Abril de 2007 - Janaína Sobrino - Da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - No estado do Mato Grosso, 1,5 mil famílias indígenas da etnia Xavante, dos municípios de Campinápolis, Nova Xavantina, Novo São Joaquim e Santo Antonio do Leste, terão incentivos do Programa Bolsa Família. Essas famílias vão receber entre R$ 15 e R$ 90 por criança, pois estão em condições de extrema pobreza.

A superintendente de Assistência Social do estado, Aline Christosolli, esteve em três aldeias próximas ao município de Campinápolis e constatou as dificuldades enfrentadas pelos índios. "A gente encontrou um estado de pobreza muito grande e deficiências das crianças na área de saúde, principalmente nessas aldeias" conta Aline.

O governo de Mato Grosso firmou convênio com a Universidade Federal do estado para que técnicos possam ir às aldeias e fazer o cadastramento dos indígenas no Programa Bolsa Família. Christosolli afirma que há questões culturais que dificultam a ação do programa, como o fato de as comunidades indígenas serem patriarcais.

"Para o trabalho de convencimento dessas famílias indígenas no município de Campinápolis e nos outros municípios que vão fazer parte do trabalho, a gente fez uma audiência publica, em que participaram somente os homens. Foi a primeira dificuldade que a gente encontrou porque as mulheres não saem da aldeia, então o que a gente teve que explicar para esses índios foi que o Programa Bolsa Família tem uma prioridade, que a mulher é chefe de família e que elas seriam cadastradas. E a questão do índio é ainda maior, porque um homem é casado geralmente com duas ou três mulheres no mínimo".

O programa ajuda famílias de baixa renda, por meio de um cadastro e condições como colocar a criança na escola e manter o cartão de vacinação em dia, por exemplo. Por enquanto, somente os municípios de Campinápolis, Nova Xavantina, Novo São Joaquim, Santo Antonio do Leste e Dourados recebem o beneficio.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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