IBAMA/BA SE UNE PELA REVITALIZAÇÃO DO SÃO FRANCISCO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2007

Salvador (09/04/07) - Na última terça-feira (3), o Grupo de Trabalho Estadual do São Francisco foi criado na sede da Superintendência do Ibama na Bahia. O GT, formado pelos chefes dos escritórios regionais do Ibama, coordenadores de setores internos e representantes do Núcleo de Articulação do Programa de Revitalização da Bacia Hidrografia do São Francisco (NAP), tem a missão de unir esforços para a implantação do Programa de Revitalização do Rio São Francisco em todas as esferas. O superintendente do Ibama/BA, Célio Costa Pinto, pediu a adesão unânime de todos os envolvidos na revitalização.

Na reunião, foram apresentados ações e problemas que os escritórios regionais vêm enfrentando na área que corresponde a toda a Bacia do Rio São Francisco. O chefe do escritório regional do Ibama na região de Seabra, Wanderley Rosa Matos, destacou o Projeto Raízes, que estabelece ações sustentáveis na Chapada Diamantina e já realizou mais de 300 palestras de conscientização ambiental nas escolas, estimulando a criação de uma mapoteca (uma espécie de biblioteca de mapas das cavernas da região) e a digitalização de todo o acervo sobre cavernas.

O Escritório Regional do Ibama em Barreiras realiza ações de monitoramento da mata ciliar do Velho Chico, faz também levantamento de barragens e fez uma intensa fiscalização no período de defeso. “Nós destruímos muitas ‘camas-de-peixe’ (prática clandestina de captura de peixe) na região”, relatou Zenildo Eduardo, gerente do escritório de Barreiras. Mas, nem tudo é positivo. O escritório de Paulo Afonso enviou um documento relatando a existência de problemas como pesca predatória, desmatamento, tráfico de animais silvestres, mais de 1000 hectares de queimadas irregulares, entre outros. Na região de Bom Jesus da Lapa o grave problema apresentado por Manoel Rocha de Oliveira, chefe do escritório, é a exploração clandestina do carvão. “Falta um suporte técnico ou mais fiscalização para atender a demanda de fornos irregulares”, explica Manoel.

Já o escritório de Juazeiro enfrenta o “problema do assoreamento do solo, causado pelo desmatamento da mata ciliar”. Foi o que apresentou o representante do escritório do Ibama na região, Jéferson Gerval Sampaio. No final da reunião foi elaborado um planejamento integrado institucional para a Bacia do São Francisco, com uma agenda de metas a serem alcançadas este ano. Este documento configura-se na versão final do POA 2007 (Planejamento Orçamentário Anual).
Carlos Eduardo Freitas

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NAP discute atividades da revitalização do São Francisco na Bahia

Salvador (09/04/07) - O Núcleo de Articulação do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do São Francisco (NAP) realizou sua primeira reunião na última quarta-feira (4), no Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A reunião serviu para o nivelamento da reorganização técnica do Programa, apresentação de ações realizadas no âmbito da Bacia e do planejamento de articulações para o início das atividades no estado. Estavam presentes representantes do NAP, Ibama, CRA, Ministério Público, Funasa, Codevasf e o Grupo de Ambientalistas da Bahia (Gambá). O superintendente do Ibama/BA, Célio Costa Pinto, fez a abertura do evento falando da importância do trabalho em conjunto.

A sustentação técnica do Programa será realizada por meio das Câmaras Técnicas, que farão o monitoramento e a fiscalização ambiental de toda a Bacia do São Francisco. Maurício Laxe, coordenador Nacional do Programa de Revitalização do Rio São Francisco, explicou que haverá integração entre as áreas que irão compor as Câmaras Técnicas, como os órgãos que trabalham com meio ambiente, educação ambiental, comunicação social, cultura, conservação do solo, uso responsável da água e recuperação dos recursos naturais (reflorestamento), buscando a intervenção na Bacia.

“A instalação de um sistema de informação e de monitoramento ambiental, o zoneamento da Bacia e a sensibilização social para a revitalização são algumas das ações já efetivadas pelo Programa”, afirmou Laxe. O Coordenador Nacional do Programa falou também das metas estabelecidas: criação de oito centros de recuperação de cobertura vegetal, criação de 15 viveiros de referências, criação de cinco centros de recursos pesqueiros entre outros. Para Laxe, o que mais preocupa e que precisa de ações de fiscalização urgentes é o problema das carvoarias na Bahia.

Sobre este aspecto, a promotora do Ministério Público, Luciana Khoury - que também é coordenadora do projeto de defesa do Rio São Francisco - considera a exploração clandestina do carvão um “verdadeiro crime organizado”, concordando que se faz necessário uma intervenção ágil para resolver o problema. A promotora apresentou um diagnóstico de prioridades para a área da Bacia do São Francisco na Bahia: saneamento, recuperação de áreas degradadas, educação ambiental. Para ela, é preciso haver uma troca de dados, um compartilhamento de medidas entre os órgãos que atuam no Programa de Revitalização a fim de gerar mais eficácia ao processo.

Outro problema apontado na reunião, e que Mauricio Laxe tentou elucidar, é a diferença entre revitalização e transposição. Laxe explicou que a revitalização não tem nada haver com a transposição. Revitalização, segundo ele, “trata-se de medidas tomadas pelo Ministério do Meio Ambiente para a recuperação, em todas as estâncias, da Bacia do São Francisco”. Afirmou ainda que: “Revitalização não é uma compensação do governo para a população ribeirinha por causa da transposição”.
Carlos Eduardo Freitas

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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