DESCENTRALIZAÇÃO BUSCA MELHORAR ATENDIMENTO DA LINHA VERDE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2007

Porto Alegre (20/04/07) - Com a experiência de quem recebe cerca de mil denúncias diárias envolvendo questões ambientais, a coordenadora de Ouvidoria da Auditoria do Ibama/Sede, Edinei Vilas Boas Benevides está capacitado analistas ambientais do Ibama/RS - em especial os sediados nas unidades do interior - para a descentralização no atendimento do Sistema Linha Verde de Ouvidoria (SISLIV), a popular Linha Verde (0800618080). Segundo ela, as denúncias chegam por meio de telefonemas, e-mail, fax ou pessoalmente, anônimas ou não. São 26 pessoas para atender as demandas de todo o Brasil, “e ainda é pouca gente”, afirma.

Mas a realidade é diferente “nas pontas”, onde a estrutura muitas vezes é bastante precária tanto em efetivo quanto em equipamentos. Esta é uma das razões pela qual o sistema está sendo implantado em todo o país aos poucos, há cerca de dois anos. Mas, mais do que números, Benevides quer passar durante o treinamento a noção de que o ouvidor (e todos se tornarão interlocutores da Ouvidoria após o treinamento teórico e prático, que se estende até 20/04) é um mediador entre as demandas da população. “Hoje a os ouvidores têm o papel de defensor do cidadão dentro da instituição”, explica.

Atribuições da Linha Verde - A IN 88/06-N, de 25/01/2006, normatiza os procedimentos em relação aos serviços de recebimento, cadastro, controle, encaminhamento e respostas das demandas da sociedade submetidas à coordenação da Ouvidoria. Anterior, a Linha Verde foi legalmente implantada no Ibama em 05/06/1995 e entre suas atribuições estão: acolher, triar, processar, analisar, encaminhar e acompanhar as diversas demandas recebidas pela central.Uma ressalva importante: depois de registrada no SISLIV, a denúncia deve ser respondida em um prazo de 30 dias e reportada ao órgão local.

Vencido o prazo, caso a denúncia não seja atendida o responsável deve justificar os motivos. Na prática, a responsável pela Linha Verde no Ibama/RS (atualmente sob responsabilidade de Edelweiss Mader) terá poder para cobrar estas demandas através do acompanhamento on line destas atribuições e mediante a utilização de uma senha específica para o sistema. Todos os interlocutores da Ouvidoria terão senhas específicas para trabalhar diretamente no SISLIV.

Denúncias - Ao receber uma denúncia, o servidor deverá buscar o maior número de dados envolvendo a ocorrência: nome e número da rua, nome do município, ou outros pontos de referência. As informações são sigilosas. O nome do denunciante não é divulgado, exceto à Justiça.

Benevides enfatiza também a necessidade de se comunicar de forma clara e eficiente ao receber as denúncias, mesmo aquelas que seriam de competência de outros integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama), ou seja, estado e município. E argumenta, “o Ibama, pela atuação supletiva, não pode recusar atendimento a uma demanda. A alternativa em caso de impossibilidade de atendimento é registrar a denúncia e enviá-la através de um relatório de acompanhamento externo para o órgão competente.

Maria Helena Firmbach Annes

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Seminário do Prevfogo finaliza debates e apresenta propostas

Foz do Iguaçu (18/04/07) - Hoje foi o último dia das conferências e painéis temáticos do seminário “O Fogo no Meio Rural e a Proteção dos Sítios do Patrimônio Mundial Natural no Brasil”, com as conferências “Políticas de estímulos à substituição do fogo no espaço agrário”, por Marcelo Nunes do MDA (Ministério de Desenvolvimento Agrário) e “Produção científica e o uso do fogo no meio rural”, com o conferencista Alberto Setzer do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Ontem, 17, o seminário teve prosseguimentos com apresentação e debates sobre mais dois eixos temáticos. Pela manhã, o conferencista Francisco de Carvalho, do Ibama abordou o tema “Unidades de Conservação e conflitos com o meio rural”. Após falar sobre os objetivos e finalidades, Carvalho fez um relato dos principais problemas históricos e os desafios do Ibama na “Mediação de conflitos sócio ambientais”, exemplificando práticas vivenciadas pelas equipes de analistas da Diretoria de Unidades de Conservação. Já nos debates com os representantes da Funatura, Ibama e Unesco, ficou claro a importância dos atores locais, a importância das parcerias neste trabalho e as dificuldades administrativas, financeiras e políticas na execução e consolidação dos processo.

Na parte da tarde o eixo temático foi sobre “Incêndios florestais e estratégias de prevenção e combate”. O conferencista José Lazaro de Araújo Filho do Ibama/Prevfogo, fez uma análise sobre os incêndios, dos sistemas de detecção, acionamento e técnicas de combate. Falou também, do papel dos principais atores e da importância de equipamentos e novas tecnologias. Participaram dos debates especialistas do Ibama e do Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais.

Últimas conferências - O objetivo da conferência de Nunes é mostrar aos participantes do seminário o projeto do MDA, buscando identificar, avaliar e propor formas de financiamento, atividades de extensão rural e legislações que incentivem técnicas alternativas ao uso do fogo nas atividades agrosilvopastoris além de propor políticas públicas voltadas para incentivar a adoção de técnicas de manejo que dispensem o uso do fogo em atividades agropecuárias.

Já o pesquisador do INPE ministrará conferência com o objetivo específico de identificar as pesquisas realizadas com o tema fogo promovendo o intercâmbio científico. Propor linhas de pesquisa a serem desenvolvidas e identificar instituições e programas de pós-graduação que possam desenvolvê-las. Discutir a viabilidade de formação de redes que auxiliem no processo de substituição do uso fogo nas atividades agrosilvopastoris.

Os participantes do evento reúnem-se amanhã pela manhã para a plenária final onde serão consolidados os trabalhos discutidos durante todo o seminário.

O Seminário é uma iniciativa conjunta entre o Ibama, através do Prevfogo e Unesco-Brasil na busca de alternativas que reduzam o potencial que muitas atividades realizadas no meio rural têm de promover danos em áreas protegidas.

Seminário reúne especialistas sobre fogo e mudanças no clima

Foz do Iguaçu (17/04/07) - Foi realizada na noite de domingo, 15/04, no Parque Nacional do Iguaçu, a abertura do seminário “O Fogo no Meio Rural e a Proteção dos Sítios do Patrimônio Mundial Natural no Brasil”, que prossegue até o dia 19, no hotel Bella Itália, no centro da cidade. O Seminário é uma iniciativa conjunta do Programa Conservação da Biodiversidade nos Sítios do Patrimônio Mundial Natural no Brasil (Projeto BRA-Patrimônio/Unesco) e do Centro Especializado PrevFogo/Ibama.

A mesa de abertura do evento contou com a presença do coordenador do Setor de Ciências Naturais da Unesco no Brasil, Celso Schenkel, do chefe do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), Elmo Monteiro, do coordenador do PrevFogo no Paraná, José Joaquim Crachineski e do chefe do Parque Nacional do Iguaçu, Jorge Pegoraro. Entre o público presente estavam autoridades locais, representantes das organizações envolvidas, concessionários do parque e os participantes do seminário.

Na abertura, o chefe do PrevFogo, Elmo Monteiro, informou que o seminário é um primeiro passo para que haja uma grande discussão sobre a questão do fogo junto aos pesquisadores e instituições que tratam do tema. Para ele, as discussões estavam muito difusas. “Estamos trazendo para este evento técnicos e especialistas para que seja elaborada uma proposta de consenso”, destaca.

Após a abertura, foram realizadas duas palestras. Na primeira, o representante da Unesco, Celso Chenkel, informou que, por meio do Projeto para Conservação da Biodiversidade nos Sítios do Patrimônio Mundial Natural do Brasil, em até quatro anos haverá a consolidação dos sítios do patrimônio reconhecidos até o ano de 2000, por meio da integração das responsabilidades e ações dos níveis federal, estadual, municipal e privado. Disse ainda que os demais sítios serão consolidados na segunda fase do Projeto. Na segunda palestra, o educador ambiental Genebaldo Freire Dias, fez uma exposição onde abordou as questões sobre os desafios sócio-ambientais para sociedade brasileira frente aos adventos das mudanças climáticas do planeta.

Debates – Na segunda-feira, 16/04, foi iniciado o ciclo de debates com discussões sobre dois eixos temáticos: “O uso do fogo no espaço agrário, suas conseqüências sócio-ambientais e as mudanças climáticas globais”, com o pesquisador Paulo Artaxo Netto da Universidade de São Paulo (USP), e as “Experiências e propostas de substituição ao uso do fogo em atividades agrosilvipastoris”, com os pesquisador Osvaldo Ryohei Kato da Embrapa.

Hoje, os eixos temáticos dos painéis são as “Unidades de Conservação e conflitos com o meio rural”, com o especialista Francisco de Carvalho, e “Incêndios florestais e estratégias de prevenção e combate”, com o especialista José Lázaro de Araújo Filho, ambos do Ibama.
Antônio Carlos Lago e Adilson Borges

 
 
 
 
 
 

 

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