EVENTO ORGANIZADO PELO PNUMA E MMA TEVE APOIO DA CETESB

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2007

23/04/2007 - Organizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), com o apoio da CETESB, realizou-se nos dias 19 e 20 últimos a “Mesa Redonda Nacional sobre Consumo e Produção Sustentáveis”, no Anfiteatro Augusto Ruschi, na sede da agência ambiental paulista, em São Paulo.

O evento teve como objetivo promover a troca de informações dos diferentes níveis de governo, iniciativa privada e terceiro setor, sobre consumo e produção sustentáveis, além de propiciar oportunidade para discutir perspectivas, desafios e temas prioritários relacionados ao assunto. A iniciativa favorece o intercâmbio de informações entre o país e outras regiões, com destaque para a União Européia, e deve contribuir para a formulação do relatório que o governo brasileiro vai apresentar na reunião que será realizada em junho, em Estocolmo, na Suécia, onde ocorrerá mais um encontro mundial do chamado “Processo de Marrakech”, marco do início dos programas sobre consumo e produção sustentáveis.

Com a participação de representantes de governos e especialistas nacionais e internacionais, representantes do setor privado, de associações e foros industriais e da sociedade civil, o evento realizado na sede da CETESB contou com as presenças do presidente da agência ambiental paulista, Fernando Rei; do representante da Comissão Européia, Thierry Dudermel; e das representantes do PNUMA, Cristina Montenegro, e do Ministério do Meio Ambiente, Marília Marreco Cerqueira.

O programa do evento foi iniciado com a sessão sobre o “Cenário Internacional do Consumo e Produção Sustentáveis (CPS)”, que incluiu as perspectivas e desafios globais; os avanços da União Européia e as estratégias em CPS no Mercosul. O segundo dia ficou reservado aos grupos de trabalhos, que buscaram identificar as perspectivas e desafios para a implementação do CPS no Brasil. A contribuição, segundo Cristina Montenegro, é fundamental para indicar o nível de desenvolvimento de programas de consumo e produção brasileiros e será de grande valia para as discussões em Estocolmo, a terceira reunião mundial de CPS, depois de Marrakesh (Marrocos) – em junho de 2003, e São José, na Costa Rica – setembro de 2005.
Produção Mais Limpa

Desde 1996, a CETESB mantém contatos sobre o tema com a agência ambiental norte-americana US-USEPA e foi o primeiro órgão ambiental do Brasil a participar de diversos programas, referentes ao mesmo assunto, com o PNUMA. A informação foi destacada pelo presidente da CETESB, que falou também sobre a iniciativa, em 2002, de promover a Mesa Redonda Paulista de Produção Mais Limpa, quando foram apresentadas várias iniciativas de parcerias voluntárias entre os órgãos públicos e o setor industrial, resultando em 46 casos de sucesso, e a elaboração de 11 Guias Ambientais de P+L (Produção Mais Limpa) setoriais.

Segundo lembrou Fernando Rei, a Companhia também ocupa a secretaria-executiva da Mesa, desde a sua fundação, e vem prestando apoio às ações, através do seu Setor de Tecnologias de Produção Mais Limpa, encarregado de aglutinar informações e disseminar conhecimento técnico, estimulando a prática da P+L em um número cada vez maior de empresas.

O presidente da CETESB recordou ainda que a Companhia atua como agente técnico da linha de financiamento em P+L do Programa de Controle da Poluição (Procop) e vem avançando em políticas públicas que estimulem as indústrias a implementarem a P+L, como é o caso do Decreto 47.400/2002, que instituiu o licenciamento ambiental renovável e tem mecanismos de estímulo a essa nova forma de produção, que privilegia o uso de materiais menos agressivos ao meio ambiente e a redução do uso de matérias-primas e insumos, assim como a geração de resíduos.

Ações mais concretas

O Programa sobre Consumo e Produção Sustentáveis, conhecido como Processo Marrakech, teve início em 2002, durante a reunião da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável – CMDS, realizada em Johannesburgo, com o objetivo de acelerar as mudanças globais em direção a padrões sustentáveis de consumo e produção. As consultas regionais até agora foram úteis para identificar as prioridades e necessidades regionais de CPS.

Os participantes do evento realizado na CETESB reconhecem, no entanto, que faltam ações mais concretas para encontrar e implementar soluções específicas que melhorem a qualidade de vida, ao mesmo tempo que garantam a sustentabilidade dos padrões de produção e consumo dos países. Essa foi uma das preocupações em relação ao programa do biocombustível, por exemplo, que vem ganhando destaque na pauta econômica do governo brasileiro, sem que se discuta, com a mesma intensidade, as formas de garantir que o aumento da produção não comprometa a qualidade do solo e da água, nem ponha em risco a produção de alimentos.

Outra conclusão dos grupos de trabalho é a necessidade do envolvimento da mídia na divulgação de informações sobre CPS e na formulação de conceitos que favoreçam o consumo responsável. Por essa ótica, seria fundamental que os veículos de comunicação e de formação de opinião estimulassem o uso de bens e serviços que atendem necessidades básicas, mas ao mesmo tempo minimizem o uso de recursos naturais, materiais tóxicos e emissões de resíduos poluentes ao longo do ciclo de vida.

Conforme esclarece um dos relatórios discutidos no evento, “a produção sustentável se refere ao lado da oferta – enfocando os impactos econômicos, sociais e ambientais dos processos de produção - , enquanto o consumo sustentável aborda o lado da demanda - enfocando as escolhas dos consumidores em relação a bens e serviços, tais como alimentação, moradia, mobilidade e lazer; de modo a atender as necessidades básicas e melhorar a qualidade de vida”.

Níveis de poluição continuam aumentando

De acordo com dados apresentados no terceiro relatório Global Environmental Outlook do PNUMA - 2002, o uso dos recursos naturais e os níveis de poluição e de resíduos continuam crescendo. Os níveis de dióxido de carbono na atmosfera, por exemplo, em 2002 eram 18% mais altos do que em 1960 e cerca de metade de cobertura florestal original do mundo também já não existe, enquanto outros 30% encontram-se degradados ou fragmentados. Ainda de acordo com o relatório, se a humanidade não romper com o vínculo entre o crescimento econômico e a degradação do meio ambiente, as sociedades não conseguirão sustentar sua qualidade de vida.
Texto: Rosely Martin e Eli Serenza
Foto: José Jorge e Pedo Calado

 
 
 

Fonte: Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (www.cetesb.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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