P2R2 FORMA PRIMEIRA TURMA EM EMERGÊNCIAS COM PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2007

24/04/2007 - Rubens Junior - O atendimento a emergências ambientais com produtos químicos, um dos sinistros mais comuns no Brasil, sobretudo vazamentos de óleo no mar, ganhou novo impulso neste mês. De 10 a 19 de abril, o governo federal concluiu em Campinas (SP) o primeiro treinamento de técnicos previsto no Plano Nacional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos (P2R2).

O Plano foi posto em prática em 2004, com o Decreto 5.098, do presidente da República, como reação ao rompimento da barragem da empresa Cataguases de Papel, do município mineiro do mesmo nome. O vazamento de lixívia negra afetou uma dezena de biomas e áreas urbanas de 16 municípios de três estados (MG, RJ e ES). Matou peixes, interrompeu a atividade pesqueira e inibiu o agronegócio. Além disso, provocou a suspensão do abastecimento de água por causa da contaminação dos reservatórios das bacias do Rio Pomba e do Rio Paraíba do Sul.

Os primeiros 32 calouros do curso do P2R2 atuam em quase todos os Órgãos Estaduais do Meio Ambiente (Oemas). Além de técnicos do MMA, recebeu treinamento pessoal do Ibama, do Ministério da Saúde, da Defesa Civil e da Polícia Rodoviária Federal. As aulas teóricas e práticas abordaram questões como classificação e comportamento de produtos perigosos, uso de equipamentos de proteção, primeiros socorros, "decisões a tomar", entre outros temas de igual importância.

O governo espera que novas turmas sejam treinadas e certificadas pelo P2R2 ainda em 2007. "Os cursos possibilitarão sedimentar uma cultura de atendimento a emergências químicas, além da formação de uma 'comunidade do P2R2' nos organismos ambientais. Também será possível conhecer como se comporta o setor privado nos atendimentos, o que fortalecerá a fiscalização dos procedimentos adotados para controle dos acidentes químicos", diz o técnico do P2R2 do MMA, Robson José Calixto.

Histórico - Os acidentes mais comuns ocorrem pela ordem em rodovias, em ferrovias e no mar. Um caminhão tomba, um vagão descarrila, o casco de um navio se rompe, vazando para terra ou para a água quase sempre óleos combustíveis - álcool, gasolina, diesel.
Para enfrentar os sinistros, o Ibama/MMA possui a Coordenação de Emergências Ambientais. Como resultado do P2R2, o setor passou a contar, em 2005, com apoio humano em todas as unidades descentralizadas do Ibama no País. Cerca de 150 servidores estão habilitados a lidar com esse trabalho. Passou-se a utilizar um formulário padrão de ocorrências, em que o servidor faz um relato preliminar à sede, em Brasília, e outro completo, após averiguar in loco a dimensão do problema. Os dados, que pela primeira vez possibilitarão ao governo usufruir de estatísticas nacionais dos acidentes, são transmitidos pela internet e chegam ao MMA, que aciona os órgãos estaduais na área. Todos se juntam à Defesa Civil e ao Corpo de Bombeiros, geralmente os primeiros a chegarem aos locais dos desastres.

As próprias empresas, sejam públicas ou privadas, que obtêm licenciamento do Ibama ou dos órgãos estaduais para lidar com produtos químicos perigosos são legalmente responsáveis por eles. A licença só é concedida se elas apresentarem plano de emergência prevendo acidentes, plano este que pode ser recusado pelo poder público se não atender aos parâmetros exigidos. Se o acidente ocorrer, as penalidades podem ser financeiramente duras, principalmente se a empresa estiver irregular. Além disso, ela fica obrigada a ressarcir o ambiente pelos danos causados.

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Conama vai apreciar resoluções e renovar Câmaras Técnicas

24/04/2007 - Rafael Imolene - O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) se reúne nesta quarta-feira (25), a partir das 9h, em Brasília, para apreciar as resoluções sobre a emissão de óleos e graxas por plataformas marítimas, a regulamentação para criação de animais silvestres, e a orientação referente à gestão compartilhada entre Unidades de Conservação (UCs) e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips). A 85 ª reunião ordinária do conselho, a primeira de 2007, será a última com os atuais conselheiros das Câmaras Técnicas, pois haverá alteração em quase metade das posições ocupadas atualmente. O encontro será realizado no auditório da ANA, no Setor Policial, Área 5, Quadra 3.

De acordo com o diretor do Conama, Nilo Diniz, por ser a primeira reunião do ano, a pauta será intensa. "Além da apreciação das resoluções, a plenária também vai analisar a Agenda Nacional do Meio Ambiente, que reúne propostas da Conferência Nacional do Meio Ambiente e da Agenda 21 Brasileira", afirma Diniz. O documento recomenda aos órgãos ambientais da União, dos estados e dos municípios uma série de prioridades para cumprir uma agenda ambiental no país pelos próximos dois anos.

A eleição de 37 conselheiros para compor as 11 Câmaras Técnicas, ou 48% de um total de 77 membros, deverá movimentar a plenária e definir a nova composição que atuará até o primeiro semestre de 2009. Segundo Diniz, a votação exige grande responsabilidade, pois as câmaras se configuram como os berçários das resoluções. "Elas são os grupos temáticos constituídos por conselheiros que debatem as resoluções em uma primeira instância, antes de chegar ao plenário do Conama. E a renovação em torno de 50% vai refletir na elaboração de matérias", diz.

Os novos conselheiros tomarão posse entre maio e junho. Os antigos deixam seus cargos porque estão completando o segundo mandato na posição atual, relativos aos períodos que compreendem desde o primeiro semestre de 2003 a 2005, e de 2005 a 2007. Os atuais ocupantes, no entanto, podem ser escolhidos para integrar outras câmaras.

Portal do Licenciamento reúne informações de todos os estados do País

26/04/2007 - Rubens Junior - Com a adesão da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) ao Portal Nacional do Licenciamento Ambiental (PNLA), o Ministério do Meio Ambiente passa a reunir na internet informações gerais sobre o licenciamento para empreendimentos de impacto ambiental de todos os estados do País. O endereço do portal é www.mma.gov.br/pnla

A partir de agora, o PNLA, que está em funcionamento desde 2005, oferece aos usuários acesso aos dados daquela área, disponíveis nos sites de todos os Órgãos Estaduais do Meio Ambiente (Oemas) no País.

O Portal não substitui os sites estaduais. Apenas reúne em único espaço informações genéricas sobre os processos de licenciamentos, que podem ser pesquisados por estado, por região e nacionalmente. Se os usuários quiserem informações detalhadas, deverão pesquisar nos sites das Oemas.

Em 2007, os técnicos do MMA trabalham para melhorar a prestação deste serviço, inédito no Brasil. "Estamos fazendo uma revisão completa do portal, buscando melhorar a acessibilidade aos dados na ponta, além de compatibilizá-los com a plataforma do licenciamento federal, abrigada no site do Ibama", informa a gerente de projeto Moema Rocha de Sá.

Entre as informações que presta, o portal PNLA identifica os órgãos licenciadores no País; informa sobre o processo de licenciamento no setor energético; relaciona empreendimentos em andamento; orienta sobre a legislação; fornece teses, publicações, estudos ambientais, fotografias, vídeos, endereços complementares na internet; indica seminários, cursos e manuais; apresenta avaliação ambientais estratégicas e estatísticas de acesso, além de apontar contatos para fornecimento de novas informações. Contatos gerais podem ser feitos com a coordenação do PNLA, pelo correio eletrônico pnla@mma.gov.br

MMA inicia capacitação de gestores ambientais em SP e RS

30/04/2007 - Rafael Imolene - Começa nos dias 5 e 7 de maio, respectivamente, o treinamento do Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais (PNC) nos estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Embora ambos de grande peso populacional e econômico para o País, vivem situações opostas em relação ao fortalecimento do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).

De um lado, o Rio Grande do Sul é atualmente o estado mais avançado no que diz respeito à concessão municipal de licenciamento. Das cerca de 280 cidades brasileiras aptas à tarefa, 190 estão situadas no estado sulino. Entre os paulistas, no entanto, somente o município de Santo André cumpre os requisitos para emitir licenciamentos municipais. Com o início do PNC no estado mais populoso do País, o Ministério do Meio Ambiente deverá contribuir para que São Paulo fortaleça o Sisnama e desafogue o Ibama e a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) de funções que podem ser efetuadas por municípios.

O PNC, adotado em 2006 por 12 estados brasileiros, tem como fundamento capacitar gestores, conselheiros ambientais e técnicos das câmaras de vereadores justamente para o fortalecimento do Sisnama. Assim, poderá promover o desenvolvimento de mecanismos para a gestão ambiental compartilhada, integrada e adequada às competências de cada ente federado. Também criará um sistema de comunicação entre os componentes do Sistema, consolidando a sua implementação, dinamizando as suas funções e aproximando o trabalho entre os três níveis do governo.

A primeira fase do programa já foi concluída nos estados do Acre, Goiás, Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco. Está avançado na Bahia e no Rio de Janeiro, já que os cariocas devem encerrar o primeiro ciclo ainda em maio. Santa Catarina, Pará e Espírito Santo ainda aguardam o início da primeira fase. Por conta de seus 41 milhões de habitantes, o PNC será aplicado em São Paulo em 15 regiões distintas, sem contar a região metropolitana.

No dia 5 de maio os trabalhos começam em São José do Rio Preto, localizado no noroeste do estado. Outras regiões serão contempladas a seguir, até o final deste ano. Sob coordenação do MMA, o programa pretende estabelecer uma relação entre União, estados e municípios de forma complementar. As comissões tripartites estaduais são os pontos focais de articulação, apoiadas pelo Ibama, pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (Anamma) e a Confederação Nacional de Municípios (CNM).

Colaboram a Petrobras, o Instituto do Banco Mundial (WBI) e a Caixa Econômica Federal, além de universidades, ONGs e especialistas. O fortalecimento do Sisnama, como pretende o Ministério do Meio Ambiente, possibilitará desafogar os órgãos estaduais responsáveis pelo licenciamento, bem como o Ibama. Também permitirá intensificar a fiscalização, o controle ambiental e o financiamento do sistema. Por fim, envolve toda a sociedade, gerando controle social. "A participação popular é uma das formas de garantir o sucesso do programa", afirma Virgínia Müzell, coordenadora nacional do PNC.

Para garantir agilidade nas decisões, maior autonomia e responsabilidade para estados e municípios, além de formar cidadãos conscientes, o Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais deverá atuar durante um tempo estimado de cinco anos, atingindo todo o Brasil. Hoje, menos de 500 municípios, ou 8% do total do País, contemplam os quatro pontos do Sisnama: existência de secretaria ou órgão equivalente ambiental; conselho de meio ambiente; fundo socioambiental; e legislação própria.

Cerca de 70% das cidades brasileiras atendem apenas parcialmente às exigências. E 22%, aproximadamente 1.200 municípios, estão em completo desacordo com o Sistema. São localidades onde o tema meio ambiente sequer transita pela administração municipal, geralmente distantes geograficamente, bem como detentores de poucos recursos e restrito acesso a tecnologias.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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