ENTIDADE PROPÕE 11 MEDIDAS PARA CONTER O TRÁFICO DE ANIMAIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2007

2 de Maio de 2007 - Antonio Arrais - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A organização não-governamental (ONG) Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas) divulgou hoje (2), em audiência pública na Câmara dos Deputados, um diagnóstico sobre o tráfico de animais silvestres na mata atlântica. Além de detalhar a situação na área pesquisada, a entidade apresentou no documento, entregue a deputados, 11 propostas, a que chama de plano estratégico para combater o problema.

O levantamento, com dados do ano passado, abrange os Corredores Central e da Serra do Mar. Corredores são áreas geográficas identificadas para planejamento e conservação. De acordo com o documento da Renctas, divulgado em audiência da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, as áreas pesquisadas abarcam cinco estados – Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

No documento, intitulado "Vida silvestre: o estreito liminar entre preservação e destruição", a Renctas sugere uma legislação que tipifique o crime de tráfico de animais silvestres e traga penas elevadas, que desestimulem os traficantes. A par dessa iniciativa, é apontada a necessidade de uma legislação federal mais severa, porque a lei existente (a Lei 5.197, de 1967) "é bastante permissiva em relação ao uso da fauna silvestre".

A ONG afirma que há necessidade de uma maior clareza sobre as competências das instituições ligadas ao Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e melhor estruturação desses órgãos e capacitação de pessoal. Também aparece como prioritária a estruturação de uma rede federal de Centros de Manejo de Animais Silvestres (Cetas) e o estabelecimento de critérios técnicos, por meio de uma rede nacional de Cetas, sobre a guarda doméstica de animais silvestres e, quando constatado que a guarda está sob a responsabilidade de um infrator, os meios para soltura desses animais.

Criadouros comerciais e criadores amadoristas, segundo o documento, precisam ser mais bem definidos em legislação própria, que reveja também os critérios de guarda doméstica de animais silvestres. O documento recomenda o combate ao tráfico de animais na origem, sob o argumento de que não deve mais ser aceita a justificativa da situação socioeconômica para captura e venda.

Finalmente, o documento da Renctas propõe políticas públicas voltadas para a proteção da fauna nos níveis municipal, estadual e federal, com educação continuada e maciças campanhas publicitárias. O 11º ponto destacado no documento da ONG é a necessidade de criação de um banco de dados, de acesso restrito a autoridades policiais, como a Polícia Federal e as polícias ambientais nos estados e aos Ministérios Públicos Federal e Estadual. A proposta é que o banco seja consultado e alimentado por esses órgãos, com trocas de informações constantes sobre crimes cometidos contra a fauna silvestre.

A Renctas destaca como fundamental, para todo o trabalho proposto, o engajamento do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) como gestor de uma política de combate ao tráfico de animais silvestres. A entidade informa que vai esperar a conclusão das mudanças no Ibama para levar o documento ao instituto e propor o gerenciamento do banco de dados pelo órgão.

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Deputado alerta que narcotraficantes migram para o comércio ilegal de animais silvestres

5 de Maio de 2007 - Antonio Arrais - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Os narcotraficantes estão migrando para o comércio ilegal de animais silvestres, porque nesse caso não existe ainda uma legislação punitiva. O alerta foi feito pelo deputado Sarney Filho (PV-MA), durante audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Ele defendeu uma ação mais rápida do Congresso Nacional na aprovação de um projeto que tipifica o crime de tráfico de animais silvestres e prevê punições para os traficantes. O projeto tramita há quatro anos na Câmara.

Essa migração, segundo Sarney Filho – que preside a Frente Parlamentar Ambientalista e foi relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Biopirataria –, deve-se à falta de uma legislação punitiva para esse tipo de crime. O tráfico de animais silvestres, acrescentou, "é hoje o terceiro mais lucrativo dos ilícitos do mundo, só perdendo para o tráfico de drogas e o tráfico de armas, o que vem estimulando bandidos a mudarem de ramo de atividades".

Para o deputado, a situação não depende apenas do Congresso Nacional: as áreas onde o tráfico de animais silvestres vem sendo feito já foram identificadas, mas é preciso presença maior do poder público nos três níveis (municipal, estadual e federal).

As autoridades governamentais, segundo Sarney Filho, "precisam fazer ações efetivas nas comunidades identificadas, dando alternativas de desenvolvimento sustentável, dando condições para que as pessoas melhorem sua qualidade de vida, com alternativas de trabalho e de renda, para desestimular que moradores dessas áreas sejam fornecedores em primeira mão, muitas vezes mal pagos, como são, de animais silvestres para os traficantes".

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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