PAÍSES SE UNEM PARA COMBATER DESERTIFICAÇÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2007

02/05/2007 - Rafael Imolene - Representantes de países da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD, na sigla em inglês) estiveram reunidos na capital da Namíbia, Windhoek, de 25 a 28 de abril, integrando as propostas dos diferentes continentes para enfrentar este problema que provoca miséria humana, perda de biodiversidade e aquecimento global. Junto com Chile e Cuba, o Brasil é um dos países que representam toda a América Latina e Caribe. Portanto, esteve presente nas reuniões por intermédio dos Ministérios do Meio Ambiente e das Relações Exteriores.

De acordo com o coordenador-técnico do Programa de Combate à Desertificação do MMA, José Roberto Lima, que participou dos trabalhos, um dos pontos positivos do encontro no sudoeste da África foi o fortalecimento e a integração dos órgãos que formam a convenção: o Comitê de Ciência e Tecnologia, o Mecanismo Global, e o Cric (Comitê de Revisão da Implementação da UNCCD). "As novas funções do secretariado também foram definidas. Assim, teremos mais velocidade e capacidade de decisões", disse José Roberto.

No dia 10 de maio estarão disponíveis os relatórios elaborados durante a reunião de Windhoek. Eles passarão por uma consulta entre os representantes regionais, entre eles o Brasil, e serão concluídos em uma nova rodada de trabalho, programada para começar no dia 29 de maio, na Suíça. O Brasil defenderá os interesses regionais, explica José Roberto, muito próximos das propostas do bloco africano, o continente mais afetado pela desertificação.

Depois do relatório divulgado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) no começo de abril, na Bélgica, o tema ganhou mais atenção da opinião pública mundial, pois a desertificação é uma via de mão dupla em relação ao aquecimento global. Ao mesmo tempo que ela é uma conseqüência das mudanças climáticas, também aumenta o calor do Planeta. Além disso, enfrentar o problema é um caminho para evitar migrações maciças de populações e a disseminação da fome. No mundo, as regiões áridas, semi-áridas e subúmidas secas representam quase um terço da superfície terrestre, abrigam 1 bilhão de seres humanos e são responsáveis por 22% da produção mundial de alimentos.

A falta de água para consumo humano, por exemplo, será um dos maiores problemas deste século e possui relação direta com a desertificação e o aquecimento global. No Brasil, as áreas suscetíveis à desertificação abrangem 1.488 municípios dos nove estados do Nordeste, além de Minas Gerais e do Espírito Santo. No total, ocupam uma área de 1.338.076 quilômetros quadrados, equivalente a 15,7% do território nacional, onde vivem 32 milhões de pessoas, ou 18,6% da população brasileira. Metade desses municípios detêm os piores índices de desenvolvimento humano do País.

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Brasil discute no Peru financiamento ambiental

03/05/2007 - Rubens Júnior - O diretor do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), Elias Araújo, participará de 7 a 13 de maio, em Lima, no Peru, do encontro Gestão de Fundos Ambientais para a Sustentabilidade Financeira da Conservação da Biodiversidade. Durante o evento, representantes dos governos da América Latina e do Caribe darão continuidade a um debate tido como essencial para validar, em plenitude, a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB): a adoção pelos países de mecanismos de financiamento a ações socioambientais e de instrumentos que propiciem a implementação da CDB. "Será uma nova e importante oportunidade para que os países fortaleçam sua sinergia com relação à instituição de seus fundos ambientais nacionais", disse Elias Araújo.

Uma das principais contribuições a serem apresentadas pelo Brasil será o relato da criação, no âmbito do MMA, de um departamento de fomento às ações socioambientais. A criação do novo departamento, que vai incorporar o FNMA e outras fontes de financiamento, faz parte da reforma estrutural promovida no organograma do MMA e do Ibama, anunciada recentemente pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. A reforma, assim como a criação do departamento de fomento, estão em processo de execução.

A participação brasileira nos debates será especialmente importante para o Brasil, uma vez que o País possui a maior área de fronteira com outros países da região, o que exige entendimentos mais complexos para bem cumprir os termos da CDB.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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