MINISTRO DIZ QUE REESTRUTURAÇÃO DO IBAMA PODE ACELERAR LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE OBRAS DO PAC

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2007

10 de Maio de 2007 - Marcela Rebelo - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, fala a emissoras de rádio sobre as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas áreas de rodovias, ferrovias e portos.

Brasília - A reestruturação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com a criação de novas secretarias e do Instituto Chico Mendes, poderá acelerar os processos de licenciamento ambiental das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A avaliação é do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento.

"Você coloca mais pessoas na discussão e para atender às demandas que são muitas. Nunca o país executou tantas obras, é natural que ocorra atraso porque as pessoas que cuidavam antes de licenciamento ambiental são as mesmas que estão cuidando hoje em um volume muito maior", disse hoje (10) em entrevista à Agência Brasil.

Segundo Nascimento, não há divergências entre o Ministério dos Transportes e o Ibama. "O Ministério dos Transportes compreende a posição do Ibama, compreende a posição do Ministério do Meio Ambiente e tem com o ministério e o Ibama uma ótima relação", afirmou.

Para ele, não se pode falar que as obras do PAC tiveram atraso por causa do Ibama. "É natural que as pessoas compreendam que não é o Ibama que faz isso. Existe uma legislação que foi criada em 1988 pelo Congresso Nacional e essa legislação tem que ser cumprida. A diferença que existe é que antes não existia essa preocupação".

De acordo com o ministro, o governo do presidente Lula tem a preocupação de cumprir a legislação que preserva o meio ambiente. "A nossa relação com o Ibama é uma relação boa, de entendimento, mas, felizmente ou infelizmente, a legislação tem que ser cumprida", completou.

A liberação de licenças ambientais é um dos principais “desafios” que o governo tem de enfrentar para implementar o PAC, segundo boletim de avaliação divulgado na última segunda-feira (7) por ministros ligados ao programa. No mês passado, o vice-presidente da República, José Alencar, no exercício da Presidência, disse, em entrevista, que o governo está “absolutamente consciente” de que é preciso priorizar o desenvolvimento, mas sem agressão ao meio ambiente.

O Instituto Chico Mendes será responsável pela gestão, implementação e proteção das unidades de conservação. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o Ibama continuará com suas funções de licenciamento ambiental.

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Marina Silva diz que presidentes efetivos do Ibama e do Instituto Chico Mendes serão nomeados em 90 dias

9 de Maio de 2007 - Petterson Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou hoje (9) que em até 90 dias os presidentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade serão nomeados, em caráter efetivo. Ela negou que haja pressão político-partidária para a escolha dos nomes.

“Nós escolhemos inclusive o caminho de nomear o secretário-executivo do ministério, João Paulo Capobianco, para o Instituto Chico Mendes, e o chefe de gabinete Bazileu Margarido para a presidência interina do Ibama, exatamente para que possamos fazer a transição das duas instituições de forma tranqüila, com total isenção”, disse.

Marina Silva lembrou que é necessária uma transição para que se crie a estrutura de pessoal e de equipamentos ao Instituto Chico Mendes, já que o Ibama não mais cuidará da política nacional de unidades de conservação da natureza, que ficará a cargo do instituto.

Indagada se a taxa do fundo de compensação ambiental ficará em 2%, a ministra não quis se pronunciar, mas adiantou que será utilizada pelo Instituto Chico Mendes. “Os recursos da compensação serão utilizados para viabilização da implementação das unidades de conservação, principalmente um item que é muito importante, que é a questão da regularização fundiária. No Brasil, a maior parte das unidades de conservação não tem regularização fundiária. É só pegarmos o Parque Nacional de Itatiaia, que foi criado há 70 anos, e só agora na atual gestão é que está sendo feita a regularização fundiária”.

Marina Silva participou em São Paulo da abertura do seminário Créditos de Carbono e Mudanças Climáticas – Propostas e Desafios para a Sustentabilidade Ambiental.

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Servidores decretam greve contra divisão do Ibama

10 de Maio de 2007 - Aline Bravim e Marcos Chagas - Da Agência Brasil - Brasília - Os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) decretaram hoje (10) greve nacional a partir de segunda-feira por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante uma assembléia a tarde, entre funcionários de todos os estados brasileiros.

Os trabalhadores são contra a aprovação da Medida Provisória (MP) 366, que determina que a gestão das unidades de conservação e dos centros de pesquisa será competência do recém-criado Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Na assembléia foram ouvidos presidentes da Associação dos Servidores do Ibama (Asibama) de todo o Brasil. Servidores de alguns estados brasileiros, como Minas Gerais, preferiam que não houvesse greve, mas afirmaram que também vão fazer paralisação, para apoiar o Instituto do Meio Ambiente.

Durante as negociações do servidores, foram colocadas nas paredes faixas em tom de protesto, como “O Ibama está contra os ditadores da MP 366”, “Ajude o Ibama a cuidar do Brasil” e “Papa, salve o meio ambiente! O Lula está acabando com ele”.

A presidente da Associação dos Servidores do Ibama do Distrito Federal (Asibama-DF), Lindalva Cavalcanti, disse que amanhã (11) os 100 delegados que referendaram a greve retornarão aos 26 estados para homologar a decisão em novas reuniões. Além disso, informou, decidirão que áreas do órgão federal paralisar. Em Brasília, a reunião está prevista para as 11h30.

"A tendência no Distrito Federal é manter o funcionamento das áreas de segurança e de manutenção das unidades de conservação ambiental, como o Parque Nacional de Brasília", disse Cavalcanti, em entrevista à Agência Brasil. "Como a seca já está chegando à região, o pessoal que faz o monitoramento de fogo nessas unidades, bem como o pessoal da segurança interna, deve continuar trabalhando." Ela ressaltou, no entanto, que a assembléia é soberana para decidir.

"Nossa greve não é contra o meio ambiente, é a favor", declarou. Ela informou que está na página é possível participar de abaixo-assinado pela revogação da MP 366.

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Servidores do Ibama fazem manifestação contra divisão da autarquia

9 de Maio de 2007 - Agência Brasil - Brasília - Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fazem hoje (9) manifestação contra a Medida Provisória 366/07, que divide o órgão com a criação do Instituto Chico Mendes. A concentração será na Catedral de Brasília, às 9h30. Em seguida, os servidores fazem protesto em frente ao prédio do Ministério do Meio Ambiente, com apresentações teatrais.

No último dia 4, a presidente da Associação dos Servidores do Ibama do Distrito Federal (Assibama-DF), Lindalva Cavalcanti, afirmou que a divisão do instituto representa uma quebra da unicidade da instituição. “Aproximadamente 60% dos recursos vão ser retirados, vamos ter uma quebra do número de servidores violenta. Com isso você tira os meios, o que resta do órgão vai enfraquecendo e diante disso você tem o esfacelamento”.

A MP, publicada no último dia 27 no Diário Oficial da União, prevê que o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade será responsável por executar ações da política nacional de unidades de conservação da natureza. A autarquia também responderá pelas políticas relativas ao uso sustentável dos recursos naturais, apoio ao extrativismo e às populações tradicionais, além de incentivar programas de pesquisa e proteção da biodiversidade.

A MP prevê que o Instituto Chico Mendes exerça ainda o poder de polícia ambiental para a proteção das unidades de conservação instituídas pela União. Isso, no entanto, não exclui o poder de polícia ambiental do Ibama. O Ibama manterá suas atribuições de fiscalização, autorização do uso de recursos naturais e licenciamento ambiental.

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Instituto Chico Mendes aperfeiçoará Sistema Nacional de Meio Ambiente, diz nota do ministério

11 de Maio de 2007 - Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A criação do Instituto Chico Mendes é um "importante instrumento para o aperfeiçoamento do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama)", afirma a nota conjunta da direção do próprio Instituto e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e a dos Recursos Naturais Renováveis), divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente hoje (11).

Ontem, os servidores dos dois órgãos decidiram paralisar suas atividades por tempo indeterminado a partir de segunda-feira (14), em protesto contra a criação do Instituto Chico Mendes, prevista na Medida Provisória (MP) 366.

Na nota, a direção dos institutos afirma que sempre esteve aberta ao diálogo com os servidores e que a própria ministra Marina Silva teria proposto à categoria a criação de um grupo de trabalho para aperfeiçoar tanto a medida provisória quanto os decretos que definem a estrutura dos dois órgãos.

“É importante frisar que as presidências e direções destes institutos, apesar de terem se colocado à disposição dos servidores para dirimir suas dúvidas, não foram por eles demandados”, afirma a nota, antes de concluir “que o diálogo continua aberto”.

Publicada no Diário Oficial da União do último dia 27, a MP criou o Instituto Chico Mendes, responsável por executar ações da Política Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. A nova autarquia federal será responsável também pela execução das políticas relativas ao uso sustentável dos recursos naturais, pelo apoio ao extrativismo e às populações tradicionais, além do incentivo a programas de pesquisa e proteção da biodiversidade.

No início do mês, o presidente nacional da Associação dos Servidores do Ibama (Asibama), Jonas Correia, disse que “a MP quebra a unicidade da gestão ambiental". E que "ela é um retrocesso, porque o Ibama foi criado em 1989 por um apelo do povo – a sociedade queria ver um órgão que tratasse o meio ambiente como um todo, não da forma fracionada como eles fizeram com essa medida provisória”.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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