MMA ORIENTA EMPRESÁRIOS SOBRE PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2007

09/05/2007 - Rubens Júnior - O Ministério do Meio Ambiente participa a partir desta quarta-feira (8) da 7ª Feira do Empreendedor, organizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), no Centro de Convenções de Brasília. No amplo estande do MMA, situado na Ala Negócios Ambientais, os visitantes poderão conhecer algumas iniciativas do governo federal no sentido de incentivar a adoção de métodos sustentáveis na produção de bens e de serviços no Brasil. Uma equipe do Centro de Informação e Documentação Ambiental do Ministério, presente ao estande, divulgará aquelas informações oralmente e em material impresso, indicando programas, projetos, portais na internet, publicações e outras iniciativas fundamentais para empresários que desejam tornar menos poluentes seus empreendimentos.

Entre as iniciativas na área, haverá informações, por exemplo, sobre o processo de licenciamento para obras de impacto ambiental, o Programa Ozônio, o Sistema Brasileiro de Informação sobre Educação Ambiental (Sibea). Haverá indicações de livros ensinando, entre outros procedimentos, como dar destinação final a resíduos industriais, além de publicações contendo reflexões sobre questões ambientais, como a Série de Cadernos do MMA intitulada Biodiversidade.
O MMA preparou também um kit de Educação Ambiental, a ser distribuído exclusivamente para empresas e instituições, mas o público - preenchendo uma ficha - poderá solicitar e receber posteriormente o material. "Nós nos preparamos para atender as demandas de todo o público, do mais ao menos especializado", diz a coordenadora do Centro de Informação e Documentação Ambiental (CID), Elizabet Silva da Mata. "Além de prestar atendimento ao segmento empresarial e às instituições, buscando sanar ou minimizar os efeitos poluentes, vamos propagar a necessidade do permanente debate do tema ambiental, que vêm ocorrendo, por exemplo, nas 'salas verdes", avisa Elizabet.

Leia abaixo sobre alguns programas e outras iniciativas divulgados no estande do MMA na Feira do Empreendedor, que termina no próximo domingo.

Salas verdes - Atualmente, existem 389 salas do gênero em atividade no País, em todos os estados da federação. Essas salas podem ser organizadas em qualquer domicílio público ou privado. Conseguindo o espaço, os interessados contam com apoio direto do MMA, que fornece material bibliográfico. "Por causa da chancela do Ministério ao projeto, tem sido possível aos responsáveis pelas salas obterem o apoio extra de prefeituras, de instituições e de empresas, como a Petrobras, possibilitando melhorar o trabalho", conta o biólogo Anderson Pereira, do CID.

Sibea - O portal do Sistema Brasileiro de Informação sobre Educação Ambiental (Sibea) é uma fonte de informações permanente e atualizada sobre três itens: especialistas, instituições e redes sociais da área ambiental. Elaborado pela Diretoria de Educação Ambiental do MMA e o Instituto Stela, o Sibea faz parte do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (Sinima) e servirá como "ferramenta" de mobilização social para o desenvolvimento e o fortalecimento de ações de educação ambiental no Brasil. O portal foi concebido para que os usuários (principalmente educadores) "naveguem" com facilidade, rapidez e agilidade pelas páginas, e ajudará a organizar os sistemas estaduais de meio ambiente, bem como as redes e os grupos do setor.

Programa Ozônio - Por meio deste Programa, entre outras iniciativas, o MMA entrega a agricultores do País caldeiras a vapor para tratamento de solo, além de um coletor. Os equipamentos possibilitam eliminar o uso do gás brometo de metila, um agrotóxico que agride a camada de ozônio e provoca sérios danos à saúde humana, e que, por esses motivos, teve sua importação proibida no Brasil neste mês. Tanto a caldeira quanto o coletor podem ser aplicados para o tratamento do solo e o controle de formigas sem causar danos ao meio ambiente ou à saúde das pessoas que o manuseiam. Já o brometo de metila agride a camada de ozônio e provoca efeitos nocivos à saúde, como edema pulmonar, perturbações nervosas, insuficiência circulatória e até câncer, entre outras doenças.

A caldeira já é utilizada em outros países, inclusive na vizinha Argentina, onde agrônomos brasileiros vinculados ao plantio de flores tiveram a oportunidade de conhecê-la. Já o coletor solar foi desenvolvido pela Embrapa e possui tecnologia 100% nacional.

Portal do licenciamento - O Portal Nacional do Licenciamento Ambiental (www.mma.gov.br/pnla) reúne na internet informações gerais sobre o licenciamento para empreendimentos de impacto ambiental de todos os estados do País. Ele oferece aos usuários acesso aos dados daquela área, disponíveis nos sites de todos os Órgãos Estaduais do Meio Ambiente (Oemas) no País. O Portal não substitui os sites estaduais. Ele reúne em único espaço informações genéricas sobre os processos de licenciamentos, que podem ser pesquisados por estado, por região e nacionalmente.

Entre as informações que presta, o portal PNLA identifica os órgãos licenciadores no País; informa sobre o processo de licenciamento no setor energético; relaciona empreendimentos em andamento; orienta sobre a legislação; fornece teses, publicações, estudos ambientais, fotografias, vídeos, endereços complementares na internet; indica seminários, cursos e manuais; apresenta avaliações ambientais estratégicas e estatísticas de acesso, além de apontar contatos para fornecimento de novas informações.

Tecnologias ambientalmente saudáveis

Embora não participe desta edição da Feira do Empreendedor, o Ibama desenvolve um dos mais importantes projetos voltados ao empreendedor. Com o objetivo de cultivar uma cultura na adoção de práticas tecnológicas ambientalmente sustentáveis, o Instituto criou em 2004 o portal Ambtec (www.ambtec.gov.br).

Administrado pela Coordenação de Tecnologias Ambientalmente Sustentáveis (CTAS), no âmbito do Projeto do mesmo nome (TAS), o portal oferece ao cidadão sugestões de tecnologias a serem empregadas no dia-a-dia, informações e dados técnico-científicos, documentos e legislação ambiental básica por áreas de interesse, além de links para endereços eletrônicos relacionados e comentados. São mais de 2.000 páginas de informações atualizadas, destinadas a estimular o desenvolvimento, o acesso e transferência dessas tecnologias.

As soluções aparecem organizadas por temas de expressão na área ambiental: Agricultura, floresta e pecuária; Diversidade biológica; Indústria de transformação e construção; Recursos hídricos; Resíduos/Saneamento; Turismo sustentável; Atmosfera/ar; Energia; Mineração; Recursos pesqueiros; Aqüicultura e Solo/subsolo. Um manual, publicado pelo CTAS, ajuda a multiplicar ações na direção da adoção de tecnologias sustentáveis, como exemplos em curso em cada região do País.

O Projeto CTAS tem como parceiros centrais o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e está sintonizado à Política Nacional do Meio Ambiente e à Agenda 21. E seu conceito preponderante é o de que a gestão ambiental só é viável se combinada a esforços em ciência e tecnologia, entrelaçando demandas com ofertas de soluções.

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Audiências públicas debatem criação do Distrito Florestal Sustentável do Carajás

07/05/2007 - O Serviço Florestal Brasileiro promoverá, de 14 a 18 de maio, audiências públicas em quatro municípios dos estados do Pará, Maranhão e Tocantins para debater a criação do Distrito Florestal Sustentável do Carajás. As audiências têm apoio da Casa Civil, de sete ministérios e dos três governos estaduais, e servirão para debater, com os principais interessados, propostas para a criação do Distrito.

Após as audiências, uma minuta de decreto presidencial será elaborada e encaminhada à Casa Civil da Presidência da República. A expectativa é que o decreto de criação do DFS do Carajás saia no segundo semestre deste ano. Todo o material com características da região e potencial do novo distrito estão disponíveis na página eletrônica do Serviço Florestal Brasileiro (www.servicoflorestal.gov.br ); informações poderão ser solicitadas pelo correio eletrônico: info@sfb.gov.br

Distritos Florestais Sustentáveis são áreas delimitadas territorialmente, onde são priorizadas políticas de fomento a atividades administrativas e econômicas sustentáveis. Essas áreas são beneficiárias de políticas fundiária, de infra-estrutura, de desenvolvimento indústrial, de gestão territorial, de assistência técnica e de educação.

A região do Pólo Siderúrgico do Carajás, na fronteira dos estados do Pará, Tocantins e Maranhão, é a maior produtora de minério de ferro do mundo. Ela concentra 14 indústrias processadoras de ferro-gusa, que, juntas, consomem anualmente cerca de 13 milhões de metros cúbicos de lenha, transformada em carvão vegetal para aquecimento dos fornos. Além da atividade de siderurgia, a região abriga 11 pólos madeireiros, que extraem cerca de 3,3 milhões de metros cúbicos de madeira em tora.

A região é também conhecida pela produtividade de carne bovina, abatendo 10 mil cabeças/dia. Dentre as atividades tradicionais, destaca-se a cultura do babaçu, cujo fruto, folhas e tronco possuem grande potencial econômico. A região de Carajás é uma das áreas de maior concentração de assentamentos no Brasil, distribuídos por três milhões de hectares.

Desmatamento - O desmatamento ilegal produziu grande passivo ambiental. A atividade atinge 40% da região e a madeira é explorada de forma predatória. Tanto assim que, de 2005 a 2006, foram apreendidos 200 mil metros cúbicos de carvão; os autos de infração lavrados nesse período resultaram em multas, somadas, no valor de R$ 500 milhões.

Para organizar e regularizar as atividades econômicas locais, o governo federal, liderado pela Casa Civil, e em parceria com os governos do Pará, Maranhão e Tocantins, decidiu estudar a criação de um distrito florestal sustentável na região.

Com foco no reflorestamento, que recuperaria a cobertura nativa, o distrito de Carajás abasteceria as indústrias siderúrgicas de modo sustentável, criando oportunidades de trabalho em 1,5 milhão de hectares de floresta, em 9,6 milhões hectares de área desmatada (para plantio) e mais 4,8 milhões (reserva legal a ser recuperada). Isto equivaleria a uma produção sustentável de madeira na ordem de 5 milhões metros cúbicos de toras para indústria e de 17 milhões de m3 para carvão vegetal.

Dentre as ações planejadas para a região, destaca-se um programa de difusão da silvicultura de espécies nativas, viabilizado por meio de uma parceria entre o Serviço Florestal Brasileiro e a Embrapa. Outros projetos incluiriam o zoneamento ecológico-econômico regional, programas de crédito florestal com compra antecipada, regularização fundiária, programas de desenvolvimento tecnológico de produtos florestais, programa de desenvolvimento regional sustentável.
Fonte: Luiz da Motta/SFB

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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