CÂMARA TÉCNICA DO CONAMA APROVA RESOLUÇÃO DA MATA ATLÂNTICA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2007

18/05/2007 - Adriano Ceolin / Rafael Imolene - A Câmara Técnica de Biodiversidade e Florestas, Fauna e Recursos Pesqueiros do Conama aprovou nesta sexta-feira (18) a resolução que estabelece os critérios para definição dos estágios de regeneração da Mata Atlântica em áreas do estado de Minas Gerais. O documento é utilizado para concessão de licenças ambientais e outros processos florestais.

"São parâmetros que vão ser utilizados em campo por técnicos e órgãos para identificar os estágios. Isso é feito caso a caso, dependendo da licença solicitada", explicou Vigold Schaffer, coordenador Núcleo dos Biomas Mata Atlântica e Pampa.

A definição de estágios atende a uma determinação da Lei da Mata Atlântica. Após ser aprovada na câmara técnica, a resolução terá de ser submetida ao Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), cuja reunião está marcada para os dias 29 e 30 de maio, no Rio de Janeiro.

Uma resolução ad referendum do Conama, do dia 23 de fevereiro, já definia as vegetações da Mata Atlântica e seus respectivos estágios de regeneração em quase todas essas unidades da federação, com exceção de Paraíba e de Minas Gerais.

A resolução nº 388, assinada naquele mês pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na realidade convalidava 17 resoluções do órgão publicadas entre 1993 e 1999. Portanto, a câmara deveria se concentrar apenas nos dois estados restantes. As resoluções foram elaboradas e enviadas a outra câmara técnica, a de Assuntos Jurídicos (CTAJ).

A Câmara Técnica de Biodiversidade e Florestas, Fauna e Recursos Pesqueiros, que funciona como órgão preliminar do Conama, é integrada por sete membros, entre representantes de órgãos e da sociedade civil.

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Semana da Mata Atlântica discutirá nova lei e aquecimento global

18/05/2007 - Rafael Imolene - Porto Alegre vai sediar, de 23 a 26 de maio, a Semana Nacional da Mata Atlântica, evento organizado pelo Ministério do Meio Ambiente para debater políticas de proteção e recuperação do bioma, um dos mais ricos em biodiversidade no planeta. Entre os assuntos a serem tratados, dois deverão receber maior atenção dos participantes: a Lei da Mata Atlântica, aprovada em dezembro de 2006, e a relação entre a recuperação do bioma e o combate ao aquecimento global.

A Semana é organizada pelo MMA em parceria com a Rede de ONGs da Mata Atlântica, o governo do Rio Grande do Sul e a prefeitura de Porto Alegre. De acordo com o coordenador do Núcleo Mata Atlântica da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do ministério, Wigold Schäffer, a recuperação de áreas do bioma contribui para a captura do gás carbono, um dos maiores causadores do efeito estufa. Ou seja, colabora para enfrentar o aquecimento global. "O seqüestro de carbono também gera uma oportunidade para captar recursos por intermédio do protocolo de Quioto, que seriam investidos na recuperação da própria Mata Atlântica", disse.

Ainda de acordo com Schäffer, a Lei da Mata Atlântica (Lei 11.428/2006) também terá destaque. "Ela regulamentou o uso e a conservação dos remanescentes de vegetação em todo o bioma. Se tornou um instrumento extremamente importante para que o País consiga atingir o desmatamento zero e inicie efetivamente um processo de recuperação do bioma", afirmou o coordenador do núcleo. Outros painéis abordarão a luta pela conservação da Mata Atlântica no Brasil e as políticas públicas para o bioma, bem como as ameaças e oportunidades relativas à área, entre outros temas.

A sessão de abertura está programada para as 9 horas do dia 23. Foram convidados para a solenidade a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, a secretária de Biodiversidade e Florestas do MMA, Maria Cecília Wey de Brito, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius e a coordenadora geral da Rede de ONGs, da Mata Atlântica, Kátia Vasconcellos Monteiro, entre outras autoridades estaduais e do município de Porto Alegre.

Nos dias 23 e 24 a Semana terá suas atividades realizadas no Centro Cultural 25 de Julho, localizado na rua Germano Petersen Júnior, 250, no Bairro Auxiliadora da capital gaúcha. Nos dias 25 e 26 de maio o evento prossegue com o Encontro Nacional e Assembléia Geral da Rede de ONGs da Mata Atlântica, no Hotel Swan Tower, que fica na avenida Cristovão Colombo, 3192, no mesmo bairro.

A Semana conta com apoio da KfW e GTZ (Cooperações Financeira e Técnica Alemã, respectivamente), do Banco Mundial, Amigos da Terra, Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Natura, Reserva da Biosfera da Mata Mata Atlântica (MAB/Unesco) e do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil PPG7.

Mata Atlântica - Mesmo reduzido e fragmentado, o bioma é um dos mais ricos do mundo em diversidade de plantas e animais. Projeções indicam que, somente de angiospermas (vegetais cujas sementes estão protegidas no interior dos frutos), a mata possua cerca de 20 mil espécies, ou 35% das existentes no Brasil. Estimativas apontam, ainda, que o bioma abriga 1,6 milhão de espécies animais, incluindo insetos. Atualmente, apenas 3% da área de Mata Atlântica estão protegidos em unidades de conservação de proteção integral. No Rio Grande do Sul, estado originalmente recoberto por 36,5% de Mata Atlântica, atualmente apenas 17% do seu território mantêm a vegetação nativa do bioma.

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Conama se reúne para definir estágios da Mata Atlântica em Minas Gerais

14/05/2007 - Rafael Imolene - A Câmara Técnica de Biodiversidade, Fauna e Recursos Pesqueiros do Conama se reunirá nesta sexta-feira (18), em Brasília, para definir os estágios de regeneração da Mata Atlântica em Minas Gerais. O fim do processo possibilitará ao estado dar continuidade a seus projetos florestais. A definição dos estágios sucessionais atende à exigência da Lei da Mata Atlântica, aprovada em dezembro, que confere ao Conselho Nacional do Meio Ambiente 180 dias para aprovar resoluções referentes a todos os estados onde há ocorrência do bioma.

Uma resolução ad referendum do Conama, do dia 23 de fevereiro, já definia as vegetações da Mata Atlântica e seus respectivos estágios de regeneração em quase todas essas unidades da federação, com exceção de Paraíba e de Minas Gerais. A resolução nº 388, assinada naquele mês pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na realidade convalidava 17 resoluções do órgão publicadas entre 1993 e 1999. Portanto, a câmara deveria se concentrar apenas nos dois estados restantes. As resoluções foram elaboradas e enviadas a outra câmara técnica, a de Assuntos Jurídicos (CTAJ).

No dia 9 de maio, entretanto, a CTAJ entendeu que as exigências da Lei 11.428 (Lei da Mata Atlântica) não estavam todas contempladas, e solicitou que a matéria retornasse à Câmara de Biodiversidade para ser finalizada. O artigo 4º da Lei pede especificações para definir os estágios de regeneração, tais como fisionomia da vegetação, diâmetro e altura das árvores, entre outros critérios. Em um voto de confiança, o trabalho poderá ser concluído pela câmara sem a necessidade de uma vez mais passar por análise da CTAJ. Assim, será encaminhada diretamente para a 50ª Reunião Plenária Extraordinária do Conama, programada para os dias 29 e 30 de maio, no Rio de Janeiro.

Se for aprovada, a resolução entrará em vigor e os órgãos ambientais de Minais Gerais serão capazes de dar continuidade aos processos florestais no bioma, hoje suspensos, tais como o corte de árvores e os planos de manejo. A resolução relativa ao estado da Paraíba, já aprovada pela CTAJ, também estará na pauta de votações da reunião plenária do Rio. A reunião da Câmara Técnica de Biodiversidade está programada para começar às 9h30, dia 18, na sala Multimídia do Ministério do Meio Ambiente.
Foto: MMA

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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