PRIMEIRO ENCONTRO DE PARTEIRAS XAVANTE DEBATE MEDICINA TRADICIONAL EM BRASÍLIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2007

18 de maio - Ai´Utedzapari´Wa Nõri Parteiras A´Uwê Xavante é a terminologia Xavante (povo localizado no estado do Mato Grosso) que significa "aquela que recebe a criança" – ou seja, a mulher indígena responsável por todos os procedimentos medicinais e ritualísticos envolvidos no nascimento de um novo Xavante. Esse será o foco do Primeiro Encontro Parteiras Xavante, que acontecerá em Brasília (DF), entre os dias 21 e 24 de maio. A meta é estabelecer um diálogo das parteiras, mediado por uma associação Xavante, com órgãos governamentais, para que as suas práticas sejam reconhecidas pelo sistema nacional de saúde. O evento será realizado pela Associação Xavante Warã em parceria com a Coordenação Geral de Educação da Fundação Nacional do Índio (CGE-Funai), Área de Medicina Tradicional Indígena – Projeto Vigisus II- Funasa e Instituto Sociedade População e Natureza (ISPN).

Como parte das atividades, será apresentado o livro Ai´Utedzapari´Wa Nõri Parteiras A´Uwê Xavante que reúne o conhecimento tradicional do povo Xavante e o registro cuidadoso de suas técnicas medicinais, alimentícias e ritualísticas. O encontro encerra uma série de atividades desenvolvidas nos últimos dois anos pelo projeto Valorização das Práticas de Parto Tradicional: Dieta Alimental e Medicinal na Gestação e Parto financiado pelo PPP – GEF – PNUD e co-financiado pelo Projeto Vigisus e CGE - Funai.

O trabalho identificou um alto índice de mulheres Xavante fazendo parto cesariano nas cidades vizinhas às aldeias, além de muitos casos de desnutrição em recém-nascidos que poderiam ser evitados pelas mulheres anciãs. “O encontro servirá para propor ao governo que as práticas medicinais das mulheres indígenas sejam apoiadas, e sirvam de base para a elaboração da política pública da saúde indígena”, diz o representante da Associação Xavante Warã, Hiparidi Top'Tiro. No primeiro dia do encontro, 45 mulheres apresentam uma dança tradicional Xavante seguida de uma amostra da sua culinária tradicional, baseada em milho, peixe e beju, abóbora e mandioca.

De acordo com a gerente da área de Medicina Tradicional Indígena do Projeto Vigisus II (Funasa), Luciane Ferreira, “a importância dos partos tradicionais Xavantes motivou apoiar este projeto e, assim, contribuir para a construção de estratégias de articulação entre os sistemas médicos indígenas e o sistema oficial de saúde, para a efetivação do direito à atenção diferenciada a saúde indígena e para a solução de certos agravos à saúde, como os casos de desnutrição infantil enfrentados atualmente", observa. O objetivo do livro é informar jovens mulheres Xavantes sobre as práticas de parto indígena. Futuramente, será colocado à venda ao público em geral.

Para a coordenadora-geral de Educação da Funai, Maria Helena Fialho, a iniciativa de organização das mulheres Xavante, no contexto atual, é muito importante para manutenção e valorização da cultura, dos costumes, da organização do trabalho e da pedagogia Xavante. “Hoje com as mudanças socioeconômicas e culturais que temos sofrido, o papel das mulheres que tem a função de cuidar das crianças, registrar os conhecimentos tradicionais para utilização nas comunidades ajudará a garantir o futuro da cidadania Xavante”.

O encontro, que será realizado no Hotel Fazenda Retiro das Pedras (DF 495 Km 8 – Brasília-DF, a 30 km do plano piloto) conta com apoio e parceria do Ministério da Justiça (Funai-CGE), Ministério da Saúde (Funasa-Vigisus), Banco Mundial, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e ISPN.

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Funai leva artesanato de 60 povos em Feira Internacional no Paraná

17 de maio - A 18ª Feira Internacional de Artesanato, maior e mais tradicional feira do segmento no Brasil, apresenta trabalhos de artesãos de 30 países e de 17 estados brasileiros. Um dos destaques é a participação da Fundação Nacional do Índio (Funai), que, por meio da loja Artíndia, leva para a capital paranaense pela sexta vez o trabalho de diferentes povos indígenas de várias regiões do Brasil.

Segundo a Coordenação Geral de Artesanato da Funai, o Programa Artíndia tem como objetivo divulgar e comercializar o artesanato de índios e promover a diversidade cultural deste povo. Toda a renda das vendas é revertida para a aquisição de novas peças. Além de peças de decoração, colares, anéis e utensílios, quem visitar este estande poderá conhecer um pouco mais da história destes grupos por meio de vídeos e músicas da cultura indígena.

Atrações

Este ano, a feira terá como novidade expositores de países que nunca estiveram na feira: Zimbábue, Uganda, Tunísia, Ruanda, Tanzânia, Iêmen e região da Palestina. “Acompanhamos as feiras internacionais de artesanato pelo mundo e percebemos que os artesãos desses países têm trabalhos lindos, que representam bem sua cultura e tradição. Certamente encantarão ainda mais os visitantes da feira”, aponta Jackson Hara, gerente de Marketing da Diretriz, organizadora do evento.

Também confirmaram presença artesãos da África (África do Sul, Quênia, Egito, Marrocos), da Ásia (Indonésia, Líbano, China, Índia, Síria, Paquistão, Taiwan, Nepal e Irã), da Europa (Itália, Rússia, Turquia e Portugal) e das Américas (Brasil, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador e México). Os estados brasileiros representados são: Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

São 200 expositores apresentando trabalhos de 1.200 artesãos como pulseiras, tapetes, enfeites, porta-chaves, móveis, roupas, porta-retratos, quadros, colares, luminárias, esculturas e uma infinidade de outras opções para usar, decorar e presentear. Além de fazer compras, os visitantes poderão conhecer as culturas e histórias sobre o significado e característica de cada produto, como, por exemplo, a produção das pashiminas indianas, feitas com pêlo do peito de cabras selvagens; as máscaras quenianas em madeira ébano, uma das mais raras e resistentes do mundo; as bolsas em capim dourado, espécie só encontrada na região do Jalapão, no Tocantins, e por aí afora.

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Funai reforça Administração Regional em Mato Grosso do Sul

15 de maio - A Funai está realizando uma reestruturação administrativa, para qualificar o atendimento aos povos indígenas em todo o país. Uma das alterações foi a implantação da Administração Executiva Regional do Cone Sul do Estado do Mato Grosso do Sul, com sede em Dourados/MS. Com esta medida, a Administração Regional de Amambai/MS passa a operar como Núcleo de Apoio Operacional, que estará subordinado à nova administração.

A Funai decidiu realizar esta mudança para aumentar a capacidade de gestão administrativa da região do Cone Sul, que abrange a fronteira do Brasil com o país vizinho Paraguai. A Funai vai garantir a estrutura necessária para o atendimento dos povos Guarani Kaiowá e Guarani Ñandéva, que serão assistidos pelo novo núcleo de Amambai.

 
 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio (www.funai.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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