AGROENERGIA APROXIMA EMBRAPA E PETROBRAS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Maio de 2007

(20/05/2007) - A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e Petrobras costuram parcerias em agroenergia para resolver questões relativas à produção de óleos vegetais, zoneamento agroclimático e desenvolvimento de co-produtos a partir de resíduos como torta de mamona, glicerol e bagaço da cana-de-açúcar. A estratégia vai somar a competência da Embrapa em agricultura tropical e o domínio da Petrobras na produção e distribuição de energia, potencializando a competitividade do setor agroenergético do país.

O elo agrícola, apesar dos avanços com soja, mamona e girassol para produção de biodiesel, ainda precisa de tecnologias para reduzir custos da matéria-prima e aumentar a produtividade da fração lipídica. Também faltam saídas para o aproveitamento dos resíduos industriais. Hoje, o glicerol, resultante da extração do óleo de mamona, já soma 1.3 milhões de toneladas/ano em todo o mundo, sendo que a indústria química absorve apenas 1 milhão de toneladas/ano. “Já temos um excedente e falta tecnologia para criar novos mercados para este subproduto”, salientou Alberto Oliveira Fontes Júnior, coordenador do Programa de Energias Renováveis da Petrobras.

Estimativas da Petrobras apontam que os rejeitos do bagaço e da palha de cana-de-açúcar seriam suficientes para quase dobrar a produção de álcool no Brasil com a inclusão de mais de 13 bilhões de litros/ano. Mas para isto, o desafio é consolidar as tecnologias para o processamento da fibra lignocelulósica. Uma das respostas pode ser o emprego de enzimas produzidas por fungos e que são alvo de pesquisas na Embrapa Agroindústria de Alimentos e na Petrobras (Rio de Janeiro-RJ).

“Não podemos perder o momento em que a cooperação das duas empresas é essencial para reformatar a matriz tecnológica de energia”, frisou José Geraldo Eugênio de França, diretor-executivo da Embrapa que esteve no encontro que reuniu técnicos da Embrapa e da Petrobras, na última segunda-feira, no Rio de Janeiro (RJ), para discutir prioridades e mecanismos de parceria.

Alternativas

A agroenergia está presente na Embrapa em quatro grandes redes focadas em biodiesel de espécies novas e tradicionais, florestas energéticas, cana-de-açúcar e aproveitamento de resíduos (co-produtos). Recentemente, a empresa criou um centro específico, a Embrapa Agroenergia (Brasília-DF), retratando a importância do tema bem como seus impactos econômicos, sociais e ambientais.

Alguns resultados já são palpáveis como a avaliação e recomendação de oleaginosas promissoras de acordo com as características de cada região e o melhoramento genético da cana-de-açúcar. São ações de unidades como Embrapa Soja (Londrina-PR), Embrapa Algodão (Campina Grande-PB) e Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju-SE) associadas a universidades e diversos parceiros.

Na área de co-produtos, a Embrapa Agroindústria de Alimentos (Guaratiba-RJ), junto a Embrapa Algodão, Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza-CE), Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF), e com apoio da Universidade Estadual do Norte Fluminense e a Universidade Federal de Alagoas, lidera pesquisas para tornar a torta de mamona um produto viável para ração animal por meio da destoxificação da ricina por extrusão termoplástica.

A iniciativa minimizará o passivo ambiental da torta e colocará no mercado um produto de alto valor agregado e de impacto importante para a pecuária do Nordeste, que carece de rações, mas tem as maiores áreas de cultivo de mamona. A Petrobras também possui pesquisas nesta linha o que reforça a necessidade de atuação interinstitucional.

Outra alternativa vem da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ), que propõe transformar a biomassa residual em biochar, um produto similar à terra preta de índio, que serve para enriquecer e proteger o solo. Novos encontros definirão as atividades, papéis dos parceiros e formas de financiamento das pesquisas.
José Geraldo Eugênio de França
Diretor-Executivo da Embrapa
Amauri Rosenthal
Chefe-Geral da Embrapa Agroindústria de Alimentos
Alberto Oliveira Fontes Junior
Coordenador do Programa de Energias Renováveis da Petrobras
Soraya Pereira - Embrapa Agroindústria de Alimentos

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Paraíba irá sediar fórum sobre bioenergia e produção de alimentos

(22/05/2007) - A Embrapa Algodão será um dos promotores do evento internacional “Foro: Agricultura Tropical, vida e energia – Brasil e África Lusofônica”, que vai ocorrer na capital paraibana entre os dias 25 a 29 de fevereiro de 2008. Liderado institucionalmente pelo Ministério de Relações Exteriores (MRE), através de sua Agência Brasileira de Cooperação (ABC), e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), através da Embrapa, o evento vai discutir questões relacionadas à bioenergia e à produção de alimentos dada a relevância do problema da fome no mundo e na África.

Em parceria com a Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa) e com a ABC, o evento tem como objetivo contribuir com o bem-estar dos grupos sociais mais vulneráveis e à maior autonomia energética dos países participantes da iniciativa. O evento é concebido para embaixadores, ministros, autoridades e empresários, além de representantes de organizações estratégicas da sociedade civil de Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe. Durante o evento os representantes dos países devem assinar convênios, acordos e contratos científicos, técnicos e comercias.

A comissão de coordenação geral do foro é composta pelo chefe geral da Embrapa Algodão, Robério Ferreira dos Santos; pelo Presidente da Emepa, Miguel Barreiro Neto, e pelo assessor de cooperação técnica da ABC. João Carlos Reis Soub.

A realização do foro tem como objetivo oferecer condições ideais para que autoridades brasileiras e africanas discutam, negociem e criem vínculos político-institucionais, técnico-científicos e comerciais sustentáveis. “Estes vínculos poderiam inclusive vir a ser uma referência para outras iniciativas entre o Brasil e outros países do continente africano”, comenta Ferreira.

O que se espera do Foro é uma melhor compreensão dos interesses científicos, técnicos e comerciais, das demandas e ofertas atuais e potenciais de cooperação e dos modos sustentáveis de cooperação entre o Brasil e os países africanos de língua portuguesa em temas estratégicos da agricultura tropical, com ênfase inicial em alimentação e bioenergia”, acrescenta o executivo da estatal.

Os idealizadores do evento pretendem também que o foro possa gerar insumos estratégicos para revisão de antigos e formulação de novos programas de cooperação Brasil-África, além de firmar convênios científicos, acordos técnicos e contratos comerciais entre o Brasil e os países participantes associados a temas da agricultura tropical, com ênfase em alimentação e bioenergia. O projeto ainda está buscando fechar parcerias estratégicas com outras instituições para apoio e patrocínio do evento.
Dalmo Oliveira

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Embrapa participa do seminário “Biocombustíveis e Biodiversidade”

(26/05/2007) - Criado em 1993 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o dia internacional da biodiversidade é comemorado, desde 2000, no dia 22 de maio, aniversário da adoção da Convenção para a Diversidade Biológica. Preocupada com o desaparecimento de espécies animais e vegetais, a Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio) promoveu hoje (25/05) o seminário “Biocombustíveis e Biodiversidade”. O evento contou com a participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O chefe-geral da Embrapa Agroenergia (Brasília-DF), Frederico Durães, representou a instituição no painel “Políticas e Perspectivas para Etanol e Biodiesel”. Segundo ele, há áreas no Brasil que podem ser utilizadas para o cultivo de espécies que produzem energia, sem que isso signifique destruir os ecossistemas característicos das diferentes regiões. São cerca de 210 milhões de hectares de pastagens, dos quais cerca de 70% não se constituem de vegetação nativa. Também destacou que a pesquisa está atuando para aumentar a produtividade das espécies, sem que isso signifique incorporar novas fronteiras agrícolas.

Segundo ele, a cana-de-açúcar, por exemplo, está em áreas concentradas no Brasil. Das 558 regiões do Brasil, apenas 6 respondem por 25% da produção dessa commodity; 44, correspondem a 75%. “Do ponto de vista de agricultura de energia e alimentar, o foco principal não é discutir área. Nós temos área no Brasil continental absolutamente suficiente. Além de área, a concorrência é por insumos modernos, por recursos, por meios para fazer a agricultura de alimentos e a energética crescer”, argumentou Durães.

Comemorações

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) comemorou hoje o Dia Internacional da Biodiversidade, com palestras, mostra de vídeos, lançamento de livros e de um serviço no Portal Brasileiro sobre Biodiversidade (PortalBio). O evento foi organizado pela Diretoria de Conservação da Biodiversidade da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, com apoio da Convenção sobre Diversidade Biológica e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Vitor Moreno
Assessoria de Comunicação Social – Embrapa

 
 

Fonte: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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