GOVERNO E UNICA ASSINAM PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO PARA DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Junho de 2007

04/06/2007 O governador José Serra assinou um Protocolo de Cooperação entre o governo do Estado e a UNICA – União da Agroindústria Canavieira de São Paulo, para a adoção de ações destinadas a consolidar o desenvolvimento sustentável da indústria paulista da cana-de-açúcar. A assinatura do documento ocorreu na tarde desta segunda-feira, 4/5, durante a realização do evento internacional “São Paulo Ethanol Summit”. O secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano, participou do evento presidindo a mesa que teve como tema “Os Gargalos Institucionais para o Desenvolvimento dos Biocombustíveis”.

A adesão ao Protocolo - que tem prazo de vigência de 5 anos - , por parte dos produtores de cana e das indústrias que a processam, será voluntária. Ao aderir ao Protocolo, os produtores e indústrias deverão, entre outras iniciativas, antecipar o prazo final para a eliminação das queimadas da palha de cana-de-açúcar, de 2021 para 2014 e, em 2010, adiantar o percentual de cana não queimada, de 50%, para 70%; e, nos terrenos com declividade acima de 12%, antecipar o prazo final para a eliminação da queima de cana, de 2031 para 2017, adiantando o percentual da cana não queimada, em 2010, de 10% para 30%. Nas áreas de expansão dos canaviais, não será permitida a queima da cana.

Os que assinarem o protocolo deverão, também, proteger as áreas de mata ciliar, assim como as nascentes de água das áreas rurais do empreendimento canavieiro, recuperando a vegetação ao seu redor, e, ainda, implementar Plano Técnico de Conservação do Solo, incluindo o combate à erosão. Outras iniciativas incluem a implementação de Plano Técnico de Conservação de Recursos Hídricos, incluindo programa de controle da qualidade da água e o reuso da água utilizada no processo industrial, e a adoção das boas práticas para descarte de embalagens vazias de agrotóxicos.

Ao poder público, caberá fomentar a pesquisa para o aproveitamento energético e econômico da palha da cana-de-açúcar, apoiar a instalação de infra-estrutura logística sustentável para a movimentação de produtos da agroindústria da cana no Estado e a redução do tráfego de veículos pesados nas regiões metropolitanas e nos acessos aos portos, bem como conceder o certificado de Conformidade Agro-Ambiental aos produtores agrícolas e indústriais que aderirem ao Protocolo e atenderem as determinações técnicas constantes deste Protocolo.

“O aumento do uso do etanol combustível tem um efeito muito bom na redução da emissão dos gases de efeito estufa. Mas é essencial ter mais países produzindo e exportando o etanol. Ninguém vai mudar sua matriz energética, se não tiver a garantia de preço e fornecimento. Ao mesmo tempo, por mais que os Estados Unidos aumentem sua produção de etanol, ela será absorvida pelo mercado interno americano. O lugar de líder na produção para exportação está garantido para o Brasil”, afirmou o governador José Serra.

Gargalos Institucionais

Durante a coordenação do painel, o secretário Graziano enfatizou o fato “de vivermos um momento em que o mundo se abre para os biocombustíveis, cuja tecnologia foi construída no Brasil, durante três décadas. É claro que os gargalos aparecem, seja do ponto de vista técnico, econômico, ambiental ou social. Precisamos construir mecanismos eficazes para garantir boas condições de estocagem, assegurando aos consumidores um produto de qualidade e em quantidade suficiente para atender a demanda”.

Graziano considera que a assinatura do protocolo trará maior união aos setores envolvidos, por ser o resultado de um trabalho de vários meses, muito discutido e debatido, que culminou num planejamento para o setor. ”Ao ser colocado em prática, certamente eliminará alguns gargalos no processo produtivo”, comentou.

O senador Aloizio Mercadante, também presente ao evento, considera que o setor vai viver uma década das mais promissoras do agronegócio no Brasil. Informou que nos próximos quatro anos haverá cinco novas usinas instaladas só no Estado de São Paulo. “O esforço para mitigar o efeito estufa vai acelerar a substituição da matriz energética. Nos últimos anos, o consumo de gasolina no país aumentou 2,7%, enquanto o de álcool cresceu 47%. O motor flex deu aos consumidores a possibilidade de consolidar o uso do álcool combustível. Temos muitas vantagens competitivas, mas não podemos perder essa posição por falta de uma visão estratégica para o setor”, afirmou Mercadante.

Para o senador João Tenório, é preciso definir um desenvolvimento ordenado para o setor, que está segregado nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Não existe produção na região Nordeste, que apresenta um clima excelente para o plantio de cana. “É preciso estabelecer políticas públicas para ordenar a produção, porque é impossível para um produtor do Nordeste competir com toda a logística disponível nas demais regiões”, destacou.

Em relação à polêmica de que a cana vai invadir a região amazônica, todos os expositores foram unânimes ao afirmar que não existe esse perigo, porque o clima da amazônia não permite o desenvolvimento satisfatório da cana-de-açúcar.
Texto: Cris Olivette
Foto: Pedro Calado

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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