JOGOS PAN-AMERICANOS NO RIO SERÃO “ANTIECOLÓGICOS”, DIZ AMBIENTALISTA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2007

5 de Junho de 2007 - Luiza Bandeira - Da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Entidades civis de defesa ambiental temem que os Jogos Pan-Americanos no Rio aumentem os problemas ecológicos da cidade. O ambientalista Sérgio Ricardo de Lima, da organização não-governamental Os Verdes, afirma que várias medidas deveriam ter sido implementadas pela organização dos jogos.

Entre elas, a despoluição da Baía de Guanabara, a adoção da reciclagem e da coleta seletiva e o uso de transportes com combustíveis alternativos e menos poluidores. "O nosso Pan vai ser um Pan antiecológico, vai ser um Pan cinza, em vez de um Pan verde", critica Sérgio Ricardo de Lima.

Segundo ele, não foi realizado um inventário de emissões atmosféricas do processo de construção e durante os jogos. A prefeitura do Rio e o governo do estado contrataram ontem (4) a Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da UFRJ (Coppe) para realizar estudos nessa área. Entre as medidas de compensação a serem adotadas estão plantio de árvores, produção de composto orgânico e/ou queima de gás metano.

Por meio da assessoria, a Secretaria de Meio Ambiente diz que Agenda Ambiental dos Jogos Olímpicos está sendo cumprida. Hoje (5), estava previsto o plantio de mais de cem mil mudas para formar o corredor verde do Pan, visando uma melhor qualidade do ar no futuro.

A secretaria afirma que realizou estudos de impacto ambiental, instalou estações de tratamento de esgoto e implementou projetos para diminuir o consumo de energia. O investimento na retirada do lixo flutuante da Baía da Guanabara estaria em R$ 120 mil por mês.

O coordenador de projetos de resíduos sólidos da Companhia municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), Mauro Wanderley, diz que a coleta seletiva de lixo é feita em 42 bairros da cidade. "Nosso maior problema é informar a população a respeito da coleta, são problemas operacionais. Mas a coleta seletiva é feita", afirma Wanderley.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Transportes, não cabe à secretaria decidir sobre o uso de transportes com combustível alternativo. A secretaria pretende, no entanto, colocar em circulação 3 mil ônibus que utilizam biocombustíveis nos próximos anos.

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Ambientalista pede maior uso da energia solar

4 de Junho de 2007 - Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O Brasil é um dos países que tem um dos maiores potenciais de aproveitamento da energia solar do mundo, mas essa fonte natural e praticamente inesgotável ainda é pouco utilizada em nossa economia. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira de Energias Renováveis e Meio Ambiente (Abeama), Ruberval Baldini, que pede maior participação do governo federal para criar incentivos ao uso desse tipo de energia.

"É preciso decisão governamental de apoiar mais a energia solar. O foco em energia solar nunca esteve presente neste governo nem nos anteriores. Nós temos uma insolação que é a segunda maior do mundo, mas no uso estamos bem abaixo de outros países, que têm menor recursos que a gente", afirmou Baldini.

Para ele, o país precisa avançar no uso das energias renováveis. O ambientalista diz que a energia solar ficou esquecida. "Houve momentos em que se criaram vários projetos, mas programas como o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas) não prevêem energia solar. Há programas dentro da Eletrobrás, como o Procel, mas ainda é incipiente. Porque não há uma conscientização de que a energia solar pode ser utilizada pelo cidadão comum."

Baldini explica que o potencial maior, no momento, é o de utilizar a energia do sol para o aquecimento de água, que pode substituir os chuveiros elétricos nas residências e as caldeiras em hotéis e clubes. No caso das placas de energia solar fotovoltaica (que geram energia elétrica), ele reconhece que o investimento é maior e que a aplicação é localizada, com uso favorável em localidades isoladas, longe das linhas de transmissão de energia elétrica.

Porém, o ambientalista diz que a maior barreira para o uso dos painéis fotovoltaicos é o custo, apesar do país já dominar a tecnologia e ser um dos maiores produtores da matéria-prima básica dos equipamentos, o silício.

"A base do produto é o silício e o Brasil é o maior produtor de silício do mundo. Nós exportamos silício e importamos em forma de chip e equipamentos eletrônicos. Temos que comprar painéis solares lá fora, a partir do silício que fabricamos, o que torna tudo mais caro." Segundo ele, as fábricas no Brasil são apenas de painéis solares térmicos e não há produção de painel fotovoltaicos.

Atualmente, estima, o custo para instalar um sistema de aquecimento solar que atenda uma família de quatro pessoas gira entre R$ 2,5 mil a R$ 3,5 mil. "O custo inicial de instalar um painel solar térmico é alto. Mas se você pegasse um financiamento a taxa zero, pois o país está economizando energia, deixando de construir uma nova Itaipu, isso se torna viável."

Ruberval Baldini afirma que a única forma de popularizar os painéis solares é dividir o custo em muitas parcelas, o que seria equivalente ao valor que o consumidor paga pelo gasto de energia elétrica mensal: "Deveria haver uma campanha de concessão de crédito direto ao consumidor, que poderia pagar em 36 vezes".

Faltam campanhas de incentivo ao uso da energia solar, que deveria começar nas escolas, diz: "Em países como Alemanha, Espanha e Japão houve incentivos para dar capacitação econômica para a população comprar e hoje os painéis solares são realidades por lá".

"A energia solar não se insere fortemente devido a uma questão de política, de definição. Se forem reduzidos os impostos nesses equipamentos, se houver incentivo às indústrias e for oferecida a dedução no Imposto de Renda à compra dos sistemas, como já foi feito em outros países, haverá incentivo para todos irem em busca da energia solar", conclui.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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