MAPEAMENTO INÉDITO IDENTIFICA OCORRÊNCIA E QUALIDADE DA ÁGUA NO SUBSOLO NO NORDESTE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2007

1 de Junho de 2007 - Thais Leitão - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Um mapeamento inédito revelando características dos recursos hídricos do Nordeste brasileiro foi lançado hoje (1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os primeiros estados retratados foram a Paraíba e o Rio Grande do Norte. O estudo traz informações sobre a localização dos sistemas aqüíferos subterrâneos (conjunto de rochas capazes de armazenar água no subsolo) e a qualidade da água para o consumo ou irrigada para a utilização na agricultura.

De acordo com o geólogo do IBGE Sidney Ribeiro, os dados vão auxiliar a gestão de políticas públicas e o desenvolvimento econômico da região, que enfrenta diversos problemas causados pela seca.

"A partir de todas essas informações, é possível, por exemplo, evitar a salinização da terra, através da irrigada com uma água imprópria para esse fim. Assim, a gente permite que ela seja aproveitada também por outras gerações", explicou.

O geólogo informou que o mapeamento revelou que o estado do Rio Grande do Norte conta com um armazenamento de água potável significativo na região litorânea. Em outras áreas, mais distantes do litoral, segundo o estudo, a água tem um teor elevado de salinização. Por isso, para ser consumida ou utilizada na agricultura, ela precisa sofrer um processo de
dessalinização.

A Paraíba, revela ainda o mapa, conta com uma condição ainda mais crítica. A área que armazena a água de melhor qualidade, localizada ou na região litorânea ou muito no interior, só retêm água nos períodos de grandes chuvas. "Como há distribuição irregular de chuvas, em boa parte do ano a situação é crítica para o consumo de água", disse.

Para desenvolver o estudo, o IBGE contou com o apoio da Universidade Federal de Pernambuco, que realizou coletas de água da região e analisou as amostras.

O Instituto apresentou ainda um outro mapa, que já está em sua segunda edição, atualizando as unidades de relevo no país, como depressões, morros, montanhas e vales. Na primeira edição, lançada em 1993, foram identificadas 65 unidades, a atual traz 167. De acordo com o instituto, esse maior detalhamento é fundamental porque o relevo tem uma relação de causa e efeito com o clima, a vegetação e os solos e ainda influencia a distribuição da população, além de condicionar as atividades econômicas e estruturação da rede viária.

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IBGE mapeia animais com risco de extinção no país

1 de Junho de 2007 - Thais Leitão - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística lançou hoje (1º) um mapeamento dos animais da fauna brasileira ameaçados de extinção. Com base em uma lista do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de 2003, o IBGE revela o local que configura o habitat natural desses animais que correm risco de desaparecerem do cenário nacional. De acordo com o IBGE, o caso mais grave é o da perereca Phrynomedusa fimbriata, comum em Paranapiacaba, na região de Santo André (ABC), já considerado extinto.

A lista do Ibama, que serviu de base para o estudo, apontava um total de 105 espécies e subespécies de animais sob ameaça de extinção, entre mamíferos, répteis e anfíbios. Alguns exemplos são a baleia-azul, o mico-leão-de-cara-preta, o mico-leão-preto, tartaruga-de-couro, macaco-prego-de-peito-amarelo e peixe-boi-marinho.

De acordo com o estudo, a região Sudeste é onde há o maior número de espécies em risco de extinção. Das 105 totais, 39 ocorrem no Rio de Janeiro, 38 em São Paulo e 37 em Minas Gerais.

De acordo com Lícia Leone Couto, bióloga do IBGE, a extinção dos animais está ligada ao desenvolvimento econômico. "Essa região de mata atlântica é muito atingida por devastações das florestas por construções imobiliárias e abertura de estradas. Geralmente, a região que tem maior progresso, onde o homem penetrou mais, também tem maior destruição no habitat natural das espécies", explicou.

No outro extremo, aparece a Região Norte. O estado do Acre, por exemplo, conta com sete animais na lista do Ibama; Roraima com oito e Rondônia e Amapá, cada um com dez. A bióloga do IBGE explica que na região as florestas ainda prevalecem com menor grau de devastação para construções imobiliárias.

Ainda segundo a bióloga do IBGE, que considera alto o número de animais em risco de extinção no país, os principais fatores para o desaparecimento, além da destruição do hábitat, são a poluição do ar e das águas, a caça predatória e o comércio ilegal de animais, tanto para fins ornamentais, como para abastecer zoológicos internacionais.

Segundo Lícia Couto, “com base nos dados, que ficam mais evidentes quando organizados espacialmente em um mapa, é possível observar a real situação da conservação das espécies da fauna brasileira e, com isso, nortear ações públicas de preservação, como a criação de novas unidades de conservação”.

No ano passado, o IBGE divulgou o mapa de aves ameaçadas. Neste ano, deverá publicar, ainda, um mapa contendo 130 espécies e subespécies de insetos e demais invertebrados terrestres. Em 2008, será a vez dos peixes e invertebrados aquáticos.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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