BIOCOMBUSTÍVEIS: GOVERNOS NORTE-AMERICANO E BRASILEIRO DISCUTEM INVESTIMENTOS EM PESQUISA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2007

13/06/2007 - O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, recebeu hoje comitiva do United States Department of Agriculture (USDA), para discutir programas de cooperação em pesquisa e inovação na produção de biocombustíveis. “Juntos, Estados Unidos e Brasil produzem 80% do etanol mundial. E, como a demanda deve aumentar nos próximos anos, é importante investir para aumentar a produtividade”, acredita Stephanes.

Apesar de utilizarem matérias-primas diferentes para produzir etanol – Brasil usa cana-de-açúcar e Estados Unidos, milho -- há possibilidade de pesquisa conjunta no campo de biocombustíveis, especialmente nos de segunda geração. “São aqueles produzidos a partir da lignocelulose, ou seja, do bagaço do milho ou da cana”, explica o presidente da Empraba, Sílvio Crestana. De acordo com Crestana, o laboratório da Embrapa nos Estados Unidos, Labex, é um canal importante para compartilhar conhecimento sobre o assunto.

“Apenas com investimentos em pesquisa será possível atingir as metas de substituição de gasolina por etanol estabelecidas pelo governo norte-americano”, acredita o subsecretário para Pesquisa, Educação e Economia do USDA, Gale Buchanan. O investimento dos EUA em biocombustíveis de segunda geração chega a US$ 1,6 bilhão.

Os assuntos que devem integrar o programa de cooperação em pesquisa e inovação só serão definidos depois da Conferência da USDA sobre etanol, a ser realizada nos EUA em agosto. “Esperamos uma agenda clara de cooperação entre os dois países até outubro”, informa Crestana.

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STEPHANES ANUNCIA AUMENTO DA MISTURA DO ÁLCOOL NA GASOLINA

13/06/2007 - O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, anunciou hoje (13/06) que o governo federal decidiu aumentar de 23% para 25%, em todo o território nacional, o percentual obrigatório de mistura de álcool anidro à gasolina automotiva. Aprovada pelo Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool (Cima), presidido por Stephanes, a medida entrará em vigor a partir de 1º de julho e atende pleito do setor sucro-alcooleiro diante da expectativa do aumento da produção do combustível.

“Tomamos essa medida porque houve aumento da oferta e os preços do produto caíram muito para a usina, em torno de 30%, embora não tenha chegado ainda ao consumidor final, mas esperamos que chegue até ele em breve”, justificou. Para o ministro, um das preocupações do governo federal é evitar essa volatilidade dos preços e da oferta. ”Esse foi um dos principais pontos que discutimos hoje pela manhã com os representantes do setor sucroalcooleiro.”

O ministro informou que o governo está trabalhando em três linhas de ação para minimizar esse cenário. Os contratos de longo entre distribuidoras e fornecedores são a primeira delas. A segunda medida é a comercialização do produto na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). A terceira opção citada pelo ministro é a formação de estoques reguladores. Neste sentido, será formado um grupo de trabalho entre o Mapa, o MME e a cadeia produtiva, cujos trabalhos se iniciam na próxima semana.

Stephanes explicou que o governo levou em conta também vários outros fatores para tomar a decisão: “Como divulguei no final de maio, as primeiras estimativas para a safra 2007/2008 apontam para 476 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e esse volume nos permite prever uma produção de álcool combustível de aproximadamente 20 bilhões de litros”. Segundo o ministro, este volume será suficiente para atender o mercado interno (16,1 bilhões de l) e mais as exportações (cerca de 3,6 bilhões).

Outros argumentos citados por Stephanes foram a antecipação da safra 2007/2008 para o mês de abril e o início das operações de 19 novas unidades produtoras, com um perfil mais alcooleiro. “Um dos fatores que considero muito importante nesse cenário são os ganhos ambientais e econômicos decorrentes da elevação da mistura do combustível”. Além disso, disse o ministro, este aumento não trará riscos ao suprimento interno, nem pressão sobre os preços ao consumidor final.

Desde o dia 1º de março de 2006, a mistura admitida na gasolina era de 20%, ocasião em que houve redução de 5% na adição para que o consumo se ajustasse aos estoques disponíveis para o período da entressafra. Em novembro do ano passado, o governo elevou essa mistura para 23%, percentual que prevalecerá até 30 de junho. O máximo permitido pela legislação é de 25%. Cada ponto percentual de aumento gera uma demanda de aproximadamente 200 milhões de litros de álcool por ano, ou seja, com este novo aumento a demanda extra deve chegar em 400 milhões de litros nos próximos 12 meses.

 
 

Fonte: Ministério da Agricultura (www.agricultura.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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