FISCALIZAÇÃO DA PESCA DA LAGOSTA É IMPEDIDA POR POPULARES NO RN

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2007

Natal (16/06/07) – No primeiro dia da pesca da lagosta neste ano, 4 mil populares da comunidade de Rio do Fogo, unicípio situado no litoral norte do RN, cercaram na praia 50 agentes do Ibama e policiais que participam da fiscalização da pesca da lagosta.
Por volta das 14 horas, a multidão começou a atirar uma chuva de pedras e paus contra os fiscais e policiais e tentaram virar os veículos utilizados pela equipe. Quatro viaturas ficaram danificadas e um policial foi atingido por uma pedra. O Ibama e a Polícia resolveram não fazer uso da força e retirar-se do local para evitar o confronto, visando à proteção da população.

A equipe de fiscalização retornou a Natal para se submeter a exames de perícia na Delegacia da Polícia Federal da capital. O policial agredido foi encaminhado para fazer exame de corpo de delito. Há indícios de que a rebelião tenha sido planejada por pescadores que pescam de forma irregular e por traficantes de drogas que atuam na região que instigaram moradores locais, inclusive mulheres, idosos e crianças contra a fiscalização.

O Ibama vai disponibilizar às autoridades imagens obtidas em terra e pelo helicóptero do Ibama que vão ajudar a identificar os responsáveis pelas agressões. Eles podem ser indiciados por dano ao patrimônio público, agressão física à autoridade policial e obstrução aos trabalhos de fiscalização federal.

Antes do conflito no Rio do Fogo, as equipes do Ibama já haviam inspecionado oito barcos lagosteiros na praia de Pitangui e seis em Muriú. Não houve registro de irregularidades. A programação da fiscalização, que teve de ser adiada por conta do incidente, incluía a realização de inspeções de embarcações pesqueiras em pelo menos mais três praias, totalizando mais de 160 quilômetros da costa do RN.

O trabalho de fiscalização é realizado pelo Ibama e conta com o apoio do Batalhão de Polícia Ambiental e do Grupo Tático de Combate do RN. O navio de patrulha costeira Napaco Goiânia do 3º Distrito Naval da Marinha do Brasil participa da operação, fornecendo informações sobre a posição dos barcos pesqueiros.

A fiscalização é realizada por mar, terra e ar. No mar, os fiscais verificam documentação, equipamentos, tamanho mínimo da lagosta e distância do local de pesca que deve ocorrer a 4 milhas ou 7,2 quilômetros do litoral. As equipes em terra vistoriam estabelecimentos comerciais – restaurantes, hotéis, bares, indústrias e outros - e verificam a saída das embarcações.

O Ibama cumpre sua função de executor das políticas de meio ambiente do Governo Federal, que implementou, em vista das sucessivas quedas de produção do crustáceo, medidas de proteção à lagosta e à atividade pesqueira consensuadas com a sociedade.
Denuncie a pesca ilegal de lagosta: Linha Verde do Ibama – 0800618080
Kézia Macedo – Ascom

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Fiscalização da Pesca da lagosta será reforçada após defeso, alerta Ibama

Natal (15/06/07) - A partir de amanhã, quando começa a pesca da lagosta este ano, o Ibama vai reforçar, por ar, terra e mar, as equipes que fiscalizam a atividade no litoral brasileiro, do Amapá ao Espírito Santo. A declaração é do coordenador-geral de fiscalização do Ibama, Arty Fleck. Segundo Fleck, a fiscalização realizada durante o defeso da espécie foi inédita na história da atividade de pesca do crustáceo.

A fiscalização mais ostensiva é uma das medidas de ordenamento do setor que foram adotadas pelo Governo Federal para recuperar e garantir a sustentabilidade a pesca da lagosta. “A pesca ilegal prejudica o emprego e a renda dos próprios pescadores, que não sobrevivem a uma queda acentuada na produção da atividade”, destaca.

As operações de fiscalização das pesca da lagosta em todo o país foram intensificadas a partir do dia 16 de abril, quando foi lançado o Plano Emergencial de Fiscalização da Pesca da Lagosta. O plano injetou R$ 3,5 milhões na infra-estrutura utilizada para combater a pesca ilegal realizada durante e após o defeso da espécie. Em todo o país, 176 agentes de fiscalização realizam inspeções ao longo do litoral brasileiro e nas capitais dos estados onde há ocorrência da pesca da lagosta, utilizando 44 veículos e 10 embarcações.

Duas aeronaves ajudam no monitoramento do litoral, acionando em tempo real os fiscais quando detectam irregularidades. Além dos fiscais do Ibama, participam das ações policiais do Batalhão de Polícia Ambiental, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e Marinha do Brasil.

Esse mesmo contingente continuará a operar após a liberação da pesca, verificando se os pescadores, armadores e empresários do setor lagosteiro estão cumprindo as novas regras que foram debatidas e aprovadas em conjunto pelo governo e a sociedade entre 2004 e 2007, sob a coordenação do Ibama e do MMA.

Só poderão pescar os cerca de 3 mil barcos que obtiveram permissão durante processo seletivo realizado pela Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca da Presidência da República (Seap/PR) neste ano. Estão permitidas somente armadilhas do tipo covo ou manzuá e cangalhas.

O uso da rede de caçoeira, altamente predatória, está suspenso pelo Ibama e a pesca por meio e com compressor de mergulho proibida pela legislação em vigor. O tamanho mínimo de captura para a lagosta vermelha é de 13 cm de comprimento de cauda e para a lagosta verde, 11 cm. A pesca de lagostas não poderá ser feita a menos de 4 milhas náuticas da costa.

Além do ar, os agentes de fiscalizarão trabalham em mais duas frentes, no mar e em terra. Até agora, os fiscais inspecionaram 1073 unidades de produção e comercialização de lagosta, que incluem embarcações de pesca, indústrias beneficiadoras, frigoríficos, peixarias, restaurantes e outros.

Durante essas vistorias, foram apreeendidas 3,5 toneladas de lagostas, 1,5 tonelada de camarão e 1,1 tonelada de peixe. Também foram retidos 161 redes de caçoeira, 11 redes de arrastro, 05 kits de mergulho, 03 compressores e 15 embarcações. A soma do valor dos 83 autos de infração aplicados pela fiscalização do Ibama chega a R$ 350 mil. As multas foram lavradas em razão da pesca em período proibido e falta da comprovação da origem do estoque de
lagosta.

”Além das instituições de governo parceiras, o Ibama espera contar com a participação dos mais de 15 mil pescadores de lagosta legalizados por denunciar irregularidades na utilização de um recurso que pode estar ameaçado no futuro se não houver respeito às medidas adotadas para a proteção à lagosta e à atividade do pescador”, conclui Arty Fleck.
Kézia Macedo - Ascom

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Ibama fiscaliza frota lagosteira em Rio do Fogo e em Cajueiro

Natal (15/06/07) - O Ibama, em operação conjunta com a Marinha do Brasil e Batalhão de Polícia Ambiental, realizou hoje inspeção em 50 embarcações aportadas na Área de Proteção Ambiental Estadual dos Corais, no município de Rio do Fogo e em Cajueiro, litoral norte do estado. A ação contou com o apoio do Grupo Tático de Combate da Polícia Militar, totalizando 40 agentes de fiscalização e policiais.

O objetivo foi verificar se as embarcações estavam se preparando para pescar lagosta, a partir de amanhã, início da pesca deste ano, com equipamentos de pesca proibidos como a rede caçoeira e o compressor, conforme denúncia feita à Linha Verde do Ibama (0800-618080).

Na ação, foram encontrados bases para compressor em alguns barcos. Os fiscais apreenderam equipamento de pesca de mergulho composto de máscara, tubo respirador e nadadeiras. Segundo o coordenador estadual de fiscalização da pesca de lagosta no RN, Jean Anjos Túlio, “o Ibama está atento para coibir os abusos e multar os infratores”. Em reunião com a comunidade de Cajueiro, o coordenador-geral de fiscalização do Ibama, Arty Fleck destacou a importância do respeito às medidas para a proteção da lagosta e da atividade do pescador.

A partir de amanhã a fiscalização da pesca da lagosta será reforçada em toda a costa brasileira. Os agentes de fiscalização do Ibama vão verificar licença, equipamentos, tamanho mínimo e distância mínima da costa para pescar. Além de lanchas, o Ibama utiliza um helicóptero e um avião para monitoramento da costa brasileira.
Kézia Macedo – Ascom

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Barco do Ibama é apedrejado por vândalos no Piauí

Fortaleza (13/06/07) Uma gangue de vândalos apedrejou hoje, no município de Luís Correia, estado do Piauí, um barco do Ibama utilizado para combater a pesca ilegal da lagosta. A embarcação estava aportada num estaleiro da cidade para reparos. O grupo invadiu o local, apedrejou e quebrou várias vidraças do barco. Antes, já haviam queimado pneus numa ponte. O proprietário do estaleiro acionou a polícia e dois agressores foram presos.

Suspeita-se que o atentado contra o barco seja uma retaliação ao rigoroso trabalho de fiscalização do crustáceo executado pelos agentes do Ibama que atuam na área. O município de Luís Correia é um dos principais pontos de desembarque de lagosta do estado. Na semana passada, foram apreendidos em Parnaíba/PI 350 quilos de lagosta pescados em pleno período do defeso da espécie. Segundo o chefe do Escritório Regional do Ibama de Parnaíba, Fernando Gomes, em maio passado, fiscais da região receberam ligações anônimas com ameaças de morte. As ameaças foram registradas na delegacia de polícia local.

O Ibama realiza neste ano fiscalização inédita da pesca da lagosta nos estados do Nordeste, Amapá, Pará e Espírito Santo. No Piauí, três equipes fazem uma varredura no litoral do estado com ajuda de fiscais do Ceará e Maranhão. O objetivo é combater a pesca predatória de lagosta abaixo do tamanho mínimo permitido para captura e com equipamentos não permitidos pela legislação. “A pesca ilegal prejudica os próprios pescadores, que não sobrevivem a uma queda acentuada na produção da atividade”, destaca Arty Fleck, coordenador-Geral de Fiscalização do Ibama.
Kézia Macedo

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Governo define novas regras para pesca da lagosta

(Brasília - 14/06/2007) A pesca da lagosta no litoral brasileiro, que será retomada neste sábado, 16, com o fim do período de defeso, ganha um novo modelo. Medidas de ordenamento tomadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Seap (Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca) vão dar sustentabilidade a essa atividade econômica, que gera renda para cerca de 150 mil trabalhadores, do Amapá ao Espírito Santo. Ao mesmo tempo que garantem a preservação da espécie, que vinha sendo capturada de forma predatória, medidas permitem desenvolvimento do setor pesqueiro

Entre as novas medidas em vigor, está a legalização das embarcações que operavam na clandestinidade. Foram concedidas permissões a cerca de três mil barcos. Outra medida de igual impacto é a liberação para uso na pesca de armadilhas apenas dos tipos covos ou manzuás e cangalhas, em substituição à rede caçoeira, ambientalmente condenável. Ficou ainda acertada a proibição de pescarias a menos de quatro milhas náuticas da costa, área onde crescem as lagostas jovens.

As normas, que fazem parte do Plano para a Gestão do Uso Sustentável de Lagostas, somam-se a outras já em curso, como a manutenção do período de defeso para a reprodução de janeiro a abril, prorrogado excepcionalmente este ano até 15 de junho; a exigência de tamanhos mínimos de captura e comercialização de lagostas vermelha e verde, de 13 cm e 11 cm de cauda, respectivamente; e limite de permissões para pesca em 40 milhões de covos por dia.

Todas essas medidas têm o objetivo de reverter os danos que a pesca predatória e desenfreada vinha causando à biodiversidade e à economia. Para se ter uma idéia, a produção, concentrada principalmente sobre as espécies de lagosta vermelha e verde, que já foi de 11 mil toneladas em 1991, caíra sensivelmente nos últimos anos em até 90%. Hoje, gira em torno de sete mil toneladas.

Esses dados alertaram o Comitê de Gestão do Uso Sustentável da Lagosta, formado por representantes do MMA, Ibama e Seap, entre outros, a tomar providências para evitar o iminente colapso da atividade, que, só no ano passado, rendeu US$ 80 milhões em exportação. Após uma série de reuniões com pescadores e empresários da área, foram definidas as regras que passam a regulamentar a pesca.

Com a iniciativa, mais 7 mil pescadores foram legalizados e a atual produção anual de 7 mil toneladas de lagosta poderá ter um acréscimo de 3 mil toneladas, o que resultará num aumento de US$ 30 milhões por ano nas divisas de exportação. E o melhor: tudo isso sem comprometer a biodiversidade marinha.

Para que as medidas sejam cumpridas, o Ibama promoverá ações de fiscalização, monitoramento dos desembarques e da produtividade da pesca. À Seap, caberão as iniciativas de apoio à construção das armadilhas, utilizando linhas de crédito ampliadas e o programa de capacitação.

De acordo com o governo, o sucesso na aplicação dessas medidas deverá reverter em poucos anos o atual quadro de crise da pesca de lagostas, com ganhos reais para o setor pesqueiro e para a conservação da espécie.

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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