SEGURANÇA QUÍMICA, POVOS DA FLORESTA E REVITALIZAÇÃO DO SÃO FRANCISCO SÃO DEBATES NO MMA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2007

Segurança química é tema de encontro na Suíça

15/06/2007 - Adriano Ceolin - A gerente de projetos da Secretaria de Mudanças do Clima e Qualidade Ambiental do MMA, Sérgia de Souza Oliveira, participa da 75ª Reunião do Comitê Permanente do IFCS, sigla em inglês do Fórum Intergovernamental de Segurança Química. O encontro será realizado entre os dias 16 e 21 de junho, em Jongny, na Suíça, e servirá para dar seqüência aos preparativos da sexta edição do IFCS.

Criado em 1994, o IFCS é integrado por diversas agências internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente (Pnuma), além dos países membros das Nações Unidas, de organizações privadas, do meio científico e da sociedade civil.

A cada dois anos, o IFCS reúne-se para discutir iniciativas de cooperação e fomento para o desenvolvimento de estratégias e parcerias, com o objetivo de evitar riscos em decorrência do uso de produtos químicos. Atualmente, acredita-se que existam cerca de 10 milhões de substâncias químicas no mundo.

Na quinta edição do IFSC, realizada em 2006, na Hungria, o Brasil e o Chile foram eleitos representantes da América Latina e Caribe no Comitê Permanente do fórum. "Este Comitê reúne-se a cada dois meses, via teleconferência, e uma vez ao ano numa reunião presencial. Esse encontro na Suíça é o primeiro a ser realizado de forma presencial depois do V IFCS", explica Sérgia.

A pauta do encontro tem como principal objetivo discutir os temas que serão abordados na próxima edição do IFSC, que se realizará em 2008, no Senegal. Entre os assuntos mais emergentes, estão a questão dos metais pesados (como cromo, níquel, cádmio), a identificação de substâncias alternativas para substituição e avaliação de risco de substâncias tóxicas persistentes.

"Ressalto que o MMA já possui ações relativas à grande maioria dos temas em pauta, e apóia que o IFCS fomente discussões científicas de temas emergentes, que é o papel central deste fórum", afirma a gerente de projetos da Smuc.

Sérgia destaca que o governo brasileiro já tomou importantes medidas para o gerenciamento de pilhas e baterias, que contêm metais pesados, e de produtos que usam mercúrio, como lâmpadas e termômetros, além dos cuidados tomados no uso de agrotóxicos.

Para se preparar para a reunião, o MMA encaminhou ao Conselho Nacional de Segurança Química, integrado por diversas instituições do País, um questionário sobre temas que deverão ser abordados no IFCS. O levantamento servirá de subsídios para as discussões.

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Seminário do MMA promove maior integração dos povos da floresta

15/06/2007 - Rubens Amador - O Ministério do Meio Ambiente realiza na próxima terça-feira (19), em Brasília, o seminário O Papel dos Povos da Floresta no Desenvolvimento Socioambiental da Amazônia. Na oportunidade, membros do governo, de Ongs e de movimentos sociais analisarão conquistas e desafios, buscando fortalecer a união dos povos que lutam pela Amazônia e a integração de suas ações. Outro tema será o trabalho de doze anos do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7/MMA), que o governo agora transformará no Programa Amazônia, com novo arranjo e metas institucionais, em função do atual cenário ambiental no globo e no Brasil.

A reunião ocorrerá no hotel Mercure, das 9h às 17h, e reunirá, além de integrantes do MMA, representantes das Ongs Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), Coordenação da Organização Indígena da Amazônia Brasileira (Coiab), Rede Mata Atlântica (RMA), do Banco Mundial e dos movimentos Conselho Nacional de Seringueiros (CNS) e Aliança dos Povos da Floresta. Este, após período de desarticulação, teve sua aliança "refundada" em janeiro passado, a partir de entendimentos entre os representantes de três redes (GTA, Coiab e CNS). "Desejamos que este encontro propicie maior entrosamento, esclarecimento e mobilização dos povos da floresta e do Ministério para o desenvolvimento conjunto de atividades de proteção e de desenvolvimento sustentável na Amazônia", diz a coordenadora do PPG-7, Nazaré Soares.

Além dos citados, os principais temas que motivarão palestras e debates são a mobilização social na área de influência da BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA); o modelo de gestão das Organizações Indígenas e as parcerias para o desenvolvimento de ações.

Durante o evento, ocorrerá ainda o lançamento do II Encontro Nacional dos Povos da Floresta. Parte integrante do projeto de Sustentabilidade das Redes Sociais da Amazônia Brasileira, esta reunião será realizada de 18 a 21 de setembro próximo, em Brasília. Seus participantes discutirão temas variados e associados, como as condições de vida daquelas populações, o aquecimento global e suas repercussões no ambiente. "Mais da metade das emissões de CO2 no Brasil, por exemplo, está relacionada ao desmatamento na Amazônia, o que nos obriga igualmente a discutir este ponto", disse o secretário-geral do GTA, Adílson Vieira.

Segundo Vieira, o GTA aproveitará o encontro, em setembro, para solicitar a discussão pública mais ampla das questões que afetam os povos da floresta e que o debate exceda os limites amazônicos. "Precisamos discutir os problemas que ocorrem em outros biomas, como Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado, igualmente importantes, ricos em biodiversidade e com uma população expressiva vivendo nesses ecossistemas. Queremos discutir uma política florestal como um todo para o Brasil, definindo um modelo adequado para o desenvolvimento das comunidades e para a proteção das florestas", diz Vieira.

Segundo o secretário-geral do GTA, o II Encontro dos Povos da Floresta deve começar a tratar do "Ano Chico Mendes", cuja morte completa 20 anos em 2008. "Precisamos refletir sobre os problemas, uma vez que, apesar de toda luta desenvolvida no Brasil em benefício das florestas, os assassinatos continuam, grandes projetos permanecem causando impactos às populações", disse. O I Encontro dos Povos da Floresta foi realizado em 1986, em Xapuri, no Acre, e foi coordenado pelo próprio Chico Mendes.

Hoje, moram nas áreas urbanas da Amazônia 20 milhões de habitantes. Não se sabe ainda o número de pessoas que vivem na floresta, indicador que o IBGE ainda não inclui no censo populacional.

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Revitalização do São Francisco terá Plenária em BH

14/06/2007 - O coordenador-executivo do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (PR-SF), Maurício Laxe, apresentará nesta sexta-feira, 15, o balanço das ações realizadas em Minas Gerais em 2006. Será durante a reunião Plenária do Fórum de Articulação do Programa no auditório do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), de Belo Horizonte.

Do total dos recursos aplicados no ano passado - R$ 115 milhões dos Ministérios do Meio Ambiente e da Integração Nacional -, 26,75% foram destinados a Minas Gerais. Os R$ 30,78 milhões são o maior montante investido em uma unidade da federação no âmbito do programa. Em segundo lugar vem a Bahia, com R$ 29,9 milhões.

Na reunião também serão abordados temas como o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), Plano de Ações Estratégicas e Integradas para o Desenvolvimento do Turismo Sustentável na Bacia do São Francisco e as ações do governo do estado para o processo de revitalização. Participam cerca de 70 representantes dos governos federal e estadual, de ONGs, universidades e da sociedade civil organizada.

Turismo sustentável - À tarde, Maurício Laxe e Sérgio Gomes, consultor da Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, apresentarão o Plano de Ações Estratégicas e Integradas para o Desenvolvimento do Turismo Sustentável na Bacia do Rio São Francisco. O levantamento apontou que 223 dos 504 municípios que integram a bacia têm potencial turístico. O documento prevê 385 ações em seis áreas: infra-estrutura básica e de serviços (113 ações); ordenamento, monitoramento e controle (73); capacitação e participação social (53); marketing (47); comunicação (41); e articulação e planejamento (58). A maior parte delas (284) será executada nos dois próximos anos. Outras 87 em cinco anos; e 14 em até dez anos.

Entre as primeiras medidas implementadas, está um curso de capacitação para 40 monitores ambientais locais no Parque Nacional da Serra da Canastra, no Alto São Francisco, em Minas Gerais. Os participantes serão selecionados entre moradores das cidades mineiras de São Roque de Minas, São João Batista do Glória, Vargem Bonita, Capitólio e Sacramento, que vivem nelas há, pelo menos, cinco anos. As aulas começam em 20 de julho e seguem até 25 de novembro.
Fonte: PR-SF

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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