MAPA “AMAZÔNIA BRASILEIRA” GANHA VERSÃO ATUALIZADA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2007

19 Jun 2007 - Uma nova versão do mapa “Amazônia Brasileira” será lançada terca-feira, 19 de junho, às 19h30, no V Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, que acontece entre 17 e 21 de junho, em Foz do Iguaçu (PR). Publicado pelo Instituto Socioambiental (ISA), com apoio do WWF-Brasil, o mapa "Amazônia Brasileira 2007" atualiza as unidades de conservação existentes na Amazônia brasileira e traz em destaque as 60 unidades de conservação apoiadas pelo Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa). A primeira versão do mapa “Amazônia Brasileira” foi lançada em março de 2006 durante a Oitava Conferência das Partes (COP8) da Convenção sobre Diversidade Biológica, em Curitiba.

Um programa do governo federal, o Arpa tem como missão proteger de forma significativa e representativa a biodiversidade da Amazônia e promover o desenvolvimento sustentável para as gerações presentes e futuras. Considerado a maior iniciativa de proteção da biodiversidade do planeta, o Arpa tem a meta de proteger e implementar 50 milhões de hectares de unidades de conservação UCs, a um custo total de US$ 400 milhões.

Criado em 2002, e com duração prevista para dez anos, o Arpa é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e implementado pormeio de uma parceria entre os órgãos gestores de unidades de conservação, o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), com o apoio técnico da Agência de Cooperação Técnica Alemã – GTZ e do WWF - Brasil. Para a execução do Arpa, além dos recursos alocados pelos governos, foram realizadas doações por: WWF-Brasil, Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), por meio do Banco Mundial, e o Banco Alemão de Cooperação - KfW.

A primeira fase do programa, entre 2003 e 2006, apresentou resultados superiores à meta estipulada para a criação de unidades de conversação. No período, o Arpa apoiou a criação e implementação de 14,4 milhões de hectares em unidades de conservação de proteção integral. Número muito superior à meta para a primeira fase do programa que era apoiar 9 milhões de hectares. Além disso, mais 8,7 milhões de hectares de unidades de conservação de uso sustentável foram criadas no âmbito do Arpa no período.

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WWF-Brasil lança publicação sobre regulamentação de Reservas de Desenvolvimento Sustentável

19 Jun 2007 - Com o objetivo de tentar esclarecer e reduzir dúvidas freqüentes em relação às Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDSs), o WWF-Brasil lança nessa terça-feira, 19, durante o V Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, que acontece entre 17 e 21 de junho, em Foz do Iguaçu (PR), a publicação “Reserva de Desenvolvimento Sustentável - Diretrizes para a regulamentação”. O volume apresenta a sistematização resumida de estudos e debates que procuram abordar os principais pontos polêmicos relacionados a essa categoria de unidade de conservação de uso sustentável.

“O WWF-Brasil espera que este material contribua com o entendimento público sobre a importância das UCs na Amazônia brasileira e sirva de instrumento para subsidiar o debate sobre as RDSs”, afirma o superintendente de conservação de programas regionais do WWF-Brasil, Cláudio Maretti, acrescentando que a publicação do caderno faz parte do objetivo da organização em acompanhar e apoiar a execução do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), do governo federal, criado para implementar uma rede de unidades de conservação que propicie a conservação de amostras representativas das diferentes paisagens da Amazônia brasileira.

“Reserva de Desenvolvimento Sustentável - Diretrizes para a regulamentação” apresenta também os resultados de uma discussão eletrônica aberta à participação pública, realizada pelo WWF-Brasil entre setembro e novembro de 2006, para recolher informações e impressões de atores envolvidos com a temática das RDSs. O objetivo da discussão foi dar ensejo à formulação de um documento-base, capaz de subsidiar órgãos governamentais executores do Snuc (Sistema Nacional de Unidades de Conservação) no processo de regulamentação dessa categoria de unidade de conservação.

A falta de uma regulamentação específica resulta em diferentes práticas no que se refere aos processos de criação, proteção e gestão de RDSs, gerando indagações entre gestores e ambientalistas. São freqüentes perguntas como: “por que uma área é decretada como Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) e não como Reserva Extrativista (ResEx)? As RDSs abrigam populações tradicionais; mas quais são os critérios para definir essa “tradicionalidade”? Quais atividades econômicas são admitidas em uma RDS?”. O documento completo da análise sobre RDS, que procura esclarecer essas e outras dúvidas, bem como sua proposta de regulamentação e a análise jurídica sobre a categoria, serão lançadas em CD que acompanha a publicação.

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Ibama e WWF-Brasil lançam estudo sobre efetividade de gestão em unidades de conservação

18 Jun 2007 - A publicação “Efetividade de gestão das unidades de conservação federais do Brasil - Implementação do método RAPPAM” será lançada na segunda-feira, 18, durante o V Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, em Foz do Iguaçu (PR). A parceria do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) com o WWF-Brasil promoveu o estudo que envolveu 246 unidades de conservação federais. O lançamento será ao final do seminário, no qual experiências feitas no Brasil com diferentes tipos de ferramentas de avaliação de efetividade da gestão das unidades de conservação serão discutidos.

“Esse estudo representa um passo importante para o Ibama na busca de seu aperfeiçoamento gerencial e no desenvolvimento das potencialidades de unidades de conservação que administra, visando a implementação da política nacional de meio ambiente”, explica o diretor de unidades de conservação de proteção integral do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Marcelo Françozo, lembrando que a ação atende ao Programa de Trabalho para as Áreas Protegidas da Convenção sobre a Diversidade Biológica, que desde 2004, requer que os países signatários realizem a avaliação da efetividade do manejo de seus sistemas de áreas protegidas até 2010.

“A colaboração entre Ibama e WWF-Brasil resultou não somente em uma análise do sistema de unidades de conservação federal, como também em uma série de recomendações feitas por quem melhor conhece as áreas protegidas analisadas: seus próprios gestores”, afirma o superintendente de conservação de programas regionais do WWF-Brasil, Cláudio Maretti. Desenvolvido pela Rede WWF, o RAPPAM (Rapid Assessment and Priorization of Protected Area Management/ Avaliação rápida e priorização da gestão de unidades de conservação) permite a avaliação rápida e priorização do manejo em unidades de conservação. O método foi implementado com a aplicação de questionários em oficinas com os gestores, funcionários e demais colaboradores das unidades avaliadas.

As respostas, analisadas por equipe técnica, resultaram na visualização e sistematização dos pontos fortes e dos pontos a serem melhorados na gestão do sistema. Na continuidade, a análise foi discutida em oficinas com os gestores das unidades de conservação, resultando em informações e recomendações para auxiliar os órgãos responsáveis na gestão do sistema e no processo de melhoria da sua efetividade.

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Unidades de conservação: temporada de debate

17 Jun 2007 - Unidades de conservação (UCs) são espaços especialmente protegidos para a conservação da natureza, com diferentes objetivos, como por exemplo: uso sustentável dos recursos naturais, pesquisa, educação ambiental e visitação em ambientes naturais. No mundo todo representam um dos instrumentos mais usados, e de maior sucesso, para garantir que amostras de biodiversidade sejam protegidas. Na Amazônia brasileira, onde ainda existe muita indefinição quanto à destinação do uso do solo, a criação de unidades de conservação é utilizada com sucesso como uma ferramenta para o ordenamento territorial, contraponto ao crescimento desenfreado e não planejado. Ao definirem potenciais e restrições de uso e ocupação, elas colaboram com definições fundiárias e de dominialidade, e representam unidades ativas para a promoção do desenvolvimento sustentável nas regiões onde são criadas.

Com o alarme global sobre as ameaças das mudanças climáticas nas próximas décadas, as áreas protegidas no Brasil assumem papel primordial na redução das emissões brasileira de gases de efeito estufa. Considerando que 75% das emissões do País são provenientes das queimadas realizadas no processo de desmatamento na Amazônia, a criação e implementação de unidades de conservação deveria ser considerada prioridade governamental, já que é comprovada sua eficiência para a contenção do desmatamento nos estados amazônicos. Hoje, o Brasil ocupa o quarto lugar entre os principais países emissores de gases do efeito estufa. Erradicando o desmatamento, o País passaria a ocupar o 18º lugar nesse novo ranking internacional.

Apesar dos inúmeros benefícios para a sociedade em geral, em diversas situações o governo federal parece querer repetir experiências negativas, contrariando o caráter de urgência que tange a criação e implementação de unidades de conservação. É preciso que haja mais agilidade e harmonia ao integrar as políticas ambientais e de desenvolvimento do governo. Um claro exemplo disso é a demora no ordenamento territorial na Área sob Limitação Administrativa Provisória (ALAP) da BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO). Por se tratar de uma área de grande conflito, principalmente após a divulgação do asfaltamento da rodovia, a destinação das terras na região deve ser feita o quanto antes, colocando em prática os estudos já realizados para o ordenamento territorial, com a criação de unidades de conversação de proteção integral e uso sustentável. Caso isso não ocorra, a medida leva ao aceleramento do processo de desmatamento e quando as unidades de conservação são efetivamente criadas já perderam grande parte dos seus atributos.

Por outro lado, os resultados do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) - iniciativa do governo federal e parceiros, como o WWF-Brasil - apresenta resultados superiores à meta estipulada para a criação de unidades de conversação. Com o objetivo de implementar uma rede de áreas protegidas que propicie a conservação de uma amostra representativa da diversidade biológica e das diferentes paisagens da Amazônia, o Arpa apoiou a criação e implementação de 14,4 milhões de hectares em unidades de conservação de proteção integral entre 2003 e 2006. Número muito superior à meta para a primeira fase do programa que era apoiar 9 milhões de hectares. Além disso, mais 8,7 milhões de hectares de unidades de conservação de uso sustentável foram criadas no âmbito do Arpa no período.

Temas que envolvem áreas protegidas serão apresentados e debatidos no V Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, que acontece entre 17 e 21 de junho, em Foz do Iguaçu. O WWF-Brasil participará do congresso com várias contribuições. O estudo “Efetividade de Gestão de Unidades de Conservação Federais do Brasil”, realizado em parceria com o Ibama, será lançado e debatido no evento. Ele apresenta a avaliação de 246 unidades de conservação federais e a priorização de melhorias para o sistema de federal de unidades de conservação. Outra contribuição da organização ao debate é a publicação “Reserva de Desenvolvimento Sustentável - Diretrizes para a regulamentação”, com o objetivo de fornecer informações sistematizadas sobre RDS, com a apresentação resumida de estudos e debates que abordam os principais pontos polêmicos relacionados a essa categoria de unidade de conservação. Essas ações integram o esforço do WWF-Brasil em fortalecer o Arpa e a implementação de unidades de conservação na Amazônia, por meio de apoio técnico-financeiro ao programa. Também representam a intenção da organização de contribuir com o debate positivo que estimule novas propostas e traga soluções para a complexa questão das unidades de conservação no Brasil.
Por Cláudio Maretti
Superintendente de Conservação de Programas Regionais do WWF-Brasil

 
 

Fonte: WWF-Brasil (www.wwf.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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