MINISTROS DO MEIO AMBIENTE DEBATEM SOBRE DESERTIFICAÇÃO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2007

20/06/2007 - Rubens Junior / Rafael Imolene - O governo brasileiro participa nesta sexta-feira (22), na capital paraguaia, Assunção, da VI Reunião de Ministros do Meio Ambiente do Mercosul. Os representantes dos países debaterão a adoção de um instrumento jurídico único, pelos países-membros, para possibilitar cooperação e assistência técnica e científica que promovam a qualidade do ar; estratégias de combate à desertificação; gerenciamento de recursos hídricos; e a gestão de resíduos especiais de geração universal e responsabilidade pós-consumo.

A posição brasileira será pela continuidade dos entendimentos, desenvolvidos em grupos de trabalho específicos criados para solucionar cada tema. Participarão do encontro os cinco países que compõem o bloco econômico (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela), e os Estados associados: Chile e Bolívia. O Brasil será representado pelo secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco. A delegação do ministério contará também com integrantes da Secretaria de Mudanças do Clima e Qualidade Ambiental (Smuc), da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambientes Urbanos e da Assessoria Internacional.

Poluição do ar - O Brasil deverá pedir a aceleração das negociações rumo à adoção de instrumento jurídico do Mercosul capaz de melhorar a qualidade do ar por intermédio da cooperação e assistência técnico-científica, bem como pelo intercâmbio de experiências tecnológicas bem-sucedidas. Para o MMA, essa colaboração é essencial, mesmo que somente para reduzir danos, pois a contaminação do ar ultrapassa fronteiras. Lembra, contudo, que, para este instrumento ser eficaz, precisa respeitar peculiaridades nacionais, como as capacidades tecnológicas, econômicas e sociais de cada país.

Desertificação - Nesse tema, o Brasil apoiará a prorrogação, se necessária, dos trabalhos do grupo que cuida da elaboração da estratégia sub-regional de Luta Contra a Desertificação e a Seca no Mercosul, cuja proposta será apresentada aos ministros no dia 22, assim como a proposta do plano de implementação dessa estratégia. Para o ministério brasileiro, é fundamental que as propostas se ajustem às diretrizes integradas de manejo sustentável de terra e de mobilização de recursos humanos, materiais e financeiros, que possibilitarão avançar no cumprimento dos objetivos da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD, na sigla em inglês), assim como dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

O governo brasileiro reivindicará, ainda, a parceria do Mercosul para buscar fontes de financiamento e apoio institucional. O grupo que trabalha nessa questão conta, hoje, com apoio da Cooperação Técnica Alemã (GTZ), do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e da UNCCD.

Recursos Hídricos - O Brasil já possui uma base de informações bem avançada sobre os recursos hídricos na região do Mercosul. Neste ponto, o País tem mais a colaborar com seus colegas de bloco do que o contrário. Em relação aos demais pontos do tema, o Brasil deve se manifestar pela continuidade das negociações até a definição das questões pendentes.

Política de Gestão de Resíduos especiais de Geração Universal e de Responsabilidade Pós-Consumo - Nesse tema, em que os países do bloco trabalham para estabelecer bases para a gestão ambiental dos resíduos, a fim de criar condições para o desenvolvimento de plataforma regional que incorpore o compromisso da responsabilidade pós-consumo, o Brasil recomendará o acatamento dos dois documentos relacionados ao tema, firmados na Reunião Extraordinária de Ministros na Conferência das Partes/COP-8 (Estratégia de Biodiversidade e Acordo sobre Responsabilidade Pós-consumo), além da passagem à etapa de implementação da plataforma.

A lista de resíduos prioritários submetidos à legislação em fase de formulação inclui: eletroeletrônicos; agrotóxicos fora de especificação e embalagens desses produtos; lâmpadas de mercúrio e tubos fluorescentes; óleos usados, pilhas e baterias, pneus, telefones celulares, termômetros, manômetros e termostatos de mercúrio. A lista pode ser atualizada, revisada ou ampliada com a anuência dos países do Mercosul.

A Reunião dos Ministros de Meio Ambiente do Mercosul está sendo precedida da 41ª Reunião Ordinária do SGT-6 (Subgrupo de Trabalho nº 6 do Mercosul), responsável pelos debates da área ambiental no bloco. Os trabalhos do subgrupo começaram na segunda-feira (19) e terminam nesta quinta-feira (21).

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Seminário incentiva parcerias para preservar camada de ozônio

20/06/2007 - Adriano Ceolin - O Ministério do Meio Ambiente (MMA) vai realizar, no dia 27 de junho, no Rio de Janeiro, o Seminário Nacional sobre a Cooperação entre Governos e Iniciativa Privada para Proteção da Camada de Ozônio e do Sistema Climático. O principal objetivo é promover parcerias entre governos e empresas distribuidoras de energia elétrica para o recolhimento de substâncias destruidoras da camada de ozônio. O seminário vai apresentar projetos de manejo e substituição de geladeiras antigas. Na oportunidade, também serão firmados acordos de cooperação entre o MMA, o governo do Rio de Janeiro e as distribuidoras de energia daquele estado.

A troca das geladeiras é importante, pois aparelhos produzidos até 1999 funcionam com 500 gramas de CFC (clorofluorcarbono), principal gás nocivo à camada de ozônio. As novas geladeiras utilizam como gases refrigerantes o HFC (hidrofluorcarbono) e o HCFC (hidroclorofluorcarbono). Esse último também agride a camada de ozônio, mas em menor grau que o CFC. Apenas as geladeiras com HC (hidrocarbonetos) não causam danos nesse sentido.

"O seminário vai servir para divulgar e incentivar a troca das geladeiras e discutir o seu destino", afirma Ruy de Góes, diretor do Departamento de Mudanças do Clima e Qualidade Ambiental do MMA. "Além disso, faremos uma apresentação sobre o andamento das negociações do Protocolo de Montreal", disse, referindo-se ao acordo internacional que estabelece metas para a redução das emissões de gases nocivos à camada de ozônio.

A primeira parceria para a substituição das geladeiras foi firmada, em 10 de abril de 2006, com o Grupo Neoenergia, controlador das empresas distribuidoras de energia Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia) e da Celpe (Companhias Elétricas de Pernambuco). Pelo acordo de cooperação, o MMA fornece máquinas para aspirar o CFC e capacita pessoal para fazer o serviço de recolhimento do gás. Em troca, as distribuidoras responsabilizam-se pela substituição dos refrigeradores, doando a famílias carentes novas geladeiras. A Coelba assumiu o compromisso de doar 12 mil geladeiras a comunidades de Salvador. Já a Celpe responsalizou-se em trocar 2,5 mil geladeiras antigas na região metropolitana de Recife.

No seminário, representantes do Grupo Neoenergia vão detalhar, em exposição marcada para as 14h30, como está a execução do acordo de cooperação com o MMA. A iniciativa apresenta muitas vantagens. O governo consegue controlar as emissões de CFC e reduzir o gasto de energia elétrica. As empresas passam a ter mais eficiência tanto na distribuição quanto na cobrança do uso de energia elétrica, já que regularizam a situação de famílias que utilizam ligações clandestinas. E as próprias famílias são beneficiadas, pois ganham uma geladeira nova e mais econômica.

Novos acordos - O Rio de Janeiro não foi escolhido por acaso como local para abrigar o seminário. Na abertura do evento, o governo fluminense, o MMA e as empresas distribuidoras de energia vão assinar acordos de cooperação para integrar iniciativas para reduzir emissões de gases nocivos à camada de ozônio.

Uma delas prevê o acompanhamento das possíveis propostas de isenção de ICMS nas saídas internas de geladeira e equipamentos de ar-condicionado, decorrentes de doação efetuada pelas companhias de eletricidade do estado do Rio no âmbito dos programas de eficiência energética estaduais.

Protocolo de Montreal - Antes do início da palestra dos representantes do Grupo Neoenergia, será realizada, às 14 horas, uma exposição sobre o Plano Nacional de Eliminação de CFC e acordos de cooperação técnica e as últimas negociações do Brasil no Protocolo de Montreal, tratado internacional que prevê metas para redução de gases como o HCFC.

A oportunidade servirá para esclarecer a proposta de Brasil e Argentina para a eliminação acelerada do HCFC nos países em desenvolvimento. Até agora, o protocolo estabelece que o uso desse gás deverá ser congelado em 2015 e eliminado em 2040. Brasil e Argentina querem antecipar esses prazos, respectivamente, para 2011 e 2030.

Exemplo europeu - Na última parte do seminário, haverá uma exposição da Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética, da Aneel, sobre ações de cooperação entre o MMA e distribuidores de energia.

O evento se encerrará com uma palestra de Jurgen Usinger, consultor da Agência de Cooperação Alemã (GTZ). Ele falará sobre soluções de logística e disposição final para os equipamentos substituídos no mundo e aplicações para o Brasil. Citará como exemplo o processo adotado em países europeus como a Áustria.

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Começa período de defeso da sardinha verdadeira

22/06/2007 - Adriano Ceolin - O período de defeso da sardinha verdadeira começou no dia 21 de junho. Até o dia 9 de agosto, estará proibida a pesca da espécie sardinella brasiliensis, numa área entre o Cabo de São Tomé, no Rio de Janeiro, e o Cabo de Santa Marta, em Santa Catarina.

Chamado de "defeso do meio do ano", a proibição da pesca da sardinha verdadeira visa proteger a espécie durante a fase de recrutamento, período em que os juvenis da sardinha irão atingir a fase adulta. O principal objetivo é garantir a sustentabilidade de pesca a longo prazo.

O período de defeso da sardinha ocorre também na passagem de um ano para o outro, durante o verão. Nessa época, a pesca é proibida para que a espécie possa se reproduzir. Ambos períodos de defeso estão estabelecidos pela Instrução Normativa do Ibama nº 128, de 26 de outubro de 2006.

Os termos do documento foram discutidos e aprovados, de forma democrática, em reuniões do Comitê de Gestão do Uso Sustentável da Sardinha Verdadeira. Participaram das negociações representantes do governo, do setor pesqueiro e da sociedade civil.

A medida objetiva buscar uma solução para se reverter o quadro de sobreexplotação da sardinha, que causa repercussões ambientais e socioeconômicas negativas. A espécie, que já chegou a atingir produção de cerca de 200 mil toneladas, teve registros de apenas 45 mil toneladas em anos recentes.

Para o MMA, o defeso duplo da sardinha tem obtido bons resultados, mas ainda há necessidade de sua manutenção por mais três anos. Além do defeso duplo, o MMA e o Ibama planejam medidas mais duradouras por meio de um Plano de Gestão para o Uso Sustentável da Sardinha Verdadeira.

Sob a coordenação do Ibama, o plano deverá ser debatido de forma participativa, com a aprovação de propostas de forma consensual. A meta é garantir o controle e envolvimento da sociedade e do setor pesqueiro na adoção das medidas e na avaliação dos resultados.

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Programa Água Doce leva oficinas de atualização à Paraíba e Pernambuco

22/06/2007 - Rafael Imolene - Os vizinhos Paraíba e Pernambuco são os próximos estados a receber as oficinas de atualização do Programa Água Doce (PAD), aplicadas pelo Ministério do Meio Ambiente. No dia 26 começam os trabalhos no Recife, que serão concluídos na data posterior. Logo em seguida a equipe do MMA se dirige à Campina Grande, no agreste paraibano, onde se reúne nos dias 28 e 29 com a coordenação estadual do programa. As oficinas têm por fim atualizar técnicos e coordenadores estaduais que assumiram seus postos este ano, durante reestruturação nas respectivas Unidades da Federação. Daí a necessidade de transmitir informações aos novos responsáveis pelo desenvolvimento do programa.

As oficinas de atualização já passaram por Minas Gerais e Bahia no fim de maio, e prosseguirão pelos próximos meses até atenderem todos os 11 estados beneficiados pelo programa - os nove do Nordeste, mais Minas Gerais e Espírito Santo. A oficina conta com exposições sobre o enfoque ambiental e sustentável do PAD no semi-árido brasileiro, bem como a metodologia de caracterização de comunidades e recursos hídricos. Ainda no primeiro dia, é explicado como se estabelecem os fatores de priorização e criticidade.

As palestras também explanam a metodologia de caracterização das famílias usuárias da água nas comunidades, além das ferramentas para apoio à gestão da água dessalinizada, entre outras ações.

Na capital pernambucana, as oficinas serão realizadas dias 26 e 27 no mini-auditório do Prorural, localizado na Rua Gervásio Pires, nº 399. Já em Campina Grande, em 28 e 29 de junho, serão aplicadas no auditório da Aesa, situada na Avenida Aprígio Veloso, nº 882, no bairro Bodocongó.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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