COMÉRCIO DE ESPADARTE AGORA É CRIME INTERNACIONAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2007

Preservação Ambiental - 27/06/2007 - Peixe-serra, como é conhecido também, passa a ser protegido por resolução da Cites.

Desde o dia 11 deste mês o comércio do espadarte (conhecido em outras regiões como peixe-serra) passou a ser considerado um crime internacional. A resolução é da Convention on International Trade in Endangered Species (Cites), órgão internacional que procura regulamentar ou impedir o comércio de espécies de fauna e flora ameaçadas de extinção.

A proposta de proibição do comércio do espadarte ou de partes dele foi levada a Cites por representantes dos Estados Unidos e do Quênia e contou com dados de pesquisadores brasileiros. Patrícia Almeida, pesquisadora colaboradora do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCT), participou da revisão da proposta, apesar da captura e comércio do espadarte já serem proibidos pelas leis brasileiras desde 2004.

"Essa decisão é um marco para a proteção da espécie, porque agora sua comercialização corresponde a um crime mundial . Uma decisão como essa, incentiva o governo brasileiro a intensificar a fiscalização sobre o comércio ilegal do espadarte", afirma a pesquisadora.

A Cites abriu apenas uma exceção quanto ao comércio do espadarte: a Austrália reivindicou a captura de alguns espécimes de espadartes daquele país, para fins de exibição pública e pesquisa.

Espadarte
A costa dos estados do Pará e Amapá são um dos últimos refúgios de grandes populações de espadarte no mundo. O Brasil abriga duas espécies, a Pristis pectinata e a Pristis perotteti . A segunda espécie é a que predomina na costa Norte, havendo desembarques nos municípios litorâneos paraenses, principalmente, em Vigia e Bragança. Uma curiosidade: os espadartes, que apresentam um prolongamento do focinho com dentes conhecido no Pará como "catana", são na verdade um tipo de arraia.

Segundo Patrícia Almeida, não existe uma pesca direcionada exclusivamente aos espadartes. Sua captura é incidental, ou seja, ocorre durante a pesca de outras espécies. Entretanto, a captura de um espadarte é comemorada: sua "serra" ou "catana" pode valer até mais de mil dólares no mercado internacional. Para a retirada da peça, o espécime é sacrificado.

A serra do espadarte acaba sendo utilizada para vários fins. Os dentes da serra são comercializados para serem usados como esporas em rinhas de briga de galo; a serra como um todo é utilizada também como enfeite ou adorno exótico; e existe ainda a crença de que a serra do "espadarte" cura a asma, o que não possui nenhuma comprovação científica. As barbatanas, assim como a dos tubarões, são exportadas para o oriente onde servem de ingrediente para uma sopa típica. Com menor importância, a carne também é comercializada.

Todas as espécies de espadarte são criticamente ameaçadas de extinção, segundo listas internacionais e regionais, como a Lista de espécies ameaçadas do Pará, divulgada no ano passado e . Além de enfrentar riscos devido ao seu comércio ilegal, o Pristis perotteti possui um processo de crescimento e reprodução muito lento, o que agrava a sua sobrevivência.

"As espécies levam de 10 a 30 anos para atingir a maturidade sexual, ou seja, para iniciar a sua reprodução. Atingida essa maturidade, geram no máximo 20 filhotes a cada ano ou provavelmente a cada dois anos", alerta Patrícia Almeida.

Para se ter uma idéia da redução da espécie, do total de espadartes que existiam, atualmente calcula-se que só 10% da população original sobrevive.

A pesquisadora aponta que os espadartes ocupam uma importante posição como predadores nos ecossistema marinho e estuarino e que a conscientização dos pescadores e da população, aliada a efetiva fiscalização, são essenciais para a sobrevivência da espécie. Tiago Araújo - Assessoria de Comunicação do Museu Goeldi

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Seminário debate combustíveis fósseis e segurança energética

Energia - 28/06/2007 - A Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI) promoveu ontem (27), no Senado Federal, o seminário internacional "O Papel dos Combustíveis Fósseis na Sustentabilidade e Segurança Energética". O evento discutiu o papel dos combustíveis fósseis no cenário mundial nas próximas décadas, seus desafios e oportunidades. Também debateu-se o desenvolvimento tecnológico, aspectos das mudanças climáticas e como essas questões estão relacionadas com o Brasil.

O presidente da Comissão, senador Marconi Perillo (PSDB-GO), abriu e encerrou o evento que teve a participação da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Carvão Mineral, da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, e do chefe de Colaboração Tecnológica da Agência Internacional de Energia Atômica (IEA), Antonio Pflüger.

Pela manhã, o assessor da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Sidney Lago, coordenou o painel "Perspectivas Internacionais dos Combustíveis Fósseis – Desafios e Oportunidades" com representantes da Noruega, Estados Unidos, Japão e Canadá. Também participaram do debate Bárbara Mckee, da IEA, e o coordenador geral de Tecnologias Setoriais do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Adriano Duarte.

O painel "Tecnologias Limpas dos Combustíveis Fósseis e o Desenvolvimento Sustentável" teve como moderador o assessor parlamentar do MCT, Alexandre Navarro. Participaram do painel John Topper, da IEA/CCC, falando sobre Tecnologias Limpas de Carvão e Combustíveis Líquidos, Jasek Podkanski, da IEA/CCS, apresentando Tecnologias para a Sustentabilidade dos Combustíveis Fósseis e Seqüestro Geológico de Carbono, Isabel Cabrita, da Ineti, apresentando o tema Transferência de Tecnologias Limpas, e Sankar Bhattacharya, da IEA, falando de Gaseificação de Combustíveis Fósseis, Produção de Líquidos e Hidrogênio.

O último painel foi sobre "Aspectos de mudanças climáticas e seus efeitos na segurança energética", com a participação do professor Luiz Pinguelli Rosa, representante da Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-RJ), de representantes da Eletrobrás, da Petrobras e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Assessoria de Imprensa do MCT

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Simpósio faz balanço da região amazônica nas últimas quatro décadas

Museu Goeldi - 26/06/2007 - Quais foram as transformações sociais e ambientais por que passou a região amazônica desde 1966? Em dezembro do ano passado, o 2º Simpósio da Biota Amazônica, realizado em Belém (PA), pelo Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG/MCT) e pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), reuniu grandes nomes da ciência brasileira para discutir os avanços da pesquisa e o atual estágio de conhecimento sobre a região amazônica, 40 anos depois do 1º Simpósio Biota Amazônica, que ocorreu em 1966, também na capital paraense.

Os debates deste segundo encontro apresentaram o que há de mais atualizado no conhecimento sobre a região, em variadas áreas de estudo. Dividido em cinco seções, o encontro abordou temas específicos em geociências, conservação, botânica, zoologia e ciências sociais.

O resultado do 2º Simpósio da Biota Amazônica, bem como uma ampliação de sua discussão serão apresentados na 59ª Reunião Anual da SBPC, de 8 a 13 de julho próximos, no simpósio “Biota Amazônica”, com a participação de Nelson Sanjad, coordenador de Comunicação e Extensão do MPEG, Ana Vilacy Galucio, pesquisadora do MPEG e Alfredo Kingo Oyana Homma, professor visitante da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Para Nelson Sanjad, “o mais interessante é que os documentos que foram produzidos 40 anos atrás, como resultado do primeiro encontro, são muito atuais. Eles trazem recomendações no âmbito da política científica”. Na época, o desflorestamento era de 1%, sendo que a população da amazônia era de 3 milhões de pessoas. Hoje, estamos caminhando para 20% de taxa de desflorestamento e uma população de mais de 20 milhões de habitantes.

O que é a reunião anual da SBPC
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência reúne representantes de todas as áreas da ciência brasileira desde 1948, quando foi fundada em São Paulo com o objetivo de defender o avanço científico e tecnológico do País e o seu desenvolvimento educacional e cultural.

A reunião anual é a oportunidade dessa comunidade se manifestar sobre questões fundamentais para a independência e desenvolvimento econômico nacionais. Todos os anos, ela é realizada em diferentes pontos do País, com o objetivo de ampliar o debate para todos os estados, com a participação de 83 sociedades e associações científicas.

Milhares de pessoas, incluindo cientistas, professores, estudantes e outros interessados participam desses encontros que desempenham duas funções importantes. A primeira é servir de ponto de encontro e unidade dos cientistas brasileiros, tratando tanto de temas estritamente acadêmicos como dos problemas mais gerais que afetam a atividade científica. O segundo é mais geral, ou seja, discutir as grandes questões sociais, econômicas, políticas e tecnológicas que afetam o País como um todo.

A primeira reunião da SBPC, realizada em outubro de 1949, realizado em Campinas (SP), reuniu 104 participantes. Este ano são esperados aproximadamente 15 mil participantes.

O credenciamento de imprensa poderá ser feito pelo site da Reunião Anual da Universidade Federal do Pará (http://www.sbpc.ufpa.br).
(As informações são da Assessoria de Imprensa da SBPC)
Serviço de Comunicação Social do Museu Goeldi

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INB recebe prêmio por investir em recuperação ambiental

Meio Ambiente - 26/06/2007 - As Indústrias Nucleares do Brasil (INB) receberam nesta segunda-feira (25), da Câmara de Comércio Americana, o Prêmio Brasil Ambiental. A premiação é pela atuação da empresa na recuperação de matas ciliares e reflorestamento de áreas degradas no município de Resende (RJ), onde a empresa produz o combustível nuclear utilizado nas usinas de Angra dos Reis.

A INB, estatal vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, foi premiada juntamente com outras três empresas – Petrobras, Solvi e Tractebel Energia - em cerimônia presidida pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Os vencedores do Prêmio Brasil Ambiental foram escolhidos por um júri formado pelos jornalistas Ana Lúcia Azevedo, do Jornal O Globo, Célia Rosemblum, do Valor Econômico, Felipe Werneck, do Estado de São Paulo, Sergio Torres, da Folha de S. Paulo e Eric Macedo, do site O Eco.

Desde 1998, a INB investe no projeto "Recuperação da mata ciliar, reflorestamento e fauna", para recuperar áreas degradadas em sua propriedade de 560 hectares em Resende.

O projeto promoveu a reabilitação de ambientes florestais do Vale do Rio Paraíba do Sul, e, somente neste ano o projeto produziu para o plantio mais de 130 mil mudas de árvores de 108 espécies nativas da Mata Atlântica, principalmente de espécies ameaçadas de extinção.
Helena Beltrão - Assessoria de Imprensa do MCT

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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