JOGOS INDÍGENAS DO MATO GROSSO RECEBEM A TOCHA RIO 2007

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2007

19 de junho - Terra, Água, Fogo e Ar. Os quatro elementos da natureza estão representados na tocha que é um dos principais símbolos dos I Jogos Interculturais Indígenas de Mato Grosso, realizados em Campo Novo do Parecis (MT) no período de 27 a 30 deste mês. O símbolo dos jogos indígenas – inédito e exclusivo – foi criado especialmente para recepcionar a tocha dos jogos Pan-americanos, que faz o revezamento em Campo Novo no próximo dia 27.

Com cerca de 70 centímetros de altura, a tocha será acesa com fogo produzido pela tecnologia milenar de fricção da madeira, durante a cerimônia espiritual que será realizada às margens do rio Sacre, na aldeia 4 Cachoeiras. A cerimônia marcada para as 9 horas e 48 minutos abre a programação com o Ritual de Celebração do Fogo Ancestral Indígena para receber a Tocha Pan-americana.

A tocha indígena tem estrutura de sustentação com hastes de bambu, destacando a madeira como o quinto elemento fundamental para a manutenção da vida na natureza. A água retirada do rio Sacre e a terra também coletada na região são acomodadas em recipiente de vidro transparente, na parte central da haste. O fogo será acesso no topo da estrutura, que é ornamentada com penas de aves silvestres fornecidas pelos indígenas. “Os indígenas solicitaram a inclusão da arte plumária na tocha para melhor caracterizar suas tradições”, explica o diretor de Cultura do município, Vanderlei Guolo.

Três exemplares idênticos foram construídos. A unidade principal pertence a Campo Novo do Parecis e ficará sob a responsabilidade da administração municipal. Uma das réplicas será entregue ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e a outra será doada ao Museu do Memorial Indígena de Brasília. “Após os jogos, a tocha vai compor o patrimônio do esporte e da cultura indígena nacional”, considerou o criador projeto, Carlos Terena. Incentivador e um dos pioneiros na realização de jogos indígenas no Brasil, Terena é Articulador Cultural do Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena (ITC), que promove o evento em parceria com a Prefeitura de Campo Novo do Parecis e Governo de Mato Grosso.

A tocha indígena será acesa durante a cerimônia espiritual que será realizada na aldeia 4 Cachoeiras, primeiro momento em que se encontra e fica lado a lado com a Tocha Pan-americana. O segundo momento será no Estádio Ari Tomazelli, onde termina o revezamento e tem início a programação dos I Jogos Interculturais Indígenas de Mato Grosso que devem reunir cerca de 300 atletas índios de diversas etnias. Entre as modalidades esportivas do evento destacam-se o Hipipi (arco e flecha), Lutas Corporais, Jikunahati (cabeça-bol), Arremesso de Lança, Corrida de Tora e Natação de rio.

Campo Novo do Parecis é a única cidade que participa do Revezamento da Tocha Pan-americana sem estar representando um país. “Estamos representando todas as comunidades indígenas das Américas”, informa o Secretário de Esportes, Turismo e Lazer, Sérgio Mineiro. A região abriga cerca de 2 mil indígenas da etnia Paresi, distribuídos por 49 aldeias em reserva de 1,2 milhão hectares.
Pantanal Press Assessoria de Imprensa

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Línguas e Culturas Tupi: valiosa contribuição à Cultura Brasileira

29 de junho - Será lançado no mês julho o livro Línguas e Culturas Tupi, organizado pelos lingüistas Ana Suelly Arruda Câmara Cabral e Aryon Dall’Igna Rodrigues, da UnB, e produzido pela Editora Kurt Nimundaju. Segundo o lingüista e professor da UNICAMP, Wilmar D’Angelis, o livro reúne valiosas contribuições apresentadas durante o I Encontro Internacional sobre Línguas e Culturas do Povo Tupi em 2004, incluindo um trabalho da antropóloga Juracilda Veiga, da Funai.

O livro trás informações inéditas sobre a pré-história e sobre a história das línguas e culturas Tupi, assim como sobre diversos aspectos culturais e lingüísticos da realidade atual dos seus respectivos povos. Com este livro, afirma o professor D’Angelis, “concretiza-se a associação de estudiosos de antropologia e lingüística de diferentes orientações teóricas e de diferentes partes do mundo, num esforço de cooperação para a ampliação e consolidação do conhecimento científico sobre os povos indígenas de filiação Tupi”.

A obra reúne quase 40 contribuições de uma dezena de antropólogos e mais de duas dezenas de lingüistas, tratando-se da mais ampla coletânea de trabalhos sobre línguas Tupi já publicada no Brasil. A coletânea traz três trabalhos que traçam visões ou apanhados panorâmicos: Etnologia Tupi: 22 anos depois, de Roque Laraia; Línguas ameaçadas, de Stephen Baines; e Observações sobre o estado de saúde atual das línguas Tupi, de Ruth Monserrat.

O livro traz outros trabalhos também, como os dos antropólogos Waud Kracke e Betty Mindlin, e dos Lingüistas Aryon Rodrigues, Lucy Seki, Frank Brandon, Ana Suelly Cabral, Beatriz Corrêa da Silva, Maria Risoleta Julião e Marina Magalhães. Além dos mencionados, há outros seis trabalhos antropológicos Kamayurá, Zo’é, Sateré-Mawé, Avá-Canoeiro, Nhandéva e Guarani Mbiá, dois em lingüística e antropologia (Xetá e Amondawa) e diversos ensaios abordando aspectos de línguas específicas.

A publicação, que teve o apoio do CNPq e Institut de Recherd pour lê Développment, será lançado em três locais e datas:

UnB, dia 4 de julho, por ocasião do 82º aniversário do Prof. Aryon Dall’Igna;
Unicamp, 10 de julho, no VII Encontro sobre Leitura e Escrita em Sociedades Indígenas; e
UFRGS (Porto Alegre), durante a VII RAM - Reunião de Antropologia do Mercosul, de 23 a 26 de julho.

 
 

Fonte: Funai – Fundação Nacional do Índio (www.funai.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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