PRÓXIMAS AÇÕES CONTRA A TRANSPOSIÇÃO DEPENDEM DE ATITUDES DO GOVERNO, DIZ CPT

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2007

26 de Junho de 2007 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A ocupação de uma fazenda em Cabrobó (PE), com o objetivo de tentar impedir a continuidade das obras de integração do Rio São Francisco, é só o começo das manifestações, de acordo com a agenda da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Roberto Malvese. Ele disse que os próximos passos dos manifestantes irão depender de como o governo irá tratar a questão. "A seqüência das atitudes que a sociedade civil vai tomar vai depender das atitudes do governo”, afirma.

Segundo ele, a ocupação manifesta a reação da sociedade brasileira ao início das obras. “É para manifestar para o governo que a sociedade civil do Vale do São Francisco não está omissa, que nós estamos acompanhando o processo e vamos continuar protestando contra a transposição e propondo um outro tipo de solução para o Semi-Árido brasileiro que realmente satisfaça as necessidades básicas do nosso povo”, explica.

Malvese explica que a ocupação tem caráter permanente, pois os índios Trukás, nativos da região, consideram que a área ocupada é de propriedade deles e que isso não foi respeitado pelo governo. “Os índios estão decididos a ocupar a sua área , e estão aproveitando o momento para ocupar a área e ali permanecer definitivamente”, disse o representante da CPT.

Segundo o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, a fazenda ocupada já foi desapropriada para a execução das obras, portanto é de propriedade da União. Geddel afirma que o governo deve entrar com ação de reintegração de posse. Ele garante que o impasse com os índios Trukás já foi resolvido pelo governo.

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Trukás exigem terra em que passaria transposição do São Francisco

29 de Junho de 2007 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Os índios Truká impetraram uma ação no Ministério Público Federal pedindo a agilização da demarcação de território que consideram originalmente seu, em Cabrobó (PE). A área, onde estava uma fazenda, foi desapropriada pelo União para as obras de transposição do Rio São Francisco. No local, hoje, estão acampados 1,5 mil manifestantes contra a transposição, entre eles os Truká. Os manifestantes começaram ontem a tapar um buraco feito pelo Exército para marcar o início das obras.

O processo de demarcação da área, segundo a assessoria do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), está sendo feito há mais de dez anos pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Procurada pela Agência Brasil há dois dias, a Funai não confirmou a informação até a publicação desta nota.

Hoje (29), o juiz federal Georgius Luís Argentini Principe Credidio, da 20ª Vara Federal de Salgueiro, Pernambuco, determinou a devolução da área ocupada à União. A Polícia Federal e a Fundação Nacional do Índio (Funai) deverão acompanhar a desocupação da área. Já os movimentos sociais prometem resistir.

Ontem (28), foi celebrada uma missa pelo bispo diocesano de Barra (BA), Dom Luiz Flávio Cappio, que foi ao acampamento para manifestar sua solidariedade. Em 2005, Cappio fez uma greve de fome em protesto à transposição do São Francisco.

Desde a última terça-feira (26) manifestantes de movimentos sociais estão em Cabrobó, que fica no sertão pernambucano, para tentar impedir a continuidade das obras de integração do Rio São Francisco. Um dia antes, o 2º Batalhão de Construção e Engenharia do Exército começou as obras de destacamento e de topografia para a transposição no município.

Entre os participantes da manifestação estão indígenas, quilombolas, integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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