LICENCIAMENTO PARA RIO MADEIRA É VITÓRIA DA SOCIEDADE, AVALIA MARINA SILVA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2007

10 de Julho de 2007 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante audiência pública na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) sobre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, criado com o desmembramento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Brasília - A licença prévia para a construção das usinas do Rio Madeira é uma vitória da sociedade brasileira, que quer energia conjugada a proteção ambiental, disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ela afirmou que a análise do projeto foi feita no tempo necessário, com isenção e sem pressões políticas, e que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) agiu de acordo com a lei.

“Em nenhum momento a sociedade brasileira estava exigindo que um setor se sobrepusesse a outro”, avaliou. Ela também garantiu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu todo o suporte necessário para que o Ibama trabalhasse de forma isenta: “A determinação do presidente sempre foi a de fazer um processo socioambiental, procurando resolver todos os problemas de caráter social”.

“Eu desconheço esse diálogo de pressão. Quando você age na gestão pública baseado em princípios de constitucionalidade, de probidade, de impessoalidade, você não faz esse diálogo. Você tem que resolver uma equação, baseado na legislação, e apresentar solução para os problemas. Nós [a equipe ambiental do governo] não dificultamos nem facilitamos, agimos e acordo com as regras estabelecidas pela Constituição Brasileira”, disse Marina Silva aos jornalistas, na saída de audiência pública hoje (10) no Senado.

Marina analisou que, durante o processo de dois anos para a concessão de licença prévia, o empreendimento passou por alterações positivas, como a troca da turbina tradicional pela turbina de bulbo, a retirada das ensecadeiras (muretas de proteção) e a desistência da construção de uma terceira hidrelétrica, que poderia prejudicar a Bolívia, segundo a ministra. Ela também lembrou da retirada da construção de eclusas que tornariam o Rio Madeira navegável. Segundo ela, isso poderia levar impacto ambiental e econômico para uma região altamente preservada.

A reunião no Senado tratou sobre a divisão do Ibama e sobre a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

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Ministério Público de Rondônia defende monitoramento contínuo das obras de hidrelétricas

10 de Julho de 2007 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A necessidade de um acompanhamento constante de todas as etapas da construção das hidrelétricas de Santo Antônio e de Jirau, no Rio Madeira, é fundamental para amenizar as consequências ambientais, sociais e econômicas do projeto, segundo o subprocurador-geral do Ministério Público de Rondônia, Ivo Benitez. Ele avalia que as condições impostas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vão ao encontro do que o órgão estadual determinou em estudos complementares realizados.

“Os resultados preliminares dos estudos apontavam para essa situação: se houvesse o licenciamento, ele deveria ser seguido do monitoramento de alguns aspectos que ainda não foram pesquisados do Rio Madeira”, afirma.

O Ministério Público de Rondônia realizou estudos independentes sobre as possíveis consequências do empreendimento para o estado. Além dos aspectos ambientais, o órgão mostrou preocupação com os impactos sociais e econômicos do projeto. Segundo Benitez, ao estabelecer a revisão do Plano Diretor (uma das principais leis em âmbito municipal) de Porto Velho, a licença do Ibama também prevê a preocupação com esses aspectos.

“Há uma tradição de olhar as licenças ambientais apenas do ponto de vista ecológico. Mas, neste caso, há toda uma implicação socioeconômica que precisou de estudos específicos a respeito disso”, avalia.

O subprocurador diz que os problemas na área urbana não são responsabilidade do empreendedor, mas do governo federal.

O Ibama concedeu ontem (9) a licença prévia para a construção das duas usinas. A decisão significa que o instituto concluiu que o projeto tem viabilidade ambiental. Com isso, o empreendimento pode ir a leilão. O vencedor da disputa precisará cumprir 33 exigências para iniciar a obra.

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Cassol comemora licença prévia para construção de hidrelétricas em Rondônia

10 de Julho de 2007 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O governador de Rondônia, Ivo Cassol, disse hoje (10) que a licença prévia concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para construção de duas hidrelétricas no Rio Madeira foi uma conquista do povo rondoniense e do governo federal.

Em entrevista à Agência Brasil, Cassol admitiu que pode ter havido pressão política para a autorização, mas disse que isso não comprometeu a qualidade técnica do projeto. “Infelizmente, neste país, as coisas só funcionam com pressão política”, afirmou o governador.

Para Cassol, as exigências impostas pelo Ibama são normais em empreendimentos desse porte. “O que não poderia é ficar parada a licença prévia por causa de algum bagre”, disse o governador, referindo-se à preocupação com esse tipo de peixe do Rio Madeira.

O Ibama concedeu ontem (9) a licença prévia para a construção das hidrelétricas Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira. A decisão significa que o Ibama concluiu que o projeto tem viabilidade ambiental. Com isso, o empreendimento pode ir a leilão. O vencedor da disputa precisará cumprir 33 exigências para iniciar a obra.

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Movimento contrário a hidrelétricas em Rondônia promete manter manifestações

10 de Julho de 2007 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Fórum Independente Popular do Madeira, movimento contrário à instalação das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, garante que a concessão da licença prévia para a obra não vai cessar as manifestações do grupo. Eles já convocaram um ato público para a próxima semana, em Porto Velho, e estão estudando as possibilidades judiciais para embargar o processo.

Um dos coordenadores do fórum, Luiz Novoa, diz que a colocação de exigências ambientais, sociais e econômicas apenas após a concessão do licenciamento ambiental é como um cheque em branco do governo para o empreendedor. Ele defende que essas condições deveriam ter sido dadas antes mesmo da primeira licença. “Em um empreendimento dessa magnitude, o não cumprimento dessas condicionantes é um desastre absoluto”, afirma.

No entanto, Novoa diz que as 33 condições impostas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) são um avanço, porque contemplam o que o fórum defende e refletem o que já foi debatido pela população e por especialistas: “O governo está reconhecendo as lacunas que a sociedade civil e especialistas apontaram o tempo todo”.

O Ibama concedeu ontem (9) a licença prévia para a construção das duas usinas no Rio Madeira. Com isso, o empreendimento pode ir a leilão, e o vencedor da disputa precisará cumprir as exigências socioambientais para iniciar a obra.

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Cinco grupos confirmam interesse na construção das hidrelétricas do Madeira

14 de Julho de 2007 - Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Pelo menos cinco empresas ou grupos privados devem participar do leilão que irá definir os responsáveis pela construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia.

Além da Odebrecht, que, juntamente com a estatal Furnas, fez o estudo de impacto ambiental que baseou a licença prévia dada às usinas, um levantamento da Agência Brasil detectou que as empresas Camargo Corrêa, Suez, Light e Alusa também estão interessadas na disputa. As empresas, com exceção da Camargo Corrêa, manifestaram-se por meio da respectiva assessoria de imprensa.

A Camargo Corrêa criou uma empresa para estruturar o projeto de participação nos leilões. De acordo com o diretor da Amazônia Madeira Energética Ltda. (Amel), João Canellas, o grupo já está procurando e sendo procurado por diversas empresas para estabelecer parcerias na participação do leilão.

A multinacional francesa Suez Energy informou que criará uma sociedade de propósito específico para disputar o leilão. A empresa acrescenta que, após a licitação, quer atrair sócios para a construção da usina de Santo Antônio, e não descarta a união com estatais.

A Light afirmou que está interessada em participar do leilão, mas ainda estuda a forma de consórcio com outras empresas do setor. O Grupo Alusa, que participa em 11 empresas transmissoras de energia elétrica no Brasil e uma no Chile, apenas confirmou o interesse em participar do leilão.

O leilão da hidrelétrica de Santo Antônio será marcado para outubro, segundo o Ministério de Minas e Energia. A disputa para construir a usina de Jirau deve ser feita no começo do ano que vem. A metodologia das licitações para definir os futuros construtores ainda não foi determinada pelo ministério. A previsão, de acordo com o ministro interino, Nelson Hubner, é que o edital para o disputa seja publicado no mês que vem.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras (www.radiobras.gov.br)

 
 
 
 

 

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