JACARÉ PODE SER RENTÁVEL E SUSTENTÁVEL

Panorama Ambiental
Brasília (DF)– Brasil
Julho de 2007

Recursos Naturais - 18/07/2007 - Pesquisadores discutem manejo e conservação de jacarés na Amazônia no 3º Congresso Brasileiro de Herpetologia

"Não existe cadeia produtiva de jacarés na Amazônia se o conhecimento científico é limitado." A declaração é de Ronis da Silveira, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), feita durante o simpósio "O manejo e a conservação de jacarés", que integra a programação do 3º Congresso Brasileiro de Herpetologia, que acontece em Belém do Pará, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. O evento prossegue até sexta-feira (20).

Ronis da Silveira estuda a caça, o manejo, a ciência e a cadeia produtiva de jacarés na região. Ele destaca a necessidade de uma lei de manejo sustentável de jacarés. "Iisto só será possível quando houver uma reunião de políticas públicas, conhecimento tradicional e conhecimento técnico-científico sobre o assunto", avalia.

A importância de aliar conhecimento científico e tradicional para manter o jacaré, um recurso natural ambientalmente sustentável e torná-lo economicamente viável para as comunidades tradicionais da Amazônia foi o principal tema do simpósio, coordenado pelo pesquisador George Rebelo, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), de Manaus (AM).

Num total de cinco trabalhos apresentados, o simpósio iniciou com a fala de William Vasconcelos, do Inpa, que tratou da identificação das populações de jacarés da bacia amazônica. Já Adriana Malvásio, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), apresentou o "Estudo das Populações de Caiman crocodilus e Melanosuchus niger no Rio Javaés".

A pesquisa revela a distribuição dessas espécies ao longo de praias, barrancos e lagos do Javaés. A pesqusiadora identificou a densidade e a estrutura populacional pelo tamanho dos popularmente conhecidos jacaretinga e jacaré-açu, respectivamente.

Manejo e conservação que garantem produção

Além do estudo das populações de jacarés, o manejo e a conservação desses animais também compuseram a pauta de discussões. Sonia Canto, da Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis da Amazônia (Afloram), apresentou projeto de manejo experimental de jacarés (Melanosuchus niger) desenvolvido na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.

O projeto que futuramente constituirá um programa dentro da Reserva visa à conservação da espécie e seu aproveitamento na geração de renda no interior do estado do Amazonas.

Além do estudo das populações de jacarés, o manejo e a conservação desses animais também compuseram a pauta de discussões. Sonia Canto, da Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis da Amazônia (Afloram), apresentou projeto de manejo experimental de jacarés () desenvolvido na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.

O projeto que futuramente constituirá um programa dentro da Reserva visa à conservação da espécie e seu aproveitamento na geração de renda no interior do estado do Amazonas.
Canto destacou, ainda, que o projeto permite a comercialização legal da carne de jacaré, originada do manejo e não da criação. "O projeto vive do abatimento autorizado pelo Ibama e pelo Ministério da Agricultura," declarou.

A prática legalizada viabiliza a comercialização da carne, e a aceitação do couro pela indústria. "É a primeira vez que o couro do jacaré é comercializado, legalmente, desde 1967, quando foi instituída a Lei 5.197 - a Lei da Fauna", explicou a pesquisadora.

O manejo de jacarés também foi o foco da apresentação do coordenador do Simpósio, George Rebelo, do Inpa. Ele trabalha com iniciativa de manejo comunitário na região do Tapajós. Seu estudo denominado "Elaboração de um Plano de Manejo Comunitário de Jacarés na Várzea de Santarém (PA)" resultará em um plano de manejo participativo, de base comunitária, com pouca dependência na assessoria de pesquisadores.

Pela proposta, a autonomia da comunidade garantirá por si a implementação e a manutenção da exploração.


A proposta do pesquisador visa a fortalecer as comunidades locais e preparar uma cartilha sobre manejo, aumentando o número de publicações sobre o tema e exercendo pressão para que o Ministério do Meio Ambiente estabeleça uma política de manejo para jacarés.
Antonio Fausto - Assessoria de Comunicação Social do Museu Goeldi

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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