ADUBAÇÃO VERDE CONTRIBUI PARA O SEQÜESTRO DE CARBONO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2007

A adubação é considerada um dos fatores de produção mais críticos para os pequenos produtores na Amazônia, cujos insumos são ainda bastante onerosos para essa região. Pensando nessa realidade, pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus/AM) estão desenvolvendo uma técnica
capaz de transformar plantas (ingás e gliricídias) em adubo.

Por meio do aproveitamento do material resultante da poda de galhos e folhas dessas duas espécies foi feito o adubo verde, que está sendo usado em espécies frutíferas, como cupuaçuzeiro e maracujazeiro, com
excelente resultado de nutrição. O processo de produção é simples: galhos e folhas devem ser triturados ainda verdes e depositados aos pés das plantas adultas, sem necessidade de haver a compostagem ou aguardar o seu ressecamento.

O composto orgânico além de baratear o custo de produção agrícola, também é ecológico e economicamente mais vantajoso por que além de
melhorar as características químicas, físicas e biológicas do solo, representa relevante economia de capital aos produtores.

Outra vantagem é que a planta adubadeira arbórea fica preservada e durante o processo de regeneração dos seus galhos, promove o seqüestro de carbono, processo que ocorre quando as plantas estão crescendo ou se recuperando das podas.

Considerando a necessidade de tecnologias para promover a transição agroecológica, a pesquisa teve como objetivo avaliar o comportamento do ingazeiro e da gliricídia, quando submetidos a regime de podas e sua capacidade de produção de biomassa e nutrientes, como adubação verde e em um sistema agroflorestal.

Mas conforme o pesquisador Silas Garcia, da equipe de pesquisa da Embrapa Amazônia Ocidental, plantas de várias espécies podem ser usadas. As mais recomendadas são as leguminosas (plantas com vagens, parentes do feijão e ingá).

Além dessas, é exemplo de plantas adubadeiras a gliricídia, leucena, guandu, flemingia e tefrosia, para citar algumas espécies de leguminosas que podem ser podadas de 2 a 3 vezes por ano e colocadas sobre o solo.

Plantas herbáceas como o feijão, mucuna, centrosema e puerária, que podem ser plantadas antes do plantio no meio das culturas, desde que sejam cortdas e deixadas sobre o solo antes da floração . Outros tipos de plantas que não são leguminosas e podem ser
usadas como adubo verde são o urucu e a imbaúba.

Os trabalhos foram avaliados no Campo Experimental da Embrapa do Distrito Agropecuário da Suframa (DAS), situado no km 53 da BR-174 e já está sendo indicado aos produtores das região. As vantagens da adubação verde despertou o interesse dos produtores rurais do Assentamento Iporá, situado no município de Rio Preto da Eva (distante 80 km de Manaus) que no dia 25 de agosto, visitará o Campo Experimental da Embrapa e no dia 22 de setembro será a vez do agricultores do Assentamento Tarumã Mirim verem de perto essa experiência que promete dar bons frutos a um custo mais reduzido e com menos impacto
ao meio ambiente.
Maria José Tupinambá
Embrapa Amazônia Ocidental

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Embrapa mostra tecnologias destinadas à sustentabilidade do cerrado

Cerca de 150 pessoas, entre pesquisadores, técnicos e produtores, participaram na sexta-feira( 17 ) de um dia-campo sobre integração agricultura e pecuária na Embrapa Arroz e Feijão, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Na oportunidade, foram apresentados trabalhos, voltados à redução de custo das lavouras, à manutenção da capacidade produtiva das pastagens e ao melhoramento genético animal na região de cerrado.

A união de ambas atividades foi mostrada como a melhor maneira de recuperar os 50 milhões de hectares de pastagens degradadas, diminuindo a pressão por abertura de novas áreas e ainda os prejuízos com a perda de peso e morte de animais, estimadas em U$ 1 bilhão de dólares por ano, por causa da época seca, entre maio e outubro. No que se refere às áreas com lavouras, aproximadamente 15 milhões de hectares, a integração é capaz de aumentar a produção agrícola e de reduzir o dispêndio com adubos e agrotóxicos.

De acordo com um dos palestrantes do dia-de-campo, pesquisador João Kluthcouski, existem três formas principais de conferir sustentabilidade às áreas já incorporadas ao processo produtivo do cerrado por meio da integração lavoura e pecuária. A primeira delas é consorciar culturas anuais de grãos com forrageiras perenes. Um exemplo é o caso do plantio do arroz com braquiária.

Nesse sistema, após a colheita do grão, resta o pasto que, se explorado por dois ou três anos, proporciona uma renda extra. "É uma alternativa para ser implantada principalmente em áreas de pasto degradado, onde a produção de grãos abate parcialmente o custo com a recuperação da pastagem e o lucro vem na seqüência com a atividade pecuária", afirmou João Kluthcouski.

A segunda possibilidade, conforme o pesquisador, é fazer a rotação entre culturas anuais de grãos com forrageiras perenes. Nesse caso, o produtor rural que cultiva soja, por exemplo, faz o plantio de capim na safra de verão em parte de sua área e forma o pasto, aproveitando-o por dois anos. Ao término do período, desseca-se a forrageira e retorna-se à agricultura com uma série de benefícios advindos do sistema plantio direto.

A última opção é a sucessão de culturas anuais de grãos com forrageiras anuais. Ou seja, a produção de grãos na safra de verão, aliando-a ao cultivo de capim para fornecer ao gado na entressafra, quando a falta de pasto devido à ausência de chuvas eleva os custos de produção.

João Kluthcouski disse que existem forrageiras tropicais capazes suportar satisfatoriamente o déficit hídrico ocasionado pelo período seco, desde que este não seja intenso, beneficiando-se principalmente da adubação residual deixada pela cultura de grão anterior e do final das chuvas de verão. Nessa alternativa, depois do período crítico do ano, o produtor rural tira os animais da área e retoma à semeadura da cultura de grão na safra de verão seguinte.

Além de João Kluthcouski, o dia-de-campo contou com os palestrantes Tarcísio Cobucci, Geraldo Martha Júnior e Cláudio de Ulhôa Magnabosco, estes dois últimos da Embrapa Cerrados (Planaltina-DF). O evento teve a parceria da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores (ANCP), Aval Serviços Tecnológicos, Belgo Bekaert, Integral Nutrição Animal, Lagoa da Serra, Mosaic, Ouro Fino Saúde Animal, Planalto Tratores, Vitafort.
Rodrigo Peixoto

 
 

Fonte: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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