17/08/2007 - O Paraná
foi um dos Estados com maior destaque em ações
de combate ao aquecimento global durante o
1o Encontro de Secretários
Estaduais de Meio Ambiente que acontece em
Manaus (Amazonas). O secretário do
Meio Ambiente e Recursos Hídricos,
Rasca Rodrigues, falou nesta quinta-feira
(16) sobre as iniciativas paranaenses e a
nova política de mudanças climáticas
adotada pelo governo do Paraná.
Rasca destacou a importância
da integração entre os Estados
em ações contra o aquecimento
global. “Para podermos prever os efeitos negativos
do aquecimento global são necessárias
e urgentes ações de cooperação
em âmbito regional, nacional e internacional”,
afirmou. Segundo ele, é muito importante
que estas ações estejam fundamentadas
em bases científicas e técnicas,
identificando medidas a serem tomadas, incluindo
a adaptação dos ecossistemas
e das atividades econômicas”, afirmou
o secretário.
Promovido pela Associação
Brasileira de Entidades Estaduais do Meio
Ambiente (Abema), com apoio da Secretaria
de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável do Amazonas, o evento visa
promover a troca de experiências entre
os responsáveis pela gestão
ambiental em todos estados brasileiros.
Entre as iniciativas paranaenses,
o secretário destacou a instalação
do Fórum Estadual de Mudanças
Climáticas - que discute com a sociedade
formas de reduzir a poluição
atmosférica; criação
de uma coordenadoria específica para
auxiliar na elaboração de políticas
públicas sobre o tema; e ações
de educação ambiental, como
a cartilha “Entendendo Mudanças Climáticas.
“O Paraná tem grande
visibilidade nesta área por ter sido
um dos primeiros estados brasileiros ao instituir
o Fórum, em maio de 2005, antes mesmo
da conclusão do Painel Intergovernamental
de Mudanças Climáticas (IPCC)
do Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente”, destacou Rasca.
Outra ação
que despertou grande interesse durante o Encontro
foi o seminário “Aterros Sanitários
e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)”
promovido pelo governo do Paraná, no
último mês de junho como intuito
de reduzir a emissão dos gases poluentes
nos aterros sanitários.
“A decomposição
dos resíduos orgânicos é
uma grande fonte de emissão de gases,
principalmente o metano, que é 22 vezes
mais poluente que o gás carbônico.
Hoje, existe a grande necessidade de buscar
formas de utilizar esses resíduos de
maneiras diferentes, como, por exemplo, fonte
de energia” explicou Rasca.
Além disso, o secretário
lembrou que o Paraná é um dos
Estados que mais tem contribuído com
o seqüestro de carbono, por meio do Programa
Mata Ciliar, que já promoveu o plantio
de aproximadamente 62 milhões de mudas.
“O programa Mata Ciliar
é uma demonstração de
que o Paraná tem feito a sua parte
na melhoria da qualidade de vida do Brasil
e do mundo. Agora, pelo fato do mercado de
carbono ser privado, o Estado entra neste
processo fazendo a aproximação
de onde estão as oportunidades de inserção
dos empresários e produtores que desenvolvem
ações como reflorestamento,
geração de metano, entre outras
e que são passíveis de gerarem
créditos”, destacou o secretário
do Meio Ambiente.
Estudos indicam que as mudas
plantadas pelo programa vem proporcionando
o resgate de mais de 330 mil toneladas de
carbono atmosférico.
ABEMA - É uma sociedade
civil que representa os órgãos
estaduais de meio ambiente do país
e tem como objetivo fortalecer suas participações
na definição e execução
da política ambiental brasileira. Além
de promover o I Encontro de Secretários
Estaduais de Meio Ambiente, a Associação
também realiza em Manaus na sexta-feira
(17), sua reunião bimensal. Segundo
o presidente da Associção, espera-se
também discutir e fornecer elementos
para formulação dos instrumentos
nacionais e internacionais relacionados com
o assunto.
